Pela segunda vez (a primeira foi em
dezembro do ano passado) tomo a iniciativa de postar algumas frases
emblemáticas e cheias de graça, que foram publicadas neste recanto do Google no
decorrer de 2012.
São pérolas de comentários realizados
no calor do embate de idéias entre confrades que ainda permanecem resistindo às
intempéries do tempo em um barco, que um dia, foi sonhado e projetado para ser
um navio de grande porte.
Aos confrades que continuam a manter
esse blog no ar, dedico, nesse alvorecer de 2013, as duas últimas estrofes do
famoso samba − “Argumento” − de Paulinho da Viola:
“Sem preconceito ou mania de
passado
Sem querer ficar de lado de
quem não quer navegar
Faça como o velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar”.
Janeiro
“Nada existe mais fascinante que a mente humana
no tocante à fértil glorificação de seus ídolos, sejam pagãos ou divinos”.(Altamirando)
“Nesse nosso mundo do toma-lá-dá-ca, o Rei e seus
Parceiros serão sempre intocáveis. Poderão até ser demitidos como os sete
ministros da Dilma, mas jamais deixarão de ser agraciados, pois as tetas do
governo são muitas, e algumas ainda estão invisíveis ao nosso pobre olhar”. (Elídia)
Fevereiro
“Que pena que o ser humano não consegue viver no
mundo tal como é, sem utopias de um paraíso seja no ‘lá e depois’ no céu, ou
‘aqui e agora’ na terra.” (Márcio)
“Eu gosto de samba e choro, mas quando certa vez
disse para um professor particular de trompete (assembleiano) que eu gostava de
chorinho, ele nunca mais voltou. (Isaías).
Março
“Por isso que adoro ficar em cima do muro
(taoísticamente falando, ficar no caminho do meio); de um lado, aproveito o que
a espiritualidade tem de melhor para me oferecer, do outro, não deixo de fazer
meus exercícios críticos quanto a essa religião ‘meia boca dos nossos dias e
posar de cético de vez em quando’. (Eduardo)
Abril
“Como somos livres para escolher, se toda nossa
ação nasce das profundezas obscuras dos porões secretos da psique -, regiões
onde se encontram memórias reprimidas, esquecidas ou adormecidas em nós?” (Levi)
“Somos escravos até de nós mesmos, nosso
inconsciente dita as ordens, mesmo que nossa tão apreciada razão diga o oposto.
A própria busca pela liberdade é uma escravidão.” (Tiago)
Maio
“Duro é o que sou agora/Como
um calo que tenho na sola/Sou homem que já não chora/Mais forte do que
outrora.” (Edson)
Junho
“Eu não acho que a psicanálise seja ‘não
verdadeira’, eu só acho que ela não dá conta de explicar tudo o que se passa
neste nosso vasto mundo interior”. (Eduardo)
Julho
“A mente humana também tem seus limites, é tão
singular que a diferença entre o louco e o gênio só é sensivelmente notável
após analisada exaustivamente”. (Altamirando)
Agosto
“ ‘E não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito – falei... Depois de uma semana meu
amigo Regis foi na minha casa e falou que a dona da casa queria agradecer
pessoalmente a mim porque aquela palavra tinha libertado o seu marido da bebida
alcoólica’ “ (Hubner).
Setembro
"Não se conversa sobre ateísmo nem com
papagaio nem com ‘crentes’, os dois só repetem o que lhes ensinam. Tem preguiça
de usar o cérebro." (Eduardo)
Outubro
“Tudo perde a beleza, fica pasteurizado. O Cascão
toma banho, a Magali faz regime, o Cebolinha fala certo”. (Bill)
“Os desenhos da Disney estão cheios de mensagens
subliminares. Em muitos casos são temas sexuais (como esse do logotipo da
Globo); será que isso teve algum peso na revolução sexual dos anos 60 e na
erotização sem freio da sociedade atual?” (Eduardo)
Novembro
“O que eu suspeito é que não existe crente que,
por mais crente que seja não tenha, nem que seja por um segundo duvidado da
existência de deus; mas também, não tem um ateu que, por mais ateu que seja,
não teve pelo menos um segundo na sua vida que não duvidou da não existência de
deus” (Márcio).
Dezembro
“Em nossa sociedade cultivamos o ‘jeitinho’ de se
dar bem. A desonestidade se tornou sinônimo de inteligência e banalizamos a falta
de caráter. Nossos governantes são da mesma essência. Grãos da mesma safra”. (Altamirando)
“A Herança política pesa
muito nessa balança. Já havia mensalão no tempo do império!!!” (Eduardo)