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Mostrando postagens de setembro, 2015

Lembrando das palavras que um dia escrevi...

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Durante a década de 90, enquanto exercia Fernando Henrique Cardoso o seu primeiro mandato como Presidente, a opinião pública ficou meio que surpresa quando lhe atribuíram a frase "esqueçam tudo eu escrevi", supostamente justificando a diferença entre o discurso que ele fizera no passado (como um crítico sociólogo autor de livros) e os atos de seu governo. Só que não demorou muito para que a suposta afirmação fosse colocada em dúvida como se lê neste trecho da entrevista concedida ao jornal  O GLOBO  do dia 24/08/1997: "Esta frase que eu teria dito: 'Esqueçam tudo que eu escrevi', eu nunca disse a ninguém. Já perguntei um milhão de vezes: a quem eu disse, onde foi que eu disse, quando? Essa é uma frase montada para me embaraçar. Acontece exatamente o contrário: o que eu escrevi dentro das condições da época, tem bastante validade. Houve uma evolução, em alguns pontos, mas a maneira básica de encarar o mundo continua a mesma." Verdade seja dita que a ...

É preciso mudar essa desvalorização cívica!

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Diferentemente dos Estados Unidos, onde encontramos bandeiras hasteadas por todo o país, quer sejam nas casas, nos carros, nas escolas, nos hotéis, nos postos de combustíveis, nos restaurantes e até nos bares, eis que nós brasileiros só costumamos demonstrar algum interesse pela celebração cívica em época de Copa do Mundo ou nas comemorações da Independência do país, no dia 07 de setembro. Na maior parte do ano, dificilmente a pátria é lembrada. Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo entre as crianças e os jovens, porém há vários anos a educação do país não está mais voltada para esse fim. Não faz muito tempo, havia na grade curricular das escolas a disciplina  Educação Moral e Cívica  em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, noções sobre os órgãos mais importantes dos governos federal e estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem mais ligada às questões políticas de interesse nacional e ...

OS GRANDES EVENTOS NO RIO SÃO ARMADILHAS PARA AS ELEIÇÕES SEGUINTES!

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Por César Maia (*) 1. Há uma ilusão por parte dos políticos de que grandes eventos internacionais –exclusivos- no Rio, que mobilizam a imprensa e parcela da opinião pública, geram uma enorme vantagem eleitoral na eleição seguinte. Essa é uma ilusão. Não que quem governa obrigatoriamente tenha que perder as eleições, mas a realização desses grandes eventos é um complicador e não um facilitador para a vitória eleitoral.         2. São 2 os grandes vetores explicativos destas dificuldades. O primeiro é que a máquina pública desvia atenção e recursos para esse tipo de evento. A qualidade –e quantidade- dos serviços públicos de rotina decaem. A reorientação dos recursos para o evento gera centralização das aplicações, reduzindo obras e intervenções em vários bairros, que têm a sensação de abandono.         3. O noticiário termina exponenciando os problemas que ocorrem na conservação da cidade, nas escolas, na área de saúde, na falta de ...