Orfão



Eu que nunca vi meu pai, agora perdi o rumo, perdi a direção

Descobri que o meu pai nunca foi meu pai, e agora viverei pagão?




A queda foi grande, tamanha foi a decepção, mas não vou ficar aqui lamentando; Chorar não é a solução. Tenho que caminhar sozinho reencontrar a direção




Cada queda uma experiência, cada experiência uma decepção
Conclui que eu estava errado, quando pensava ter razão




Meu nascimento foi traumático, cai nos pés de uma parteira, dei com a cabeça no chão
Invés de roupas de bebê, uma mortalha, no lugar de um berço, me compraram um caixão




Mas eu resisti firme e hoje estou aqui, prá provar que meu pai existe, ou que uma força me trouxe até aqui, eu não sou órfão não!




A resposta não importa, sinto que esta força esta viva dentro de mim, viver é o que importa, a resposta é apenas uma suposição




Viver é a duvida da certeza...morrer é a unica coisa certa então...

OBS: Em respeito e consideração ao Eduardo Medeiros e outros confraternos, voltei atras da minha decisão...brindemos a vida, a amizade o amor e a comunhão, se isto não for Deus...valeu a intenção

Comentários

Anônimo disse…
Maninho JAIR,

Olha que honra ser a primeira a comentar o teu brilhante poema, mas para isto, vamos conferir a hora: São exatamente 02:40 da madruga...rss..

Viver é a única certeza que nos torna vivos!

Morrer não é certeza de nada!

Não temos a certeza do exato momento em que a morte chega...não somos capazes de perceber que ela chegou...e não sabemos para onde vamos..

Ainda penso que somos órfãos, esperando à beira de um "portão" pela chegado dos nossos "verdadeiros pais"...pois este "orfanato" ao qual vivemos, infelizmente, não é nosso...

Aqui não é a nossa verdadeira casa....pois se aqui fosse, nós seríamos imortais..

Quando tivermos que pegar "nossas malas" e tivermos que "dar uma última olhada" para o portão deste "orfanato"...então aí virá a certeza, a certeza de que tudo aqui estava emprestado para nós!

Que tal abraçarmos nossos "colegas de orfanatos" e "brincarmos" um pouco mais com os "brinquedos" deste orfanato??? Ainda estamos aqui....

Beijos querido...
Unknown disse…
Paulinha menina levada;

Ja tá na hora de criancinha dormir...rsrsrs

Fico horado com seu comentário.
Concordo com você que não sabemos o dia em que iremos morrer, mas temos a certeza que este dia chegará...

Agora esta sua fala:

"...Aqui não é a nossa verdadeira casa....pois se aqui fosse, nós seríamos imortais..."

Não consegui compreender, será que é porque eu não acredito mais em imortalidade e outra casa (espiritual)?

O melhor lugar para se andar, é andar com os pés no chão (existência)

Basta a cada dia o seu mál.

Forte abraço.
Levi B. Santos disse…
Nobre poeta e amigo JAIR


Existe a tentação boa. Digo por tentação boa àquela inevitável e necessária que nos seduz a caminhar, embora sabendo que nesta caminhada jamais obteremos totalmente o que desejamos, tampouco o prazer como o esperamos.
Mas esse desejo um dia foi gerado em nossa carne, pois nascemos desejantes de pais desejantes.

Somos eternos desejantes de novidades, e quando nos alegramos ao encontrar algo inédito, este ALGO, na verdade, já estava em nós esquecido, ou recalcado.
Bendita tentação que te fez quebrar as amarras da resistência, para trazer, mesmo numa época de crise da confraria, a tua poesia que por certo amenizará a crueza do existir.

Para você, grande poeta, que retorna a “casa paterna” - dedico-lhe essa fala de Khalil Gibran:

“Homem algum poderá revelar-nos, senão o que já se encontra meio adormecido na aurora do nosso entendimento”.


Um grande abraço,

Levi B. Santos
Eduardo Medeiros disse…
"O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou,
conheceu o jardim do Éden e nos contou
mas quem tem coragem de ouvir?
amanheceu o pensamento..."(Frejat)

"Toda novidade que vem no vento
ao sopro da força da rotina cai
na monotonia do pensamento
que em busca de outra novidade sai..." (VPC)

Seja bem vindo, poeta. A poesia que o universo exala é que faz a vida ser bela apesar de trágica.
guiomar barba disse…
Fernando Pessoa

A 'sperança, como um fósforo inda aceso

A 'sperança, como um fósforo inda aceso,
Deixei no chão, e entardeceu no chão ileso.
A falha social do meu destino
Reconheci, como um mendigo preso.
Cada dia me traz com que 'sperar
O que dia nenhum poderá dar.
Cada dia me cansa de Esperança ...
Mas viver é sperar e se cansar.

O prometido nunca será dado
Porque no prometer cumpriu-se o fado.
O que se espera, se a esperança e gosto,
Gastou-se no esperá-lo, e está acabado.

Quanta ache vingança contra o fado
Nem deu o verso que a dissesse, e o dado
Rolou da mesa abaixo, oculta a conta.
Nem o buscou o jogador cansado.

O nosso fado de cada dia...

Bendito é aquele que entrega cada dia ao Senhor o seu fardo.

Parabéns Jair, por saber voltar e nos brindar com seu belo poema. Abraços.
rayssa gon disse…
E na maioria das vezes são coisas válidas e justas".



justas? pra quem??

pra mim que não é. vc pode ter certeza disso.
Anônimo disse…
Jair, meu querido..

Quando cito esta frase, dizendo que aqui não é a nossa verdadeira casa, porque não somos imortais..eu particularmente, não cito preferencialmente a "segunda casa" ou outro tipo de "casa espiritual"..até mesmo porque eu também não creio que vamos para o céu, assim como não creio que vamos para o inferno..se é que eles existem!!

A realidade é que eu CREIO que nós ALMA e não matéria, por sermos MORTAIS vamos para algum lugar...isto eu penso!

Digo que aqui não é nossa casa, pois realmente quando aqui chegamos, nós tomamos tudo emprestado...nada do que está aqui é nosso, pois não podemos levar nada daqui...absolutamente nada!

Esperamos "por uma outra casa" não porque queremos esperar...mas porque sabemos que ela se chegará à nós...ou nós chegaremos até ela...

Como é esta "casa"?!...fica aí a nossa paciência para esperar o momento e "ver"...

"Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos”. (Romanos 8:25).

Estamos "aguardando"..

Beijos!!
Eduardo Medeiros disse…
Rayssa, por acaso você citou uma frase minha que puseram lá no pensamento do dia. E você mesmo responde a questão:

"justas? pra quem??

PRA MIM QUE NÃO É. vc pode ter certeza disso." (destaque meu).
Anônimo disse…
Rayssa,

Você é minha parenta??!! "Gonçalves" hihi..


O senso de justiça pode ser diferente para mim e para você.

Na maioria da vezes uma pessoa acha que é JUSTO o que uma outra pessoa acha INJUSTO.

É a famosa questão: "Gosto não se discute e ponto final!"..

Mas ainda penso que se tratando do TERMO Justiça, não há o que discutir. Ou isto é JUSTO ou NÃO é JUSTO.

Mas de acordo com a forma de pensar de cada um, muitas pessoas podem enxergar justiça onde na verdade não existe....e outras podem não enxergar justiça, onde existe.

Existe muito a questão do falso ponto de vista!
Anônimo disse…
Duzinho sai da minha cola! rsss
Eduardo Medeiros disse…
Paulinha, quando eu escrevi que "isso é justo" eu não me referia especificamente ao que é justo conforme os ditames de alguma lei ou mesmo da moral.

Quis dizer que milhões de pessoas têm um relacionamento espiritual com uma determinada concepção de Deus e isso é justo, pois traz sentido para a vida de quem encontra nisso sentido.

Tudo o que traz sentido à vida é verdadeiro. Até o ateísmo.

Por que eu tô na tua cola??? não entendi rss
Anônimo disse…
Ahh EDU, agora sim ficou bem explicado ..

Estava zuando..."sair da minha cola" porque você estava postando junto comigo ..estávamos online juntos...

rss..
Unknown disse…
Meu querido MESTRE LEVI BRONZEADO;

Grande é o prazer que sinto neste instante, lendo este seu emocionante comentário que vem valorizar estes rabiscos que escrevo com o meu coração.

Obrigado pela homenagem, não sou digno de lhe amarrar as alparcas...

Na escola poetica, perto de ti sou um eterno aprendiz...

Deus é a força da inspiração...
Deus é a força da criação...
Procurei para ele uma morada...

Os oceanos não aguentaram sua força
Os céus não suportaram sua imensidão
A terra foi invadida pela grandeza da sua mão

Só havia um lugar, onde o encontraria
Só havia um lugar, onde Deus poderia morar
Dentro da chama viva de um coração
Unknown disse…
Grande pensador Dudu;

A Poesia transborda de dentro de mim, uma força que irradia e me tranporta, me leva para lugares mais remotos, e traz os meus queridos para perto de mim.

Abondonei a religião, deixei de lado a pretenção, e me rendi aos pés do vencedor, o Samurai. O Amor...(DJavan)
Unknown disse…
Querida Guiomar Barba;

Vejo que o meu objetivo está sendo alcançado, a poesia esta de volta á confraria...os confraternos comentando escrevendo poesia...

Poesia é uma droga que vicia...
Poesia é uma droga que alivia a dor que contagia o amargo coração...

Adoça a boca
Acalma a alma
E alivia o coração

Poeta não vive iludido, apenas não se preocupa se está com a razão.

Forte abraço
Unknown disse…
Amiga Paulinha;

Ainda não consegui compreender o seu ponto de vista...mas também não se preocupe, pois todo ponto de vista é a vista do ponto de quem o vê...kkkkk

Abraços
Unknown disse…
Amiga Rayssa;

A vida é justa?

Se não. Será justo deixar de viver?

Será que temos este poder?
Hubner Braz disse…
Claro Jair, Ops vamos tentar de novo..., escuro Jair, rsrsrs...

Que belo poema, com efeito duplo, esclarecedor e estarrecedor. Eu não me sinto Órfão, mais conheço muitos que nem desmamarão do peito da mãe e já se sentem donos do mundo, únicos pensadores e pai de todos... Desconsiderando todo o tipo de pai celeste e se alimentando do Órfão sentimento de ser o único certo. Kkkkk

Amei o poema e irei voltar para esmiuçar...

Abraços

Confissões Insanas
Marcio Alves disse…
JAIR

De um deus relacional (“Descobri que o meu pai nunca foi meu pai” palavras tuas) como você anteriormente acreditava, para agora um “deus” energia (“uma força me trouxe até aqui” e “sinto que esta força esta viva dentro de mim” palavras tuas) realmente há um abismo enorme de diferença, tanto que você deixa transparecer em sua bela poesia, toda angustia e dor, de hoje pensar e acreditar que o deus outrora cultuado e buscado por você, era simplesmente uma doce ilusão e fabricação dos desejos humanos, agora, você se vê sozinho e perdido, desamparado pelo “pai” que na verdade você nunca teve (“agora perdi o rumo, perdi a direção” palavras tuas).

Faço-te duas perguntinhas:

Primeiro: Se você fosse o carequinha do filme do Matrix, e tivesse a escolha de nunca ter descoberto que seu “pai” nunca de fato existiu, pelo menos do jeito como você pensava, e que na verdade ele era uma ilusão tal como é o papai Noel para as crianças, o que você faria? Teria coragem de novamente encarar esta verdade, ou a negaria?

Segunda: Você não acha que deus como simplesmente uma energia, não precisa nem ser chamado de deus, porque este seu “deus” força, esta mais para o big-bang dos ateus, do que um deus nos moldes teistas, pois pelo menos o deus relacional valia a “pena” de se acreditar nele, pois estava constantemente se envolvendo conosco, mas uma energia, porque não falar logo e admitir um ateísmo honesto?

Medo? De quem? Deus não existe mesmo..............se for uma força como o big-bang, que diferença faz?

Abraços e fica com deus!
Marcio Alves disse…
Ainda dizem que poesia e poema não dão para debater. Rsrsrsrs

De fato é verdade, só que esqueceram o principal....é justamente na poesia e poema que as pessoas deixam transparecer todo o seu estado emocional e psíquico, revelando as profundezas de seu coração.

Parabéns JAIR, pela franca, sincera e corajosa atitude de colocar para fora o que esta dentro do mais fundo do seu coração.

Lembre-se sempre: se não há deus, se não há vida depois da morte, se há somente o nada da existência quando partimos, seja forte, você não estará sozinho, pois contigo vão bilhões de seres humanos, que compartilham do mesmo drama e destino que você!

Abraços de novo e fica com o deus força. Rsrsrsrsrssrs
Marcio Alves disse…
Cara, ao escrever esta minha ultima frase de despedida para você JAIR “fica com o deus força”, meu ocorreu um pensamento pensante agora:

Será que na verdade este deus força que você tanto fala hoje, que está dentro de você, na verdade não é deus que está lá e além, mas simplesmente sua própria força e capacidade de mesmo sem sentido continuar vivendo a vida?

Quando digo sem sentido, digo sem um sentido pré-determinado por um ser cósmico e imaginário fora de nós mesmo.

Então, isto reforça minha pergunta no meu primeiro comentário...porque não admitir logo, para você mesmo, e parar de lutar negando que deus não existe, criando uma outra roupagem para deus, e se auto-enganando você mesmo, atribuindo a ele uma força que está em você e não quem vem dele?

Abraços e agora fui mesmo. Rsrsrsrss

Há....e que bom que voltaste para confraria meu velho amigo.
Marcio Alves disse…
ATENÇÃO CONFRATERNOS!!!!!

Gostaria de pedir a todos vocês que não comentasse meus comentários e perguntas para o JAIR, até que ele próprio se manifestasse e respondesse minhas perguntas.

Isto é para que o JAIR não venha ser influenciado pelos comentários, para que ele faça uma auto-analise olhando para dentro de si mesmo, para encontrar respostas aos meus questionamentos.

Agradeço a compreensão e colaboração de todos.

Abraços
Unknown disse…
Querido Marcio;

Obrigado pelos comentários, ainda que desafiadores, é muito bom saber que continua a prestigiar a minha poesia.

Vou dormir um pouco volto mais tarde para tentar te responder.

Forte abaraço.
Unknown disse…
Querido amigo Hubner;

Obrigado por seu comentário...volte para comentar quantas vezes quiser.

Abraços.
Unknown disse…
Querido Marcio;

Queres mesmo me deixar nú diante da multidão...mas já que comecei a tirar a roupa vou ficar "peladão" rsrsrsr.


Todo homem que procura um "deus pessoal", tenta transferir ou projetar, neste "deus" as suas necessidades e carências...talvez seja na realidade a busca por um sentido uma razão de viver.

Realmente não conheci meu pai (biologico) e para preencher a ausência afetiva de um pai...ou seja a falta do heroi, do superior, então me refugiei no deus relacional, que tem caracteristicas pessoais que na realidade são os traços da minha personalidade. Mas somos inflenciaveis e fui influenciado pelo deus da religião.

Mais tarde descobri que o deus nos moldes evangélicos é vingativo, avarento, preconceituoso, mentirosos e injusto...

É como se você descobrisse que o seu pai é um bandido.

Automaticamente você o rejeita, mas no caso do pai biológico, ainda que bandido ele continuara sendo seu pai...(não sei se está conseguindo me entender.)

Hoje não preciso deste "pai", pois nem o meu pai me impediu de viver, aliaz ele apenas me fecundou e me abandonou a propria sorte, e hoje se um cara aparecer e dizer que é meu pai, receio que não irei o receber.

Minha vida é independente do meu pai...a vida é esta força a qual eu me refiro, pois uma serie de acontecimentos conspiraram para que hoje eu não estivesse aqui, porem a luta pela vida prevaleceu...não sei da onde surgi e nem sei para onde vou...mas o que importa é a vida que me trouxe aqui e quando ela terminar o que importa é o que eu vivi.

Quanto a se acreditar em deus pessoal ou deus força energia isto torna-se supérfulo diante da grandesa qué é vida ainda que as vezes dolorida.

"Em dores de parto me concebeu minha mãe..."

Espero que nas entrelinhas possa ter te respondido, agora não exija mais daquilo que eu não posso te responder...Minha cabeça doe kkkkkkk
Valéria Gomes disse…
Se estamos aqui, é para se viver linda e profundamente.

Beijos de passarinho!!!
Dj Rauer - Shoppenhauer disse…
temus ke vive a vida komu c ela dependessi unicamenti d nus............naum anulanu existencias...mas sim enaltecenu nada + i nada - ke a importancia d vive a vida!!!!!
Levi B. Santos disse…
Caro Jair


Uma vez que seu poético texto fala de uma ORFANDADE, gostaria de tecer algumas considerações sobre esse sentimento que existe em cada ser humano, por alguns ainda recalcado num porão obscuro denominado INCONSCIENTE.

A cultura impôs aos pais, o dever de dar todo o bem estar aos filhos, quer sob a forma de proteção, quer sob a forma de assistência. Porém, tanto os pais, avós, tutores como os filhos, devem entender que a lacuna da impotência continuará sempre fazendo parte intrínseca de nossa natureza.

Esta é uma questão cuja resposta é, talvez, muito dolorosa: assumir a condição de ser incompleto, ser faltante. Somos portadores de um vazio pesado demais para carregar. O Cristianismo mui apropriadamente determina: “Que devemos tomar a cruz, e seguir”.

Há uma sede inata que provém da fonte dos nossos desejos mais prementes, que nos impulsiona a fazer perguntas como estas: “Por que esta cruz?”. “Para que?”. “Quem será o culpado ou responsável por colocá-la em nossos ombros”? Na verdade cabe a nós simplesmente tomá-la. Cruz esta, que sob a forma de uma orfandade, nos acompanhará em toda nossa trajetória existencial.

Mas orfandade pressupõe algo que foi perdido. A máxima felicidade sem nenhum esforço, a vontade de tudo ter as mãos, de tudo poder da tenra infância, não encontrou ressonância ou resposta por parte do pai, avô ou tutor natural.

Continuar na caminhada, órfão de um desejo interdito que pesa como uma cruz é a nossa sina. Deus, o Inconsciente, o Grande Outro, agora como Pai simbólico, é doravante a quem nos dirigimos.
A C.P.F.G funciona como uma “Família Sagrada” para onde nós, os “filhos pródigos”, de vez em quando voltamos a fim de amenizar o vazio do nosso ser, e, isto nada mais é que o “sentimento religioso” que muitos teimam em confundir com arapucas ou instituições religiosas. É o sentimento que a razão não aceita, pois ele não se traduz em palavras, é impronunciável ou “incognoscível”. O máximo que podemos dizer, é que ele nos transmite a “esperança” de um dia nos RELIGAR às águas aminióticas da imortalidade perdida no útero materno, quando não tínhamos conhecimento do maniqueísmo “bem e mal”, “profano e sagrado”.

Porém, enquanto mortal, é responsabilidade nossa assumir esta orfandade. Em outras palavras, não podemos abandonar a cruz, porque abandoná-la seria o nosso próprio suicídio.


Abçs de um órfão

Levi B. Santos
guiomar barba disse…
Jair e Marcio, como é bom ter experiências tão profundas e claras com Deus. Certeza inabalável de que Ele existe e é presente. Que podemos contar com Ele no dia a dia.

Gosto da minha fé simples; as vezes, até da minha inteligência limitada. Gosto dos meus questionamentos e das minhas brigas com Deus, mas gosto muito mais da paz que sinto e do gozo que me inunda a presença pura e constante do Nosso Pai Deus, a cada manhã.

Embora eu tenha sido vítima do mesmo deus que você foi Jair, eu encontrei o verdadeiro DEUS, cheio de amor e pura compaixão, e não é por carência que eu creio nEle, mas porque dEle procedi e para Ele voltarei um dia.

Amo vocês com muito carinho. Beijos.
guiomar barba disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Esdras Gregório disse…
“Meu nascimento foi traumático, cai nos pés de uma parteira, dei com a cabeça no chão”

Trágico não sei, mas a forma como a vida chegou a este ponto foi critica e tensa, pois na verdade muitos impedimentos e impossibilidades se encontrou no caminho da vida, e ela lutou para chegar a ser, pois na verdade era muito mais fácil que tudo não existisse do que existisse alguma coisa ou vida.

E caímos sim, caímos na existência, vindo não sei de onde, mas sem consentimento prévio fomos jogados a vida com muito mais do que fôlego de vida e tempo para viver, mas com uma questão enorme imposta arbitrariamente sobre nós: quem somos nós, ou o que somos nós?

E cá estamos coma A cara no chão, estatelados na existência, chocados com o milagre da vida e esmagado com as perguntas da razão.

Mas de qualquer forma não estamos órfãos, temos uns aos outros, homens maravilhosos que passaram nesta terra, estão inseparavelmente irmanados conosco na humanidade e na existência, o melhor é que eles não são deuses, mas nossos irmãos.

O amor, a mão e o conforto de deus só foram e só será sentido no amor na mão e no colo dos homens, nós somos as mãos de deus nesta terra, sua voz, seu braço, seu poder e sua vida entre os homens, o fato de ele não poder “ser” ou não poder “descer’” não nós deixa mais livres e insensatos na existência, mas antes intensifica nossa responsabilidade pois agora todo amor justiça e cuidados humanos serão lutados para serem estabelecidos pelas únicas mãos possíveis: a nossa.

Se Ele existe ou não, isso não importa na pratica, pois tudo o que acontece aqui são feitos pela vontade do homem e da natureza, pois alem de uns ao outros temos e estamos ligados a vida e natureza de toda a existência no universo que nós tiram a sensação de solidão e orfandade. E se Ele existe mesmo, Ele não se aborrecera por tão independência nossa, pois nos criou para a autonomia e responsabilidade mesmo.

Belo texto para reflexão Jair, meu Irmão de fé existencial e de sangue humano.
Esdras Gregório disse…
“Meu nascimento foi traumático, cai nos pés de uma parteira, dei com a cabeça no chão”

Trágico não sei, mas a forma como a vida chegou a este ponto foi critica e tensa, pois na verdade muitos impedimentos e impossibilidades se encontrou no caminho da vida, e ela lutou para chegar a ser, pois na verdade era muito mais fácil que tudo não existisse do que existisse alguma coisa ou vida.

E caímos sim, caímos na existência, vindo não sei de onde, mas sem consentimento prévio fomos jogados a vida com muito mais do que fôlego de vida e tempo para viver, mas com uma questão enorme imposta arbitrariamente sobre nós: quem somos nós, ou o que somos nós?

E cá estamos coma A cara no chão, estatelados na existência, chocados com o milagre da vida e esmagado com as perguntas da razão.

Mas de qualquer forma não estamos órfãos, temos uns aos outros, homens maravilhosos que passaram nesta terra, estão inseparavelmente irmanados conosco na humanidade e na existência, o melhor é que eles não são deuses, mas nossos irmãos.

O amor, a mão e o conforto de deus só foram e só será sentido no amor na mão e no colo dos homens, nós somos as mãos de deus nesta terra, sua voz, seu braço, seu poder e sua vida entre os homens, o fato de ele não poder “ser” ou não poder “descer’” não nós deixa mais livres e insensatos na existência, mas antes intensifica nossa responsabilidade pois agora todo amor justiça e cuidados humanos serão lutados para serem estabelecidos pelas únicas mãos possíveis: a nossa.

Se Ele existe ou não, isso não importa na pratica, pois tudo o que acontece aqui são feitos pela vontade do homem e da natureza, pois alem de uns ao outros temos e estamos ligados a vida e natureza de toda a existência no universo que nós tiram a sensação de solidão e orfandade. E se Ele existe mesmo, Ele não se aborrecera por tão independência nossa, pois nos criou para a autonomia e responsabilidade mesmo.

Belo texto para reflexão Jair, meu Irmão de fé existencial e de sangue humano.
Unknown disse…
Querida Valéria Gomes;

Seja bem vinda, seu comentário é perfeito e emblemático.

"Se estamos aqui, é para se viver linda e profundamente."
Unknown disse…
Grande Mestre Levi;

Somos lançados na vida com todas as suas dores e beleza, porem...nascer doe...crescer doe...morrer é a dor de ser arrancado da vida, ainda assim é maravilhoso viver (carregar a cruz).

"Eu não pedi prá nascer...eu não pedi prá morrer...(Lulu Santos)
Anônimo disse…
Jair,

Belíssima obra poética.

Vejo que o Márcinho fez papel de religioso, no final de tudo o que vale é a concepção do outro sobre Deus, rsrs.

Ouço pelo menos uma vez por semana "Mas você crê em Deus?", minha resposta ainda é a mesma "Em nenhum Deus que a sociedade tenha apresentado até hoje."

Ou seja, é uma forma de dizer que não acredito, rsrs.

Abraços,

Evaldo Wolkers.