Um dos livros mais vendidos no ano de 1969 foi o romance “O
Enigma de Andrômeda”, de Michael Crichton, que conta a história de um grupo de
cientistas envolvidos no estudo de um micro-organismo que faz o sangue humano coagular rapidamente, provocando a
morte. Embora seja um livro de ficção, O Enigma de Andrômeda é um relato
arrepiante da ameaça biológica que determinados organismos podem representar ao
sistema imunológico humano, que por nunca ter sido exposto a eles, não tem como
combatê-los. No livro os organismos vêm do espaço sideral. Na vida real eles
podem ser desenvolvidos na terra mesmo, por meio de atividades biotecnológicas
humanas, propositais ou acidentais.
Para ilustrar as possibilidades, alguns anos atrás um grupo
de pesquisadores australianos produziu
uma cepa de ectromelia infecciosa, uma variante do vírus da varíola, esperando
esterilizar os ratos. De modo geral, a ectromelia infecciosa não representa
perigo para os camundongos que participam da experiência, e os cientistas só
queriam incrementá-la para esterilizar os roedores. Infelizmente, produziram
uma variação do vírus tão letal, que matou até os ratos vacinados contra a
moléstia.
Este é um ótimo exemplo de como um erro de cálculo pode criar
a cepa de um vírus semelhante à varíola que, se sair dos limites do laboratório,
pode causar uma pandemia incontrolável. Principalmente quando pesquisadores,
como os australianos, publicam a fórmula
de seus vírus mortíferos em revistas científicas abertas para o mundo ler.]
Um exemplo prático do que deveria acontecer numa escala mais
ampla é a epidemia de gripe espanhola após a Primeira Guerra Mundial. Em 1918
uma cepa de gripe surgida nos EUA acabou matando de trinta a cinquenta milhões
de pessoas no mundo inteiro no período de um ano. Agora, imagine uma praga ou
vírus com o poder de viajar por todo o mundo, como a epidemia de 1918, matando
e infectando mais rapidamente. Não há vacina ou antibiótico capaz de combater.
Vale salientar que isto poderia acontecer como resultado de processos naturais,
não somente via mutação intencional de pesquisadores em laboratórios. Portanto
a ameaça de uma pandemia global deixa de ser mero desastre e passa â categoria
de verdadeira catástrofe.
Comentários
Em meu artigo Será apenas ficção de uns cientistas de Oxford?!, publicado em meu blogue no dia 29 de julho de 2015, comento que além da preocupante questão ecológica,existem potenciais ameaças que nós mesmos inventamos usando a inteligência dada pelo Criador, as quais seriam: a manipulação genética, a nanotecnologia para fins bélicos e a inteligência artificial.
Sean O'Heigeartaigh, um geneticista do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, traça uma analogia com o uso de algoritmos usados no mercado de ações. Da mesma forma que essas manipulações matemáticas, argumenta, podem ter efeitos diretos e destrutivos sobre economias reais e pessoas de verdade, tais sistemas computacionais podem "manipular o mundo verdadeiro". Em termos de riscos biológicos, ele se preocupa com boas intenções mal aplicadas, como experimentos visando promover modificações genéticas e desmantelar e reconstruir estruturas dos genes.
Pandemias e desastres naturais podem causar uma perda de vida colossal e catastrófica, mas a humanidade estaria propensa a sobreviver. Isto porque nossa espécie, em milhares de anos, já sobreviveu a doenças, fome, enchentes, predadores, perseguições, terremotos e mudanças ambientais. Entretanto, agora entramos em uma nova era tecnológica capaz de ameaçar nosso futuro de uma forma nunca vista antes.
Concordo quando afirma que "a ameaça de uma pandemia global deixa de ser mero desastre e passa à categoria de verdadeira catástrofe".
Entretanto, há ameaças ainda piores. Nossa espécie pode mesmo ser extinta neste século XXI assim como a vida no planeta também.
Vide link abaixo:
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/07/bahia-tem-54-pacientes-com-sindrome-guillain-barre-diz-sesab.html
Em março de 1999 a revista Cientific American, voltada para o grande público, publicou um artigo intitulado “Um pequeno big bang” que marcava o começo da segunda onda de temores de que a física pudesse destruir o planeta. Neste artigo o foco das atenções era o colisor relativístico de íons pesados (RHIC, RELATIVISTIC HEAVY ION COLISOR), do Brookhaven National Laboratory situado em Long Island, Noa York, que poderia criar partículas estranhas capazes de explodir o planeta ou, talvez, sugar o universo para um buraco negro do qual jamais retornaria.
Tudo começou com as ideias de Einstein, Newman, Tesla e cientistas alemães exilados após a Primeira Guerra mundial. A partir dos projetos Filadélfia, Montauk, Fênix entre outros, surgiram a bomba atômica, a fissão nuclear. O computador, o GPS, a invisibilidade da matéria sólida, o controle do clima e o desenvolvimento dos transmissores de radiossondas. Sem falar no desenvolvimento das armas escalares como o Stelth. Um colápso iminente reside aí, na física desenvolvida por humanos.