Que a nossa República possa reencontrar-se



Hoje, dia 15/11/2018, feriado nacional em homenagem à Proclamação da República, é mais uma data que serve para a nossa reflexão.

O Brasil acabou de passar por uma eleição e esse evento não completou nem um mês, sendo que muita gente ainda está no embalo da escolha do capitão da reserva Jair Messias Bolsonaro para presidir essa República relativamente jovem de seus 129 anos. E, apesar de estar chegando o Natal, pode-se dizer que a grande maioria dos brasileiros continua ligada na política sem aderir ao clima de festa.

Bolsonaro não foi o meu candidato, porém agora é o presidente eleito de todos nós. Sua vitória nas urnas foi incontestável e reflete o anseio do brasileiro por uma mudança radical na política. Tanto é que vários deputados, senadores e governadores foram eleitos por influência dessa decisão coletiva.

Assim, vive-se no momento, um aguardo das escolhas do novo presidente quanto aos futuros nomes de seu governo dando sinais do rumo ideológico traçado, sem que venhamos a ter grandes mudanças quanto à política econômica. Aliás, o nosso próximo chanceler, o embaixador Ernesto Araújo, possivelmente fará com que o Brasil venha a ter um alinhamento maior com os Estados Unidos.

Entretanto, antes mesmo do presidente eleito assumir, vários fatos estão ocorrendo em função dos futuros acontecimentos. Um deles foi a recente saída de Cuba do programa "Mais Médicos" iniciado na era PT para ampliar o atendimento dos profissionais de Medicina no Brasil importando mão-de-obra. Ontem, o governo do país caribenho disse que tomou tal decisão devido às "declarações ameaçadoras e depreciativas" de Jair Bolsonaro, o que veio a ser rebatido por ele no Twitter e numa entrevista concedida em Brasília:

"Condicionamos a continuidade do programa Mais Médicos à aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou"

Além disso, há uma preocupação sobre como Bolsonaro pretende lidar com as universidades, com a defesa do meio ambiente e a proteção das relações trabalhistas. E, nestes dois casos, felizmente ele resolveu não extinguir as duas respectivas pastas que seriam o MMA e o MTE. Só que de qualquer modo, a política deverá mudar muito assim quando a nova gestão se iniciar.

Seja como for, trata-se de um governo de direita legitimado pela participação popular que se expressou tanto pelo voto quanto pelas manifestações de apoio nas ruas/redes sociais. Posso não concordar com as ideias de Bolsonaro, mas reconheço que estamos vivendo agora a expectativa de uma mudança na vida republicana do país com possíveis reformas conservadoras que jamais poderão sair do campo democrático graças à Constituição de 1988, além da composição dos Poderes Legislativo e Judiciário.

Daqui um ano, quando estivermos completando 130 anos de República, espero que as coisas estejam caminhando para melhor nesse país E que sempre possa prevalecer um equilibrado bom senso nas decisões tomadas pelo futuro governo visto ser é algo indispensável para a paz social. 


Ótimo final de feriado a todos!

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