Neste domingo, somos todos Sergio Massa!

 



Hoje, mesma data em que nós brasileiros comemoramos o pouco lembrado Dia da Bandeira (19/11), nossos irmãos argentinos voltarão às urnas a fim de decidir em segunda volta quem será o próximo presidente que governará o país deles.


Certamente que o resultado do pleito democrático dos nossos vizinhos sempre deverá ser respeitado como uma escolha soberana da respectiva população, por mais infeliz que seja a decisão, tal como também foi conosco com a terrível vitória de Bolsonaro, em 2018, e nos EUA, com Donald Trump, em 2016. 


Entretanto, se Javier Milei vencer, muitos interesses do Brasil poderão ser frustrados na América do Sul e, talvez, a própria democracia argentina correrá risco.


Em outras palavras, podemos dizer que, neste domingo, estão em jogo o comércio bilateral, os Brics, bem como o próprio Mercosul. E, para falarmos em números, eis que as exportações brasileiras para a Argentina somaram US$ 14,9 bilhões de janeiro até outubro do corrente ano, correspondendo a 5,3% do valor total exportado pelo Brasil no período, enquanto importamos deles US$ 10,2 bilhões...


Seria uma relação desigual? De jeito nenhum, uma vez que a vantagem tem sido recíproca, além de promissora, porque poderemos também crescer desenvolvendo uma importante parceria com a União Europeia.


Ora, tendo em vista que, após as primárias de agosto, Milei já andou dizendo que o Mercosul "deve ser eliminado" e que vai priorizar relações com Estados Unidos e Israel, temos mesmo o que nos preocupar. Inclusive porque, diante de uma eventual vitória do candidato da extrema direita no país vizinho, poderemos ver no continente algo análogo ao Brexit, porém sem plebiscito.


De qualquer modo, os números das pesquisas vêm mostrando uma disputa acirrada entre Milei e o peronista Sérgio Massa, de modo que o resultado deve ser apertado. Por isso, é incerto afirmar quem sentará na cadeira presidencial na Casa Rosada a partir de 10 de dezembro.


Parafraseando o que disse recentemente o Presidente Lula, evitando o governo brasileiro de se comprometer abertamente, torço pela vitória do candidato "que goste de democracia, que respeita as instituições, que goste do Mercosul, que goste da América do Sul e que pensa na criação de um bloco importante". Ou seja, Sergio Massa...


Abaixo a extrema direita!

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