sexta-feira, 7 de novembro de 2025

🌹 "Janja é uma ruptura simbólica"

 


Por Beta Bastos


Há algo de profundamente político no modo como Janja existe.

Ela não pediu licença para ser, simplesmente é.

E isso, em um país que ainda tenta enquadrar as mulheres em papéis silenciosos, é um ato revolucionário.


Janja não é apenas a companheira de um presidente.

É uma mulher que reivindica o direito de estar onde sempre disseram que não era lugar para nós, no centro das decisões, no gesto que acolhe e também no gesto que enfrenta.

Ela devolve à política uma dimensão esquecida, a da afetividade como força transformadora.


Enquanto muitos associam poder à frieza, Janja o resignifica com empatia.

Ela fala de cultura, de meio ambiente, de igualdade e de memória.

Temas que, na boca de uma mulher, ainda são tratados como menores.

Mas é justamente por essa via que ela desmonta a velha lógica da dominação e mostra que governar também é cuidar, preservar e lembrar.


Por isso a atacam.

Porque uma mulher que ocupa o espaço público sem pedir desculpas por ser inteira, política, sensível, lúcida e amorosa, é insuportável para quem ainda acredita que o poder é masculino.


Janja é o incômodo necessário.

É o retrato de uma nova ética do feminino na política, a que não se curva, mas também não endurece para existir."

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