segunda-feira, 30 de abril de 2012
O ateísmo nunca irá conseguir acabar com a religião!
terça-feira, 24 de abril de 2012
Refletindo sobre o futuro da 7ª geração após a Independência
Todavia, considero mais adequada a versão do citado filósofo pré-socrático, tido também como o "pai da dialética", já que um século acaba contendo mesmo três gerações, pelo que se consolidou o seu pensamento muito bem lembrado pelo gramático romano Censorinus:
“Um século é a maior duração da vida humana, que é limitada pelo nascimento e pela morte. Aqueles, por consequência, que reduziram o século a um espaço de trinta anos, cometeram manifestamente um grande erro. É Heráclito que chama este lapso de tempo de ‘geração’, já que ele envolve uma revolução da idade do homem; e ele chama de revolução da idade do homem todo o período durante o qual a natureza humana faz o retorno do semeado à semeadura”
Aplicando estes conceitos à idade do jovem país Brasil, nascido não em 1500, mas sim com sua emancipação política (07/09/1822), fico a indagar a respeito da nossa evolução coletiva no decorrer das seis gerações de lá para cá.
Não é fácil abandonarmos de uma vez por todas a mentalidade de um povo colonizado para enxergarmos a nós mesmos como nação livre com grande potencial de se desenvolver. O melhor testemunho disso foi que, segundo a Bíblia, Moisés precisou que praticamente toda aquela geração que saiu do Egito, no êxodo, fosse substituída por uma nova criada ali no deserto do Sinai e sem mais a mentalidade de escravos.
Diferente da história bíblica do povo de Israel, nós brasileiros passamos por um processo tranquilo de independência formal e fomos conduzidos pela família real portuguesa durante quase setenta anos até à proclamação da República, quando ainda estávamos no começo da terceira geração "livre".
No entanto, o golpe militar que impôs a forma republicana de governo não foi capaz de formar uma geração com um alma verdadeiramente emancipada. Continuamos submissos aos interesses estrangeiros por décadas, deixando que os "coronéis" mandassem nos rumos da política nacional. E, se conseguimos nos industrializar no século XX, foi pura sorte por causa da primeira guerra mundial e da revolução de 1930 (período da quarta geração). Isto porque as fábricas europeias não puderam mais atender ao nosso mercado e, por necessidade, o Brasil teve que ter sua própria produção. Além disto, a quebra da Bolsa de Nova Iorque foi ótima para diminuir o poder das medíocres oligarquias rurais.
Depois de terem suicidado Getúlio Vargas, a nossa autonomia econômica não durou muito. Tão logo os interesses das multinacionais articularam-se com os das elites brasileiras e, deste modo, tivemos o desenvolvimento do país freado na segunda metade do século passado. Por mais que a quinta geração (1942-1972) tivesse lutado pelas liberdades políticas, predominou o "cale-se" ditado pelos generais da terceira e quarta gerações, conforme bem compôs o Chico Buarque nas suas inteligentíssima letras.
Pode-se afirmar que o pior momento da história recente do nosso país teria sido a época dos militares. Foi nesta época que o nosso povo sofreu um danoso impacto em sua formação cultural por causa do sistema repressivo que foi montado. Se a escola já não poderia mais ensinar o aluno a pensar, criou-se uma geração bem propícia para a manipulação feita pela mídia, com um gosto alienígena de coca-cola.
Apesar da brilhante música cantada pelo grupo Legião Urbana, os "filhos da revolução" e "burgueses sem religião" não derrubaram reis. A grande maioria foi intoxicada pelo lixo enlatado que lhes fora empurrado. E, passada a ditadura, o povo brasileiro elegeu Collor de Mello, sendo que os heróis da resistência também se corromperam e falharam quando chegaram ao poder.
Pois bem. Daqui a uma década, o Brasil estará completando seus 200 anos de independência. Será governado pela sexta geração (a minha) e estará criando uma sétima nascida a partir de 2002. Estas moças e rapazes, filhos século XXI, já não trarão mais as marcas da ditadura militar em suas mentes. Só que há algo bem preocupante nisso tudo. É que está faltando a verdadeira educação.
O que é educar? Seria somente oferecer escolas para adolescentes e crianças afim de lhes transmitir um conteúdo programático desenvolvido pelo MEC?
Tenho pra mim que educar é algo muito maior do que isto, pois requer o investimento dos pais, da sociedade e do governo na formação de uma pessoa. Algo que não está ocorrendo nem nas instituições de ensino e muito menos nas famílias. E aí lamento muito em ver esta garotada solta, alimentando-se das informações expostas na mídia e na internet, sendo aprovada nos períodos letivos sem ao menos terem realmente aprendido. Uma maquiagem só para que o Brasil melhore a sua imagem no exterior.
Creio que o nosso país precisa muito mais do que aumentar os investimentos estatais na educação. Precisamos de um trabalho sério nesta área já que, atualmente, as mulheres trabalham fora e não podem mais colaborar tanto na educação das crianças como foi nos tempos de nossas avós. Devido a isso, o ensino em horário integral (manhã e tarde) faz-se necessário assim como a ministração de aulas sobre Cidadania, Ecologia, Sexualidade, Controle de Emoções, e Ética, as quais não podem continuar dependendo da transversalidade nas disciplinas de História e de Geografia.
Só ensino em horário integral, com professores entusiasmados e bem remunerados, é que poderá contribuir para a educação dessas nossas crianças. Por isso, uma pessoa precisaria também de uma formação mais sólida para então dar aulas, o que envolveria um comprometimento maior com a profissão.
E aí? O que nós, homens e mulheres adultos, faremos?
A pena da História está hoje em nossas mãos!
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Escravos da Pós-Modernidade
Site da Imagem: capacitorfantastico.blogspot.com
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Tomado pela Razão
domingo, 8 de abril de 2012
Essa minha intolerância
O 'não-crer-em-nada' a cada dia se torna uma religião tão ou mais chata que as religiões todas juntas.
A explosão do cosmos em micropartículas geradoras de amebas que por sua vez gerarão seres bípedes me causa o mesmo momento de reflexão sobre os rumos da alegoria da criação em 7 dias.
O que está errado? Ou melhor, há alguma coisa certa, nesse amontoado de ideias que cada um, a seu jeito 'inventa', baseado ou nao em subjetividades, e que possui uma lógica; mas o que é mesmo a lógica?
Eu penso na fé... Que pode ser numa pedra, no cosmos vazio ou mesmo num deus que criou todas a coisas...Sem fé não se acorda, não passa o dia, nem mesmo pisca os olhos diante de sua incredulidade...
E o que é a fé?
É crer no invisível, no seu taco ou em coisa nenhuma?
Um homem caminha só, com sua solidão, e em milhões de anos ele questiona pra que serve todo dias acordar e caminhar assim ao lado dela, que mesmo tendo outros iguais aos redor, não a diminui, só atenua...Em direção ao nada caminha...mas pra que mesmo nasceu?
Vejo tudo como um grande ressentimento; essa coisa de forçar-se a acreditar, mesmo no nada. Ver tantos tentando convencer qual sua verdade, qual o caminho menos tortuoso, qual sua pergunta que ainda não tem resposta.
Se 'nada' existe, pra que se pensar no nada?
Um homem sem perguntas é um homem morto.
domingo, 1 de abril de 2012
Afinal, porque somos todos assim?

Por: Marcio Alves
Será mesmo que agimos só pela vontade e/ou razão? (“fiz porque gosto ou porque quero”) Quando uma pessoa diz que gosta mais de um tipo de comida do que de outra, de um lugar do que de outro, ou de uma pessoa mais, ou menos, que de outra, ou qualquer outra coisa é “porque gosta” e ponto final? E no caso de ter aversão, de não fazer ou ter determinado comportamento, é porque simplesmente decidiu?
O que esta realmente por trás de todo comportamento humano? Será que somos livres para fazer/ter o comportamento que desejarmos?
Primeiramente, antes de respondermos estas perguntas e todas as outras que derivam delas, temos que buscar compreender o que é o comportamento propriamente dito, aqui nesta postagem.
Segundo a visão da analise experimental do comportamento, “a relação entre atividades do organismo com os eventos ambientais, são chamadas de comportamento” (Skinner).
Portanto, todo comportamento é invariavelmente uma determinada resposta a posteriori a um determinado estimulo ambiental a priori, podendo ser reforçado, positiva ou negativamente, pelas conseqüências do decorrer de um comportamento, que possibilitará sua ocorrência (ou não) futura.
Trocando em miúdos, não há ninguém que nasça com a “síndrome de Gabriela” – eu nasci assim, sou assim e vou morrer assim – pois nosso comportamento é mutável, e, está constantemente transformando o mundo a nossa volta, como sendo transformado pela transformação do nosso comportamento, numa interação viva de organismo com o ambiente, a onde o sujeito não é um ser passivo e a parte de sua transformação, mas participante e ativo na construção de sua realidade, ainda que “inconscientemente” ou “desconhecidamente”.
O que significa dizer, que podemos tanto reforçar um comportamento, para que ele em situações semelhantes, vivenciando estímulos semelhantes, tenha respostas generalizadas, como também, extinguir comportamentos, fazendo com que as respostas venham diminuir futuramente.
Por isto é que o comportamento humano é condicionado por n fatores e estímulos sociais, psicológicos e fisiológicos, onde devemos descobrir o que esta reforçando a ocorrência de um determinado comportamento, para que assim possamos trabalhar em nós, a mudança, caso necessário, do comportamento, chegando assim num processo de extinção da resposta, começando com a diminuição até o cessar da resposta.
Agora, respondendo a pergunta que fizemos no começo do texto, não escolhemos ou decidimos ter ou/e fazer um determinado comportamento porque simplesmente escolhemos ou queremos, porque afinal somos “livres”, mas sim, pela “determinação” dos estímulos tanto antecedentes – que antecede a resposta – como, pelos estímulos conseqüentes – que são as conseqüências da resposta.
Exemplificando: “O crente “A” tradicional, porque quer escapar do inferno (estimulo antecedente) vai para a igreja (resposta), e também, porque com isto, ele consegue manter seu lugarzinho reservado no céu (estimulo conseqüente).
Já o crente “B” neo-pentecostal, ao querer ser bem de vida e ter uma ajudinha do “todo poderoso” (estimulo antecedente), não se contenta em ir somente para a igreja, ele tem que sempre dar dízimos e ofertas (resposta) para conseguir comprar o “todo poderoso”, e no menor sinal de uma situação de melhora, considerado “normal” pelo cético, é visto como prova da benção de deus sobre sua vida (estimulo conseqüente)”
Tanto nos dois casos acima, o que ambos crentes tiveram (estimulo) para ir á igreja, ou “ser” (melhor é o termo “estar”) crente (resposta ou comportamento) foi o interesse, mas o grande reforçador foi justamente a conseqüência de “estar” crente naquele momento.
Caso ambos crentes conversassem com um cético, que através de argumentos conseguisse “provar” que o inferno e céu não existem para o crente “A”, e que, conseguir melhoras na vida são para todos, inclusive ateus, para o crente “B”, possivelmente ambos os crentes não teriam mais o comportamento de estarem sendo crentes.
“O que aconteceu, para a resposta ser extinta?” Simples. Os estímulos antecedentes e conseqüentes que aliciam e reforçam todo comportamento humano, foi suspenso, e com isto também o comportamento.
O que quer dizer é que por mais subjetividade singular (ontogenetica) tenha cada ser humano, nós todos somos muito mais parecidos (filogenética e sócio-cultural) do que diferentes, e, por isto mesmo, somos tão previsíveis.
Por isto que para se conhecer e/ou controlar um determinado comportamento, o primeiro grande passo é conhecer os estímulos que estão aliciando aquele comportamento.
Diante disto tudo então, a grande pergunta não é “Qual é ou tem sido o seu comportamento?”, mas, antes “Quais são os estímulos antecedentes e conseqüentes do seu comportamento?”.
A COP DA BALBÚRDIA
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