Refletindo sobre o futuro da 7ª geração após a Independência

Segundo Heráclito, o período de uma geração, "o espaço de tempo no qual o pai vê o seu filho tornando-se pessoa capaz de engendrar", seria de 30 (trinta) anos. Já a Bíblia prevê 40 (quarenta) anos como correspondendo à duração de uma geração. E, atualmente, no entender de alguns, a cronologia que separa cada o grau de filiação já teria caído para 25 (vinte e cinco) anos.

Todavia, considero mais adequada a versão do citado filósofo pré-socrático, tido também como o "pai da dialética", já que um século acaba contendo mesmo três gerações, pelo que se consolidou o seu pensamento muito bem lembrado pelo gramático romano Censorinus:


“Um século é a maior duração da vida humana, que é limitada pelo nascimento e pela morte. Aqueles, por consequência, que reduziram o século a um espaço de trinta anos, cometeram manifestamente um grande erro. É Heráclito que chama este lapso de tempo de ‘geração’, já que ele envolve uma revolução da idade do homem; e ele chama de revolução da idade do homem todo o período durante o qual a natureza humana faz o retorno do semeado à semeadura”

Aplicando estes conceitos à idade do jovem país Brasil, nascido não em 1500, mas sim com sua emancipação política (07/09/1822), fico a indagar a respeito da nossa evolução coletiva no decorrer das seis gerações de lá para cá.

Não é fácil abandonarmos de uma vez por todas a mentalidade de um povo colonizado para enxergarmos a nós mesmos como nação livre com grande potencial de se desenvolver. O melhor testemunho disso foi que, segundo a Bíblia, Moisés precisou que praticamente toda aquela geração que saiu do Egito, no êxodo, fosse substituída por uma nova criada ali no deserto do Sinai e sem mais a mentalidade de escravos.

Diferente da história bíblica do povo de Israel, nós brasileiros passamos por um processo tranquilo de independência formal e fomos conduzidos pela família real portuguesa durante quase setenta anos até à proclamação da República, quando ainda estávamos no começo da terceira geração "livre".

No entanto, o golpe militar que impôs a forma republicana de governo não foi capaz de formar uma geração com um alma verdadeiramente emancipada. Continuamos submissos aos interesses estrangeiros por décadas, deixando que os "coronéis" mandassem nos rumos da política nacional. E, se conseguimos nos industrializar no século XX, foi pura sorte por causa da primeira guerra mundial e da revolução de 1930 (período da quarta geração). Isto porque as fábricas europeias não puderam mais atender ao nosso mercado e, por necessidade, o Brasil teve que ter sua própria produção. Além disto, a quebra da Bolsa de Nova Iorque foi ótima para diminuir o poder das medíocres oligarquias rurais.

Depois de terem suicidado Getúlio Vargas, a nossa autonomia econômica não durou muito. Tão logo os interesses das multinacionais articularam-se com os das elites brasileiras e, deste modo, tivemos o desenvolvimento do país freado na segunda metade do século passado. Por mais que a quinta geração (1942-1972) tivesse lutado pelas liberdades políticas, predominou o "cale-se" ditado pelos generais da terceira e quarta gerações, conforme bem compôs o Chico Buarque nas suas inteligentíssima letras.

Pode-se afirmar que o pior momento da história recente do nosso país teria sido a época dos militares. Foi nesta época que o nosso povo sofreu um danoso impacto em sua formação cultural por causa do sistema repressivo que foi montado. Se a escola já não poderia mais ensinar o aluno a pensar, criou-se uma geração bem propícia para a manipulação feita pela mídia, com um gosto alienígena de coca-cola.

Apesar da brilhante música cantada pelo grupo Legião Urbana, os "filhos da revolução" e "burgueses sem religião" não derrubaram reis. A grande maioria foi intoxicada pelo lixo enlatado que lhes fora empurrado. E, passada a ditadura, o povo brasileiro elegeu Collor de Mello, sendo que os heróis da resistência também se corromperam e falharam quando chegaram ao poder.


Pois bem. Daqui a uma década, o Brasil estará completando seus 200 anos de independência. Será governado pela sexta geração (a minha) e estará criando uma sétima nascida a partir de 2002. Estas moças e rapazes, filhos século XXI, já não trarão mais as marcas da ditadura militar em suas mentes. Só que há algo bem preocupante nisso tudo. É que está faltando a verdadeira educação.

O que é educar? Seria somente oferecer escolas para adolescentes e crianças afim de lhes transmitir um conteúdo programático desenvolvido pelo MEC?

Tenho pra mim que educar é algo muito maior do que isto, pois requer o investimento dos pais, da sociedade e do governo na formação de uma pessoa. Algo que não está ocorrendo nem nas instituições de ensino e muito menos nas famílias. E aí lamento muito em ver esta garotada solta, alimentando-se das informações expostas na mídia e na internet, sendo aprovada nos períodos letivos sem ao menos terem realmente aprendido. Uma maquiagem só para que o Brasil melhore a sua imagem no exterior.

Creio que o nosso país precisa muito mais do que aumentar os investimentos estatais na educação. Precisamos de um trabalho sério nesta área já que, atualmente, as mulheres trabalham fora e não podem mais colaborar tanto na educação das crianças como foi nos tempos de nossas avós. Devido a isso, o ensino em horário integral (manhã e tarde) faz-se necessário assim como a ministração de aulas sobre Cidadania, Ecologia, Sexualidade, Controle de Emoções, e Ética, as quais não podem continuar dependendo da transversalidade nas disciplinas de História e de Geografia.

Só ensino em horário integral, com professores entusiasmados e bem remunerados, é que poderá contribuir para a educação dessas nossas crianças. Por isso, uma pessoa precisaria também de uma formação mais sólida para então dar aulas, o que envolveria um comprometimento maior com a profissão.

E aí? O que nós, homens e mulheres adultos, faremos?

A pena da História está hoje em nossas mãos!

Comentários

Rodrigo,
Você não disse com estas palavras, mas entendi que com a escola que têm, com o governo que elegemos e com a ética da nossa geração, a próxima trocada por merda o dono da bosta perde a embalagem. Concordo contigo.
Não só por causa da escola que temos neste país, mas também da quase nenhuma educação que as crianças têm recebido, o futuro tende a ser pessimista se nada for feito.

Sem raízes históricas, erros do passado podem se repetir no futuro e aí a leitura da Bíblia nos ensina muito bem isso acerca dos israelitas até o final da monarquia.

Será que os brasileiros precisarão passar por um momento trágico para aprenderem? Tomara que não porque sou homem de paz.
Nós somos os responsáveis pelo futuro dos nossos descendentes, mas por incompetência vamos deixar para eles um pais pior do que recebemos. A culpa não é dos governantes, eles fazem parte da mesma essência incompetente. Não peça ajuda bíblica, seus seguidores foram a escória das sociedade a que pertenceram a séculos, os tempos mudaram e os algozes são outros.
"(...) seguidores foram a escória das sociedade a que pertenceram a séculos (...)"


E será que seguiram mesmo a Bíblia e seus elevados princípios éticos? Ou teriam apenas usado como pretexto a crença neste significativo livro de orientação espiritual?

Minha geração está começando a ascender ao comando do país, dividindo espaços ainda com a anterior (aquela que lucou contra os militares). Temos ainda algumas décadas pela frente para entregarmos um país melhor nas mãos dessas crianças que estão se criando, nascendo ou por chegarem ao mundo.

Quanto à geração de meus pais, devo a eles o fato de hoje ter minha iberdade de poder escrever aqui as coisas que penso sem ser perseguido pelo aparelho repressivo do sistema. Se hoje vivemos numa democracia, ainda que com falhas, foi porque pessoas da época de meus pais enfrentaram a polícia e o exército, sofreram torturas, tiveram a coragem de escrever textos quando era proibido pensar.

Entretanto, não culpo exclusivamente os nossos governantes. Sei que eles têm uma parcela maior de responsabilidade. Nós do povo, porém, temos a nossa respectiva dose conforme os dons e oportunidades dados pela vida.

Abraços.
Eduardo Medeiros disse…
O Brasil é um país interessante.

teve 20 anos de uma ditadura onde existiram dois partidos, um da situação e outro da oposição por muitos anos, excetuando 1968 quando o regime endureceu e fechou o congresso.

Os militares levaram o Brasil a ser a oitava economia do mundo, ainda que a custo de dívida externa altíssima; quando falamos do período militar sempre se foca na repressão e na tortura, sem dizer que a tortura não foi a regra no regime e sim, exceção. Quantas pessoas a ditadura brasileira matou? umas 130? durante 20 anos! Quantas pessoas o comunismo soviético matou durante 20 anos na sua "ditadura do proletariado" de governo único? Pelo menos umas cem vezes mais. Levando-se em conta que o regime comunista soviético durou de 1917 a 1991 esse número aumenta grandemente.

A revolução militar (e não golpe como gostam de dizer) foi o resultado de um clamor popular que não queria ver no Brasil um regime vindo de Moscou. A revolução teve seus muitos defeitos, mas deu um fim à baderna comunista; a intenção dos militares era fazer eleições diretas depois de um ano. O grande erro deles foi fazer isso somente depois de 21 anos.

A educação brasileira é péssima, isso é um fato. Mas para ela começar a melhorar, é só voltar para o que era a educação no Brasil há 70 anos. E mesmo durante o período militar, com a repressão toda, a escola era muito melhor do que a de hoje. E quem foi que destruiu a educação brasileira? aqueles que "lutaram pela democracia" e que chegaram ao poder no pós ditadura.

Mas eu disse no começo que o Brasil é um país interessante: como pode chegar a ser a sexta economia do mundo(tomou o lugar da Inglaterra) com essa educação que temos, com essa grande dívida social que temos, com a corrupção generalizada dos governantes?
Elídia :) disse…
Fazendo um julgamento extra-moral não creio que seja resolutivo simplesmente acusar o 'sistema' de uma educação frágil...a contemporaneidade por si só já nos encaminha para isso. A geração de crianças 'educadas' no atual sistema, diz muito de seu meio. Fugimos da solidão a acolhendo. O isolamento solitário vivido em conjunto é uma 'bomba' para as próximas gerações cortarem o fio detonador ou... Questiono sobre a geração de alienados: mas não fomos nós que cultivamos esse terreno? As políticas (apartidárias) educacionais equivocadas, a domesticação do pensamento escolar, a construção unilateral de conhecimento, só contribui para o caos, mas a partir do caos também não existem possibilidade??
Edu meu caro,

Pelo menos na época da ditadura o "PAÍS" não era uma esbórnia. Sou conta o comunismo mas muita liberdade dá asas a libertinos, durante a dita "dura" o brasileiro tinha mais hombridade e seu caráter ainda não havia desviado. O Brasil é um país muito interessante, já é a 6ª potência economica com seu povinho de merda. Um Pais de incultos com uma universidade a cada esquina.
Levi B. Santos disse…
O estabelecimento de cotas raciais para a entrada na Universidade, por si só, já demonstra a situação vexatória do nível edcacional da sexta geração.

Sou um cético...
Elídia, não devemos culpar nem ao sistema, nem a políticas públicas nem ao tipo de educação ofertada. Não estamos gerando alienados, estamos gerando pessoas iguais. O sistema é fruto da nossa essência, por sermos desonestos, na essência, votamos em desonestos para nos representar, por sermos incultos votamos em analfabetos para nos governar, por falta de discernimento valorizamos o gari mais do que o professor e o médico. Estamos formando uma geração que valorizará um diploma sem conhecimentos.
Algus lutam contra este sistema anulando votos por falta de opção ou publicando artigos que não são lidos. Enquanto uns rezam pedindo chuva outros ganham carros e continuam produzindo párias.Este é o nosso Brasil varonil que permanscerá assim até mudar...O povinho.
As próximas cótas são para presidiários, analfabetos e políticos.
O Brasil é a sexta potência economica mundial, parabéns!
Esta posição não foi conquistada pela evoluçao de seu povo, mas pela existência de recursos minerais em seu solo independente da vontade de seu povo. Graças a esta natureza, meia dúzia de empresas extrai e exporta estes produtos gerando riquezas e, como não poderia ser diferente, seu povo continua pobre. Outros "trens da alegria" já passaram pelo país, O ciclo do açucar, do café, da borracha, da madeira e, por ultimo, o do biocombustível em que a população teve importância fundamental e eram recursos renováveis. O que sobrou?
Os minerais não são recursos renováveis, um dia se esgotarão e o povo brasileiro continuará com as mesmas mazelas, mas ainda teremos um cartucho. Abrir nossas fronteiras para nossas aptidões, o turismo sexual, futebol, carnaval que são as culturais e como recurso natural a pesca esportiva.Continuaremos deitados em berço esplêndido.
Hoje estou lquidificado.
Pedi uma pizza média com dois sabores e um refrigerante.
Recebi uma pizza grande redonda com metade sabor atum e metade sardinha numa embalagem quadrada e dividida em triângulos acompanhada de um guaraná Jesus.Comi com colher.
Levi B. Santos disse…
Miranda

Os políticos já têm CACHOEIRA de cotas (em Brasília) correndo por fora, como nos velhos tempos da Fundação da Casa de Mãe Joana pelos nossos primeiros exploradores - os portugueses (kkkkkkkkkk).
Levi B. Santos disse…
Mas olha a paródia do hino nacional que eu peguei na internet, cujo link segue abaixo:

http://www.joaodefreitas.com.br/hino-racional.htm


“Ouviram, no final de um plano trágico,
De um povo pobre o brado retumbante,
E só disparidade, em saltos súbitos,
Sufoca esse povo a todo instante.
Se a pior desigualdade
Conseguimos suportar de sul a norte,
Eu receio a sociedade
Venha a ter no seu salário mais um corte.
Está tramada
Outra arrancada.
Salve-se! Salve-se!

E assim o sonho intenso e o raio vívido
De amor e de esperança desvanece,
E o poderoso vem risonho e cínico,
Distorce o direito e prevalece.
Gritante pela própria natureza,
Perverso é o golpe sobre esse povo,
Que no futuro espera mais pobreza.
Perda agravada
Entre outras mil,
E outro ardil
está tramado.
O salário neste solo
Está tão vil!
E os preços,
A mil.

Se lá no parlamento é um berço esplêndido,
Aqui o pobre só vai para o fundo,
E agruras sofre o pobre e mais miséria,
Desanimado, só, num poço imundo.
Do que inferno mais ardido
Os tristonhos fins de planos têm mais dores,
Cada choque traz mais perdas,
E dessas perdas vem receio e mais horrores.
Está tramada
Outra arrancada.
Salve-se! Salve-se!

E assim o engodo eterno segue um ritmo
De medidas que sustentam o outro lado,
E diga-se que o dolo desses fâmulos
Faz no futuro um mundo atrasado.
Se o germe da injustiça está bem forte,
Verá que, se você não for à luta,
É alguém que espera agora a própria sorte.
Perda agravada
Entre outras mil,
E outro ardil
está tramado.
O salário neste solo
Está tão vil!
E os preços,
A mil.”
Pois é. Napoleão só era Bonaparte de trás e nos derrotou a longo prazo.
Edu,

Com certeza temos muito no que discordar. (rsrsrs)


"teve 20 anos de uma ditadura onde existiram dois partidos, um da situação e outro da oposição por muitos anos, excetuando 1968 quando o regime endureceu e fechou o congresso."

Foram dois partidos em que a ARENA sempre foi favorecida pelas intervenções, perdas de mandato, prisões e censuras praticadas pelo governo. Sem dúvida que foi uma ditadura mais maleável do que em outros sistemas, com uma cara mais brasileira em que, historicamente, sempre se buscou solucionar as coisas na base do diálogo e da diplomacia para se resolver os conflitos tal como na Independência idealizada nas reuniões da Maçonaria. Porém, foi uma ditadura ainda que muitos até hoje a neguem. E, por ter se flexibilizado admitindo uma oposição responsável feita pelo MDB, tornou-se muitas das vezes hipócrita.


"Os militares levaram o Brasil a ser a oitava economia do mundo (...)"

Os militares fizeram isto ou o Brasil cresceu graças à sua capacidade de desenvolvimento? Vejo o que ocorreu como resultado de um processo anterior iniciado já na era Vargas. Se não fosse pelo entreguismo dos militares, talvez tivéssemos ido mais longe. E, neste sentido, as exceções teriam sido Castelo Branco e Ernesto Geisel porque os outros presidentes negaram o seu nacionalismo.


"Quantas pessoas a ditadura brasileira matou? umas 130? durante 20 anos! Quantas pessoas o comunismo soviético matou durante 20 anos na sua "ditadura do proletariado" de governo único?"

Mas aí que tá. Um erro não justifica o outro. Não apoio nenhuma ditadura ou quebra das iberdades civis. Felizmente regimes muito autoritários não pegam no Brasil porque o nosso povo semrpe gostou de liberdade. Algumas pessoas dizem ter saudades dos militares, mas, na prática, ninguém suporta o autoritarismo. Somos o povo mais próximo do "caminho do meio".


"A revolução militar (e não golpe como gostam de dizer) foi o resultado de um clamor popular que não queria ver no Brasil um regime vindo de Moscou. A revolução teve seus muitos defeitos, mas deu um fim à baderna comunista; a intenção dos militares era fazer eleições diretas depois de um ano. O grande erro deles foi fazer isso somente depois de 21 anos."

A sociedade encontrava-se dividida naquela época. Se houve a "Marcha da Família com Deus", também teve aquela passeata reunindo 100 mil estudantes em que um secundarista ainda acabou sendo morto pelo regime. A "revolução" teve mais apoio só no começo mesmo. E, como bem observou, houve uma demora de 21 anos para haver eleições (presidenciais) e eu diria até mais porque Collor só foi eleito em 1989. Pouco tempo depois de terem deposto Jango, parte da sociedade que apoiou a ação militar já era contra o novo regime. Tanto eé que a Carta de 1967 e a Emenda de 1969 foram mesmo é outorgadas e não promulgadas.
Continuando a resposta ao Edu


Agora mudando de foco e comentando outras questões que não sejam mais sobre o regime militar...


"A educação brasileira é péssima, isso é um fato. Mas para ela começar a melhorar, é só voltar para o que era a educação no Brasil há 70 anos."

Eu até penso que, no passado, as escolas atuavam com mais eficiência na formação ética e moral do aluno. Porém, você há de convir comigo que faltou uma universalização do ensino (grande parte da população brasileira era analfabeta em 1942) e a disciplina era muito autoritária. Havia muitos professores ignorantes e indispostos a um diálogo.


"E mesmo durante o período militar, com a repressão toda, a escola era muito melhor do que a de hoje."

Melhor? Creio que não. Os professores eram mal remunerados. A verba para a educação era baixa. E mais! O ensino não se encontrava tão universalizado. Isto sem falar nas interferências ideológicas do regime.


"E quem foi que destruiu a educação brasileira? aqueles que "lutaram pela democracia" e que chegaram ao poder no pós ditadura."

Eu diria que os erros maiores do PSDB e PT foram por causa da imagem que desejaram apresentar ao mundo, como se o Brasil estivesse num curto prazo reduzindo o analfabetismo e a repetência escolar. Com isto, eles passaram a aprovar as crianças automaticamente e o Brasil foi subindo sem base no ranking. Mas, por outro lado, hei de co nsiderar que PT e PSDB conseguiram universalizar melhor o ensino. Ainda na época do FHC, quando viagei pelo interior nordestino, vi crianças no meio rural sendo transportadas de ônibus pra estudar. Isto, no regime militar, certamente que seria cena rara naquelas paisagens onde os coronéis do sertão queriam manter o povo na ignorância para servirem de mão-de-obra exploratória nas fazendas.


"Mas eu disse no começo que o Brasil é um país interessante: como pode chegar a ser a sexta economia do mundo(tomou o lugar da Inglaterra) com essa educação que temos, com essa grande dívida social que temos, com a corrupção generalizada dos governantes?"

Elementar, meu caro Edu. Simplesmente temos uma gran de capacidade de desenvolvimento e, graças a diversos fatores que colaboram (recursos naturais em abundância, mercado interno expressivo e solo fértil), ainda conseguimos crescer. E, como dei o exemplo no meu texto sobre do surto de industrialização na 1ª Guerra, eu diria que eventos desfavoráveis às vezes podem contribuir mais quando a população sabe aproveitar. Senão vejamos o Japão que é um país com cercade apenas 10% do seu terrotório em condições produtiva quanto à agropecuária.
Prezada Elídia,

Comn certeza que do caos existem possibilidades. E sempre existirão. Do caos, Deus criou o Universo. E do caos da escravidão, Deus criou um povo para si...

Bem, se chagamos ao caos, temos a oportunidade de daqui por diante construir um novo Brasil. Quando o homem perde os seus valores e vai precisar de novos princípios e regras para viver. E aí surge a oportunidade para grupos esclarecidos e organizados dentro da sociedade atuarem construtivamente.

Sobre a atual escola, não digo que seja um nada. Porém, ela ainda deixa muito a desejar. Ela ainda permite que o caos continue, motivo pelo qual eu defendo um ensino em tempo integral e que atue na formação de caráter das nosas crianças, formando não mais um povo com mentalidade colonizada, mas sim livre.

Abraços.
Levi,

Muito boa a paródia que achou na internet!

Sobre as cotas nas nossas IES eu pergunto se não seriam elas um mal necessário?

De qualquer modo, ações afirmativas como estas indiciam sobre o quanto a escola pública no país anda defasada em meio às suas deficiências, baixos salários pagos aos professores obrigando-os a pararem o ano letivo com demoradas greves e uma grande desmotivação.

Verdade seja dita que, se não fossem as regras das bolsas oficiais pagas à população, bem como a impossibilidae da criança trabalhar, é certo que a evasão escolar poderia ser maior.

Abraços.
Atualmente estamos vivendo o ciclo do pré-sal. Com o aumento da exploração petrolífera, o brasil consegue lugar entre os principais exportadores da OPEP. Porém, há consequências muito negativas disto. Primeiro que o nosso câmbio acaba ficando sobrevalorizado dificultando a exportação das produções industrial e agro-pecuária. Segundo é que nós nos tornamos mal acostumados.

Cidades que recebem maior volume de royalties, a exemplo de Macaé (RJ), acabam tendo um aumento da corrupção. O dinheiro passa a ser mal investido e gasto em obras caríssimas. Isto sem falar no esbanjamento por causa desses eventos esportivos dos governos do Rio de Janeiro e federal com um novo e desnecessário Maracanã custando quase um bi comido pelas Delta's da vida.

Porém, o que está faltando mesmo ao nosso país é investir na independência tecnológica. Poucos são os setores da economia em que a indústria dispõe de tecnologia nacional para concorrer com o resto do mundo. E para chegarmos lá, precisamos tanto de escolas de qualidade como de universidades de verdade.
Rodrigo, você, simplesmente, concordou comigo. Todos sabemos das mazelas do Brasil, falta de decôro, falta de honestidade, falta de educação, falta de caráter etc. Temos condições de mudar?... NÃO!. Todo poço tem um fundo e o nosso está longe de ser alcançado. Falta criarmos vergonha na cara e aceitar que somos a escória universal, soltar o ar da arrogância e perceber que este nariz empinado é causado por diarréia de abóbora e não de bacalhau.
Aceitando as cotas a raça negra está reiterando que o não cotista é mais inteligente. Se a cota universitária fosse por renda, ainda assim seria humilhante. A inteligência não tem cor nem raça. Esta segregação não pode mascarar a falência do ensino público.
Levi B. Santos disse…
O STF acaba de aprovar as cotas raciais e passa por vexame (kkkkkkk)

Enquanto ministro Fux elogiava a política de cotas para negros, Sepeti, que estava sentado no auditório, passou a gritar, pedindo que os indígenas também fossem citados nas falas dos ministros.

Ele foi advertido pelo presidente do tribunal, ministro Ayres Britto, mas continuou a falar alto e interromper a fala de Fux. Britto, então, mandou aos seguranças que retirassem Sepeti, que estava acompanhado de sua mulher e duas filhas, uma delas ainda bebê.

Sepetii resistiu e foi arrastado para fora do tribunal, gritando que seu braço estava sendo machucado. Sua filha e sua mulher também gritavam e chamavam os seguranças de "racistas" e "cavalos". "É assim que tratam o índio no Brasil", afirmou Sepeti.

"A democracia tem seus momentos que ultrapassam a dose" —, afirmou o ministro Fux após a expulsão de Sepeti.


É isso aí: cada país tem o Supremo que merece. (rsrs)
Levi B. Santos disse…
A Notícia acima está quentinha. Foi publicada no site da UOL há poucos minutos.
Na lata de lixo chamado BRASIL tem pouco rejeito que merece reciclagem.
Eduardo Medeiros disse…
Rodrigo,

é verdade que houve uma "universalização" da educação, mas foi uma universalização para inglês ver. Ontem mesmo ouvi um senador discursando no plenário dizer que 70% dos brasileiros são analfabetos funcionais. Eu me espantei com esse número, mas eram dados do IBGE. Então, proporcionalmente, acho que temos mais analfabetos hoje do que nos tempos da ditadura "maleável".

Eu não sei como está o currículo das escolas públicas de hoje, mas quantos alunos do ensino fundamental são capazes de ler um José de Alencar? Um Machado de Assis nem se fala! Nossos alunos hoje leem os clássicos brasileiros no Ensino Fundamental? Lembro que tomei gosto pelos autores clássicos na oitava série, nas aulas de redação (é, eu tive uma disciplina só para redação em colégio público), onde os professores nos mandavam ler os clássicos e ainda nos ensinavam como deveríamos ir ao dicionário buscar as palavras desconhecidas.

Eu duvido muito que entre 10 alunos hoje da oitava série, dois sejam capazes de ler um dos nossos autores clássicos. Então, universalizou-se a mediocridade. Isso sem falar na extrema agressividade dos alunos que já vêm de casa com um caráter deformado. Hoje eu vi no Jornal Hoje como professores da rede pública dão aulas com medo dos alunos. Pera lá, no meu tempo de estudante primário eu era ensinado em casa que professora é como se você a segunda mãe; o que será que os pais hoje estão ensinando para os filhos em relação ao respeito pelas autoridades?
"Aceitando as cotas a raça negra está reiterando que o não cotista é mais inteligente."


Eu discordo, Altamirando! E acho que o STF agiu acertadamente em seu recente posicionamento sobre o assunto.

É lógico que a inteligência não tem cor e nem raça. Porém, o seu desenvolvimento e capacitação para a aprovação do aluno num concorrido vestibular relaciona-se com as oportunidades. E, se por razões sociais e deficiências da escola, a pessoa de baixa renda que é geralmente de etnia negra não consegue se tornar apta para a concorrência no vestibular, torna-se indispensável que o Estado ofereça o suporte da igualdade.

Sendo assim, nada mais do que justo são as cotas. Pois tratar desiguais como iguais seria uma perversa desigualdade, meu caro.

Pense nisto!
Eu assisti no JN, Levi, e fiquei satisfeito com a notícia.

Conforme havia respondido acima ao Altamirando,

(...) a inteligência não tem cor e nem raça. Porém, o seu desenvolvimento e capacitação para a aprovação do aluno num concorrido vestibular relaciona-se com as oportunidades. E, se por razões sociais e deficiências da escola, a pessoa de baixa renda que é geralmente de etnia negra não consegue se tornar apta para a concorrência no vestibular, torna-se indispensável que o Estado ofereça o suporte da igualdade. Sendo assim, nada mais do que justo são as cotas. Pois tratar desiguais como iguais seria uma perversa desigualdade (...)

Sobre a atitude do índio, entendo que é algo bem complicado quando em julgamentos de interesse coletivo a legislação não prevê o direito a voz dos representantes dos setores da sociedade interessados. Nosso Judiciário ainda é bem elitista e gosta de trabalhar distante da população a ponto de haver aquele ditado inibidor de comentários: "de decisão judicial ou se recorre ou se cumpre".

Todavia, acho que um julgamento precisa ser ordeiro e, caso houvesse oportunidade para todos os setores sociais interessados manifestarem-se, ainda assim seria necessário ha ver o respeito pela fala do outro, seja um magistrado, advogado, líder social, etc.
Levi B. Santos disse…
Com certeza, Eduardo, no quesito redação involuímos muito. E agora com a internetmania, a capacidade de pensar e ir buscar nos livros, palpando-os, cheirando-os, afagando-os, FOI-SE definitivamente.

No meu tempo de ginasiano (aos 14 anos de idade) tínhamos um jornal em que escrevíamos sobre temas variados, com o maior cuidado para não ferir a gramática.

Um bom teste para aquilatar o nível dessa gente que está lá em cima, seria a aplicação de um teste de interpretação de textos de um clássico e uma redação. Aí sim, tomaríamos pé da lamentável situação educacional dos que regem o destino da nossa republiqueta.
Proporcionalmente não temos mais analfabetos hoje do que antes. Porém, a escola tem formado um número cada vez maior de analfabetos funcionais já que a qualidade do ensino como um todo diminuiu. E, se pensarmos bem, a preocupação das instituições tem sido mais com uma "educação básica" do que com a formação do aluno no geral. E, quando se fala no despertar do pensamento crítico, o compromisso é menor ainda. Sé que, na época da autoritária ditadura militar do "manda quem pode e obedece quem tem juízo", criticar ou incentivar a crítica nem era permitido.


"Eu não sei como está o currículo das escolas públicas de hoje, mas quantos alunos do ensino fundamental são capazes de ler um José de Alencar? Um Machado de Assis nem se fala! Nossos alunos hoje leem os clássicos brasileiros no Ensino Fundamental?"

Bem, isto é um fenômeno global, infelizmente. Busca-se, na atuaidade, dar um ensino muito objetivo para a formação de mão-de-obra e o conhecimento cultural e, principalmente da literatura, anda em baixa. Nossos alunos têm mais tempo para os chats da internet do que para as obras clássicas! E o ambiente de hoje não colabora muito. As pessoas preferem o estilo feicebuquiano de viver (pra não escrever facebookiano). O desconhecimento e o desinteresse mascadados pelo click no botão "curtir"... É mais fácil assistir a um vídeo de 3 minutos que não leva ninguém a pensar, refletir e se questionar do que ler páginas de um bom livro. E, deste modo, estamos testemunhando o retrocesso da humanidade. Só que isto nada tem a ver com os regimes. Aliás, se os milicos estivessem hoje no poder penso que seria muito pior.


"Então, universalizou-se a mediocridade"

Não discordo de você neste aspecto, Edu. A única vantagem de hoje é que temos um número muito maior de crianças frequentando a escola e deixando o analfabetismo total (se bem que o analfabetismo não pode ser con fundido com ausência de formação educacional). Porém, a estrutura está aí. Basta trabalharmos nela, embora penso eu que até os professores precisarão ser aperfeiçoados.


"(...) no meu tempo de estudante primário eu era ensinado em casa que professora é como se você a segunda mãe; o que será que os pais hoje estão ensinando para os filhos em relação ao respeito pelas autoridades?"

Este é um outro grave problema e que justifica mais ainda a adoção do ensino integral já que, na atualidade os pais e a família não educam. Sendo assim, torna-se necessário que a criança passe mais tempo na escola para receber disciplina e aí não há como o professor deixar de exercer autoridade. Mas a verdade é que o próprio meio social desses alunos o corrompe. Se na classe média o estudante acha que pode ofender a professora porue seu pai está pagando, eis que, dentro de escolas públicas, não raramente surgem alunos que se consideram donos do colégio porque o pai comanda a boca de fumo. Lamentavelmente, esta é a radiografia de uma sociedade enferma.

Abraços.
Eduardo Medeiros disse…
Rodrigo,

de fato é um fenômeno global. Realmente hoje em dia as escolas e universidades priorizam o tal do "Mercado" e esse tal é um completo debiloide que nunca sequer se preocupou com a literatura, ele só vê cifras e produção em sua frente. Talvez se a literatura fosse um produto muito procurado, o mercado olharia para ela com mais condescendência.

mas ainda assim, vejo boas iniciativas: muitos programas de leituras para a criançada, pois são elas que tem a potencialidade de serem leitores no futuro(e no presente com os livros infantis); a bienal aqui no Rio e em São Paulo atrai muitos jovens a cada ano e isso é bom e a cada dia, novos eventos literários são produzidos. Talvez o mercado esteja começando a perceber que o livro pode ser o que um bom "produto" pode ser: lucrativo.

Olha, agora devo dizer que os militares sempre tiveram uma tradição de cultivar a cultura no meio da tropa. O que eu mais fiz nos meus 20 anos de serviço foi estudar, e não só minhas funções navais, mas estudar outros campos do conhecimento.
Eduardo Medeiros disse…
Mirandinha

disse uma verdade: "Estamos formando uma geração que valorizará um diploma sem conhecimentos." - esta é a lógica da formação para o "mercado de trabalho".

POR OUTRO LADO, QUERO PROTESTAR VEEMENTEMENTE CONTRA O QUE ELE DIZ:

"O Brasil é um país muito interessante, já é a 6ª potência economica com seu povinho de merda"

Ora, dizer que o brasileiro é um povinho de merda é atirar no próprio pé. Tipo aquelas construções de lógica filosófica do Ensino Médio:

1 - o brasileiro é um povinho de merda
2 - Mirandinha é brasileiro
3 - Mirandinha é uma merda.
Carla Fernanda disse…
Edu você fez uma reflexão que abordou uma verdadeira revisão biblioráfica e muito bem feita... EDUCAÇÂO!!!! Palavra chave. Aqui em Sergipe os professores em greve, insatisfeitos pelo não cumprimento da lei referente ao pagamento do Piso Salarial.
Como consertar tudo?

Com EDUCAÇÂO, única solução!!

Compromisso e ética um primeiro passo importante para corrigir muitas coisas.... tudo relacionado com tudo e mais a cultura desde 1500 que herdamos e vamos tentando mudar, melhorar.
Tanta coisa!!

Política!!
Depende de voto, cobramça também, organização social.... mil e uma coisas.....

Edu amigo creio que a educação melhor e mais certa é AQUELA QUE ENSINA A AMAR, pq daí todas as outras virtudes são consequências, respeito ao próximo.....

Belo post!

Beijos colega!!
Em muita coisa estamos de acordo. Mas quanto aos militares, nem tanto.

Você acha que os militares estimulam o pensamento crítico dos seus soldados? Eu diria que muito pouco.

No etanto, tenho a impressão de que você ingressou nas Forças Armadas já em outro tempo e, provavemente exerceu sua profissão mais após a Constituição de 1988.

Recordo que eu, sendo criado por um c oronel de artilharia (meu avô), recebíamos periodicamente a revista co Clube Miitar. Nos anos 90, embora houvesse ainda a defesa da "revolução" de 64 (acho que até hoje o exército legitima o golpe), também me deparei com críticas ao governo FHC e falta de investimentos na defesa do país. A tendência do Clube militar mostrava-se, desde então, mais nacionalistas do que durante a repressão.
She disse…
Rapaaaaaaaaz que post bom! Aborda assuntos importantes... É uma pena que a educação em nosso país ainda não seja vista com a importância devida, pois é ela, ou melhor a falta dela que leva a outros assuntos importantes tanto quando... Adorei!
Beijo, beijo
She
"a educação melhor e mais certa é AQUELA QUE ENSINA A AMAR, pq daí todas as outras virtudes são consequências, respeito ao próximo"


Prezada Carla Fernanda,

Embora você tenha direcionado os comentários ao nosso amigo Edu, gostaria de comentar o que colocou.

Concordo que ensianr a amar é a melhor formação que um aluno pode receber. E, neste sentido, digo que os discípulos de Jesus formaram-se numa veradeira universidade em o Mestre dos Mestres acompanhando-o por suas andanças nas poeirentas estradas da Palestina.

Não posso fazer o outro aprender. Posso ensiná-lo com meu modo de vida que, infelizmente, é bem limitado e se distancia bastante de Jesus. Contudo, creio que p amor se ensina com mais do que palavras. Ensina-se com atitudes, as quais podem demorar a ser compreendidas e pasamos a entendê-las na medida em que experimentamos o amor.

Amar vale mais do que conhecer o conteúdo da ciência. É o que supre nossas deficiências.

Abraços e muito obrigado por sua oportuna contribuição!
Olá, amiga!

Fico feliz que tenha gostado de meu texto.

Investir e trabalhar a educação do país é preciso, coisa que nem sempre interessa aos governantes brasileiros porque eles sabem que não há um retorno eleitoral dentro de 4 ou 8 anos.

Em 2006, deixamos de eleger um cara super capacitado como o educacionista Cristóvão Buaraque, o qual ficou em quarto na corrida presidencial. Antes disto, quando governador do Distrito Federal, ele não conseguiu ser reeleito porque, no final de seu governo, ao invés de transformar Brasília num canteiro de obras, preferiu continuar priorizando a educação.

Toavia, se desejamos ser primeiro mundo algum dia, é só pela educação. Do contrário todo este crescimento econômico experimentado no momento poderá ser ilusório e passageiro. APenas uma onda tal como o "milagre brasileiro" em décadas passadas até ser brecado pela crise do petróleo.

Abraços.
Eduardo Medeiros disse…
Carla, o texto é do nosso amigo Rodrigo e não meu, ok? beijos e valeu pela visita
Rodrigo.
"É lógico que a inteligência não tem cor e nem raça. Porém, o seu desenvolvimento e capacitação para a aprovação do aluno num concorrido vestibular relaciona-se com as oportunidades. E, se por razões sociais e deficiências da escola, a pessoa de baixa renda que é geralmente de etnia negra não consegue se tornar apta para a concorrência no vestibular, torna-se indispensável que o Estado ofereça o suporte da igualdade."
Me surpreende alguém que alisou tanto banco de colégio ser favorável a um estado que tem verdadeiro descaso pela educação. Para mascarar a falência de seu ensino público cria cota para seus despreparados alunos adentrar numa universidade. Eles são despreparados por culpa do ensino que lhes foi ofertado e não por ser pobre, indio ou negro.
Além da humilhação correm o rico de serem jubilados ou excluidos pelo mercado de trabalho.
Agora uma perguntinha para você, Rodrigo: E se o negro for oriundo de escola particular, ele tem direito a cota?...Tem? Tem? Não precisa me responder. Só você não sabe. É o paízinho de merda!
Edu meu caro.
Gostei da sua teoria da relatividade.
1 - o brasileiro é um povinho de merda
2 - Mirandinha é brasileiro
3 - Mirandinha é uma merda.
Por coincidência estamos no mesmo barril de bosta comandados pela Dilminha Esperteza.
Levi B. Santos disse…
A aprovação de cotas raciais é a maior demonstração e afirmação inconteste da falência da Educação do País do Faz de Conta, chamado Brasil, passados mais de 500 anos da chegada dos primeiros degredados, dos quais herdamos o seu DNA. (rsrs)
As cotas não têm favorecimento social nem racial, ela é uma medida cultural. "Beneficia" o pobre, a quem o Estado deve educação.
Numa cultura em que cotas são suportes de igualdade oferecidas pelo Estado, eu me recuso a pertencer como animal racional.
Cotas, é a máscara da incompetencia corrupta em detrimento ao direito do cidadão independente de cor, credo ou raça.
Eduardo Medeiros disse…
Mirandinha, meu filho, me inclua fora dessa merda toda...

Você disse por aí que o Brasil chegou a ser a sexta potência econômica devido a seus recursos naturais, mas quem foi que soube usar todo esse potencial? O nosso povinho. Imagina se este país tivesse o nível de educação que tem na Coréia do Sul, por exemplo, ou em Cingapura.

Eu concordo com você que a lei das cotas é uma lei ruim(assim como a PL 122 onde a gayzada quer virar elite social incriticável na marra), mas entra aí uma questão:

É indiscutível que existe um racismo velado contra o negro no Brasil, apesar toda a conversa de "democracia racial". Acontece que por aqui, esse racismo nunca se manifestou do mesmo modo que nos EUA ou na África do Sul. Esse racismo velado se traduz aqui pela pobreza. É só ir à favela da rocinha aqui no Rio(que está sendo "pacificada" a duras oposições sorrateiras dos traficantes) e ver qual o percentual de brancos e de negros e pobres. Nessa equação, até os mestiços se dão melhor do que os negros "negros". No Brasil, a miséria tem cor.

Por isso, eu gostaria muito de ver muitos negros nas universidades públicas do Brasil. Há uns tempos, eu li uma reportagem ou vi na TV que em determinada faculdade pública os cotistas tinham média maior que os demais. (pena que não vou me lembrar onde)

você perguntou se o negro vier de escola particular, como fica. Eu acho que se ele veio de escola particular, ele não deve ser beneficiado. OU seja, a cota deveria ser para negro pobre e (deveria ser também) para branco pobre. E por que? Simples - os pobres estão todas nas escolas públicas que são ruins e os ricos (brancos ou negros - estes em um número bem inferior) estão nas boas escolas particulares.

Então, fechar essa conta é muito difícil. Por ora, eu penso assim: as cotas são ruins, mas necessárias e deveriam ser não somente para negros, mas sim, para os pobres, negros ou não.

O que você acha, meu caro Mirandinha de merda??? keeeeee
Eduardo Medeiros disse…
Mas é claro que as cotas deveriam ser uma medida provisória. Junto com a lei das cotas, deveria vir um artigo em que o governo teria que promover uma ampla reforma no ensino fundamental para que a "escola de pobre" tivesse a mesma eficiência que a "escola do rico". Os próximos presidentes que não se comprometessem com essa ampla reforma(que talvez durasse uns 20 anos) deveriam ir para a cadeia. Bem, aí não vai dar, né, não se prende político corrupto e eu quero que prendam presidentes que não cumpram a meta das reformas de educação...rsss

então junto com a reforma da educação, tem que haver uma reforma da ética política. Uma lei com um único artigo:

1 - qualquer político que seja condenado por corrupção deve perder o mandato, ficar para sempre inelegível e não ter direito a forum especial.

Mas é claro que uma lei dessas não virá dos próprios políticos e aí precisaríamos também de um judiciário eficiente...é, a sinuca de bico é complexa...

MAS POVINHO DE MERDA, NÃO!!!!! rss
Edu meu caro
Você concordou com tudo o que eu disse, só não aceita ser parte deste povinho de merda...ainda.

Me responda Edu; Quando foi que o povinho de merda se beneficiou dos recursos gerados no Brasil Varonil?
Um dia você vai perceber que apito e espelho há muito deixou de ser presente para idiotas, os tempos mudaram, inventaram as máscaras e o "faz-de-contas". Você acaba fazendo parte do cotexto sem perceber que se tornou um boi de boiada.
Eduardo Medeiros disse…
de fato, concordei com você.

Agora, a despeito de todos os nossos problemas, Mirandinha, eu não quero nomear o povo brasileiro do qual eu e você fazemos parte, de "povo de merda". Boi de boiada só por que não quero concordar que não somos merda?

bem, se somos todos merdas aqui nesta confraria(todos brasileiros), vamos deixar de poluir o ar com a nossa mal cheirosa constituição essencial e vamos todos feder no recanto feliz e boiadeiro de nossas casas.

Se você se julga merda, por favor, já disse, me inclua fora dessa, meu chapa!!!!!!
Edu meu caro,
Não leve para o pessoal, posso te excluir deste contexto mas continuo fora da manada mas me responda.
O que você acha de um povo que desrespeita sua constituição, com política corrupta onde desonestidade se tornou sinônimo de inteligência, mal educado, tem a prostituição como fonte de renda mesmo ocupando um território riquissimo em minerais, mas se contenta com tão pouco apenas por covardia?
Você faz parte do sistema, é um descontente e prima por mudanças ou tem outra cidadania?
Eduardo Medeiros disse…
Eu acho que é um povo que ainda precisa evoluir(eu incluso); acontece que merda não evoluí. Quem nasceu merda, merda será eternamente. Talvez a nossa única diferença nesse ponto é que eu espero ver um dia, o povo brasileiro chegar ao nível onde ele merce estar. Só depende de nós.

e chega desse papo de merda. Manda aí um texto novo.
Até que eu obedeci, mas pela segunda vez fui ultrapassado. Estou paracido com o Rubinho Pé-de-chinelo, quando chego alguém já saiu. Mas isto é melhor do que a abstinência de textos. Melhor assim...Melhor assim.
Infelizmente ainda é exceção um negro estudar numa boa escola particular. Nas mais caras até encotnramos alguns afro-descendentes de pele escura, mas são bem raros. Isto porque a grande maioria dos negros brasileiros é pobre já que seus ascendentes vieram de um passado de escravidão. E, diga-se de passagem, que a abolição não buscou nenhuma alternativa de inclusão social para os negros que foram libertados, sendo que o governo republicano ainda trouxe imigrantes para cá afim de preencherem o lugar dos negros. Portanto, acho as cotas o mínimo que o Estado pode fazer para reparar um terrível mal histórico.