Em busca de sentido



“O que é genuíno
não pode ser desmoralizado,
o que não é mascarado
não pode ser desmascarado,
o que tem sentido
não pode ser questionado.”





Em busca de sentido é o título de um dos livros do psicólogo Viktor E. Frankl, criador da logoterapia, com milhões de exemplanres vendidos no mundo todo. Nele, o autor descreve como sentiu e observou a si mesmo e as demais pessoas e seu comportamento na situação-limite  num campo de extermínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Frankl  buscou tocar na essência do que é ser humano: usar a capacidade de transcender uma situação extremamente desumanizadora, manter a liberdade interior e, desta maneira, não renunciar ao sentido da vida, apesar de viver uma experiência desumanizadora. 


A Logoterapia - Análise Existencial é conhecida como a terceira Escola Vienense de Psicoterapia, sendo a Psicanálise Freudiana a primeira e a Psicologia Individual de Adler, a segunda. É uma linha existencial- humanística e busca a partir de sua antropologia, superar o psicologismo reducionista de outras linhas. "Para a Logoterapia, a busca do sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano. A Logoterapia é considerada e desenhada como uma terapia centrada no sentido. Vê o homem como um ser orientado para o sentido. Não pretende suplantar a psicoterapia vigente, mas complementá-la e completar também o conceito de ser humano mais indispensável às ciências do homem do que o método e técnicas corretos". A Logoterapia busca "restituir a imagem do homem superando reducionismos. Faz uma proposta que não se limita à Psicologia, mas abrange todas as áreas da atividade humana, e busca resgatar aquilo que é especificamente humano na pessoa.


Assim escreve Frankl:


A busca do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida, e não uma “racionalização secundária” de impulsos instintivos. Esse sentido é exclusivo e específico, uma vez que precisa e pode ser cumprido somente por aquela determinada pessoa. Somente então esse sentido assume uma importância que satisfará a sua própria vontade de sentido.


Alguns autores sustentam que sentidos e valores são “nada mais que mecanismos de defesa, formações reativas e sublimações”. Mas, pelo que toca a mim, eu não estaria disposto a viver em função dos meus “mecanismos de defesa”. Nem tampouco estaria pronto a morrer simplesmente por amor às minhas “formações reativas”. O que acontece, porém, é que o ser humano é capaz de viver e até de morrer por seus ideais e valores!


Em síntese, o ser humano precisa de um sentido para viver.  No campo de concentração, Frankl se aproximou de um prisioneiro com um rolo de papel no bolso interno da sua capa e dize: “ Olha aqui! Tenho comigo um manuscrito científico a ser publicado...”.


“Encontrei o significado da minha vida, ajudando os outros a encontrarem o sentido de suas vidas.”
(Viktor Emil Frankl)



Algumas obras para aprofundamento do tema:

FRANKL, Viktor E. A presença ignorada de Deus - Ed. Sinodal.
 FRANKL, Viktor E. A psicoterapia na prática - Ed. Papirus.
 FRANKL, Viktor E. A questão do sentido em psicoterapia - Ed. Papirus.
 FRANKL, Viktor E. Em busca do sentido - Ed. Sinodal.
 FRANKL, Viktor E. Fundamentos antropológicos da psicoterapia Zahar Editores.
 FRANKL, Viktor E. Psicoterapia para todos -Ed. Sinodal
 GOMES, José Carlos V. A prática da psicoterapia existencial - Ed. Vozes.
 GOMES, José Carlos V Manual de psicoterapia familiar - Ed. Vozes.
 LANGLE, Alfried Viver com sentido - Ed. Sinodal.
 LUKAS, Elisabeth Assistência logoterapêutica. - Ed. Sinodal.
 LUKAS, Elisabeth Mentalização e saúde - Ed. Sinodal.
 LUKAS, Elisabeth Prevenção psicológica - Ed. Sinodal.

http://www.logoterapiaonline.com.br

Comentários

Eduardo Medeiros disse…
Este texto tem muito a ver com as reflexões anteriores do texto do Marcinho, por isso, o debate continuará na questão do sentido da vida, da tragédia humana, etc.

Recomendo a todos que não leram que leiam o livro em busca de sentido. Vale muito a pena pois a história de Frankl é fantástica.

Algumas questões que eu gostaria de ver debatido:

A vida em si tem sentido? Se não tem, porque a vida criou um ser como nós que busca sempre dar sentido à própria vida sem sentido?

Se a vida não tem sentido, então é válido como diz Frankl dar-lhe sentido e que isso é na verdade não uma coisa secundário em nossa constituição mas sim a mais fundamental?

Frankl foi tão genial que usou a sua própria situação de um prisioneiro em um campo de concentração nazista para comprovar im loco sua tese de que só vale a pena viver se existir um sentido em nossa vida. Foi a sua construção da sua tese que lhe deu sentido num ambiente totalmente sem sentido. Bem, claro que podemos dizer que os campos de concentração faziam todo sentido para os nazistas...

E porque será que os ateus radicais que não veem nenhum sentido na existência e que apenas vivem por viver não se matam e acabam logo com essa insanidade que é a vida?
Marcio Alves disse…
Primeiramente, vou postar aqui, meus comentários feitos em resposta a você na minha postagem anterior a esta:


EDUARDO 1

Kkkkkkkkk Ufa! Ainda bem...pensei que tivesse se reconvertido a Jeová. Kkkkkkkk

Ok...pensei que não tivesse entendido a parte da minha fala sobre “alma”, mas vejo que você compreendeu muito bem......

Na questão da minha ênfase ser demasiadamente na tragédia, eu também já tinha anteriormente escrito sobre a felicidade, ou seja, eu sempre, apesar de ser muito mais trágico, vi a vida como dois lados de uma mesma moeda.

Na questão de ter filhos...alguém já me perguntou uma vez dizendo mais ou menos o seguinte: “Porque é que os trágicos tem filhos?...Se a existência é trágica???

Acredito que a grande maioria dos trágicos que tem filhos, os tem não com o idealismo de preservar a espécie, nem muito menos para dar sentido a sua vida, mas antes, porque a camisinha estourou, ou porque a outra pessoa não se cuidou direito, pois no ato sexual é totalmente instinto mesmo...nessa hora o significado é totalmente fisiológico mesmo.

Olha DUZINHO, mesmo sendo o individuo importante para si mesmo, não importa o que ele faça ou deixe de fazer, sempre a somatória total do que fizermos será zero no final, ou seja, nesse sentido não importa o que façamos ou deixemos de fazer.
Marcio Alves disse…
EDUARDO 2

Quando eu cito Nietzche, não entendo como você, quando ele chama o Cristianismo de moral dos fracos...você interpreta como se ele estivesse se referindo que todos que não forem cristãos são fortes em sua moral, não é isto que eu vejo.

Eu vejo da seguinte forma:
O Cristianismo é a moral dos fracos justamente porque milenarmente deu ênfase nos cristãos serem pobres e fracos, claro que podemos discutir se a interpretação milenar do Cristianismo esta correta e se aproxima realmente da idéia que “Jesus” quis passar, mas o fato é que durante muito tempo, a igreja a pregoou que a bem aventurança de ser pobre, claro novamente, que isto mudou radicalmente hoje, onde os Cristãos já não pensam mais em ser pobres, mas antes, em cada vez mais, serem mais ricos.

Quando digo que Nietzche foi mais foda do que Schopeauer, digo na questão da temática do trágico, porque ambos partiram da mesma premissa, sendo o grande diferencial dos dois, a solução que cada um deu.

No caso de Schopeauer ele propôs o aniquilamento do Eros, e já Nietzche a afirmação do Eros, ou seja, tirem o Eros do homem, e você estará tirando o tesão que nos faz viver mesmo sem sentido algum, por isso que eu na questão da tragédia sou pró Nietzche e contrario a visão Schopeaueriana.
Marcio Alves disse…
EDUARDO 3

Em relação a sua solução para não envelhecer, morrendo se jovem, também isto é trágico...lembra que eu uma certa vez, escrevi em minha postagem que o homem era uma coisa para qual não tinha solução? Pois então, você pode dar inúmeras respostas, como há milhares, mas nenhuma resolverá satisfatoriamente a problemática humana, haja visto, o Ser humano ser um ser doente, pois é mortal em sua essência e logo inevitavelmente irá morrer.
Marcio Alves disse…
Agora DUZINHO, eu vou comentar o seu texto que está muito bom mesmo e totalmente ligado ao meu texto anterior.

Bem, vou começar pelo seu comentário, depois eu volto para a postagem.

Sua pergunta: “A vida em si tem sentido?”.

Minha resposta: Claro que não, pois se tivesse, nós não precisaríamos viver neuroticamente buscando encontrar ou criar conferindo sentido a tudo que fazemos.

Sua fala: “Se não tem, porque a vida criou um ser como nós que busca sempre dar sentido à própria vida sem sentido?”.

Minha resposta: Esse é exatamente o milagre dos milagres, o absurdo do absurdo, que a “vida” – seja lá quem ou o que – criou um ser que vive buscando sentido em tudo que faz, ou faz tudo que lhe faz ou oferece sentido, mas sem saber qual o sentido ultimo de sua existência, do porque estar aqui.

Isto acontece porque o ser humano é um ser que respira sentidos, nosso cérebro respira sentidos, nosso coração, pulmão, em fim, tudo em nós clama buscando por sentidos.
Marcio Alves disse…
Agora, vou postar aqui, o meu comentário que fiz a você lá em sua sala:

“Agora falando serio....o que é a vida? Bem, ela é a somatória de aleatoriedades sucessivas de eventos sem sentido que juntos formam compondo a vida do ser e seu caminhar existencial.

Já em relação às utopias que são a versão do messianismo Cristão secularizado, são todas pulverizadas pelas tragédias contingenciais e incontroláveis da vida.

Utopia pra mim, nada mais é do que uma festa que você passa a vida inteira armando um palco que você não conseguirá nunca subir e comemora, ou seja, quanto mais esperanças tivermos, mas isto representará que estamos a um passo de cairmos no abismo”.
Marcio Alves disse…
Agora sim, vou comentar sua postagem. Rsrsrsrsrfs

Sabe DUZINHO, lendo em seu texto sobre o pensamento de Frank sobre qual é a essência do ser humano, eu tenho uma opinião meio herege recém formada sobre isto.

A conclusão que cheguei no que humaniza o ser humano é justamente o vicio, a doença, os problemas, assim como o que humaniza a cidade não é gente, mas arvore, assim o que nos humaniza é o vicio, pois mostra a fragilidade com o que nós somos feitos.

Agora em relação a frase de Frank “A busca do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida, e não uma “racionalização secundária” de impulsos instintivos”.

Não acredito que tudo que fazemos seja também impulsionado pela racionalidade do sentido, mas antes pela força dos impulsos.

Imagine eu parado diante do Mcdonalds, morto de fome, ai eu começo a refletir qual o sentido de eu comer um lanche delicioso daqueles....oras, você entra, compra, come, e só depois você racionaliza o porque e qual o sentido do comer.

Agora em relação ao sentido de viver eu vejo da seguinte forma, não importa qual seja o sentido que você deu o tem em sua vida, ele será esmagado e aniquilado pelo fim trágico da existência.

Portanto, o sentido só vale enquanto caminhamos pelas estradas do existir, pois no final do caminho, depois da linha de chegada não há mais sentido algum, é exatamente essa percepção que faz com todo o sentido que demos a vida não ter sentido algum.
Levi B. Santos disse…
Um bom tema para divagarmos durante quatro dias. Só exercitando os nossos neurônios é que promoveremos aquilo que uma vez foi escrito:

“transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”.

Acredito que o que você trouxe à baila para discussão, passa pela análise da expressão: “Dar Sentido ao Sentimento Trágico”.

Já discutimos aqui nessa sala, sobre o “sentimento religioso”, e, chegamos ao consenso de que esse sentimento “cavernoso” não pode ser deletado de nós. Diante do trágico da existência, algo em nós que foi perdido anseia “religar-se” (religião).

E aí surge a TRANSCENDÊNCIA, que nada mais é que o retorno do desejo inconsciente do SEIO materno que nos foi obstado. TRANSCEDER, é em meio à situação extrema de sofrimento, sentir o “gozo imaginário” de mamar de novo no seio materno.

Toda transcendência, em si, é um retorno à “caverna” do nosso éden idílico dos primeiros dias de vida.

A DOR, A SOLIDÃO, O DESAMPARO — uma vez, foram inscritas pela primeira no nosso inconsciente, em situações de tragicidade. São as situações extremas de sofrimento que evoca em nós o desejo de ser amparado, de ser amamentado por uma mãe bondosa.

Esse sentimento do eterno retorno é expresso sob a forma de metáforas no nosso livro sagrado. Exemplos:

1. É a volta do filho pródigo ao Lar paterno.

2. É o consolo de um Pai a prometer: “Tu herdarás a Terra” ( os peitos da mãe)

3. É dizer: “Seja feita a Tua vontade, ó Pai (protetor, provedor)


É no inferno de nossas angústias que sentimos saudade do CÉU ( diz um hino da Harpa Cristã). Em suma a religião e a Psicanálise dizem a mesma coisa, cada uma, em sua linguagem peculiar.

Após mais comentários dos nobres confrades, eu VOLTAREI, com certeza. Isto é, se o Marcio deixar(rsss)
Marcio Alves disse…
LEVI

Ótimo comentário (é que hoje além de eu estar com tesão de comentar bastante, estou com tempo também. Rsrsrrsr), quero fazer uma pequena analise de seu comentário, dando ênfase na sua frase de “Dar Sentido ao Sentimento Trágico”.

É chamado na psicanálise de sublimação, que é a capacidade humana de transformar seus impulsos interiores em verdadeiras obras de artes, quando o sujeito realiza isto, ele de certa forma está transcendendo, criando a partir de algo já criado.

Foi a mesma coisa que eu fiz naquele meu texto sobre “A trágica existência, e a existência do trágico”, onde eu tinha já acordado péssimo, e para piorar a situação, fui ouvir musicas altamente melancólicas...quando estava para explodir de tanta dor, tristeza por causa da dor da existência, foi ai, que eu tive a idéia de pegar esses sentimentos, e transformá-los em postagem.

Não é que deu certo duas vezes....na primeira conseguir escrever um texto muito bom, e na segunda, conseguir automaticamente, tirar para fora todo peso que estava dentro de mim, da dor da existência.

Abraços
Marcio Alves disse…
Na realidade, LEVI e EDUARDO, a melhor metáfora para o ser humano é mesmo compará-lo com uma vela.

O ser humano é uma vela que ilumina no meio de uma vasta escuridão do existir, que mais cedo ou mais tarde, será assoprado sobre ele o vento da morte que apagará o fogo como calor de sua vida.

Então, não importa o quanto dure acessa sua vela, ela mais cedo ou mais tarde um dia irá apagar, o importante, que na verdade é a única coisa a se fazer é brilhar enquanto se está acesso.

Até porque depois, não voltaremos nunca mais a tornar a acender o fogo da vida!
Levi B. Santos disse…
MARCIO


Você ao escrever deu sentido ao seu sentimento trágico, que lá no fundo é uma reprise moderna do que aconteceu com os escribas que nos LEGARAM a Escritura Sagrada – produto dessa mesma descarga libidinal (sublimada)

Você realizou uma CATARSE após descarregar seus sentimentos na escrita. Nada mudou, os antigos seguidores de Javé quando estavam numa situação semelhante a sua, ouviam algo dentro deles dizer: “VAI E ESCREVE!”


Aqui pra nós: O meu inconsciente está dizendo que o Eduardo está na Escola Dominical, e vai vir com todo toro de inspiração divina. (rsrsss)
Eduardo Medeiros disse…
Levi, todo domingo eu faço uma ginástica de insinuações pra não ir à EBD com minha esposa..rsssss mas hoje nem ela foi porque acordamos tarde. À noite não tem escapatória, vou acompanhá-la ao culto à Javé. Mas sabe, quando fico muito tempo ser ir à igreja sinto saudades? kkkkkkkkkk saudade essa já muito bem explicada por você. kkkkkkk
Eduardo Medeiros disse…
Márcinho, eu não me reconverti a Jeová pois dele nunca me desconverti...heeeeee continuo gostando muito de Jeová independente das críticas que ele é vítima nesta confraria...rssss principalmente o jeová pai que busca a ovelha perdida e cuida das suas feridas e a leva em segurança ao aprisco...LEVI, olha aí de novo o sentimento de ser amparado no meio da tragédia!!!!

Levi, os temas bíblicos de fato são puras metáforas do inconsciente! preciso começar a ler a Bíblia por esse olhar e não somente pelo olhar histórico-crítico-teológico ao qual estou acostumado.

Márcinho, não compartilho com você essa visão da tragédia. Não que eu a negue, mas tenho uma visão diferente dela. Sinto que você está passando por um momento de desilução com a vida, e apesar de dizer que a vida tem os dois lados - tragédia e comédia, é na tragédia que você está fincando as bases da sua existência e isso me deixa preocupado com você. Você agora virou discípulo de Sartre que dizia que o homem é uma paixão inútil. Espero que saia logo desse porto...

sobre se a vida em si tem sentido você respondeu que

"Minha resposta: Claro que não, pois se tivesse, nós não precisaríamos viver neuroticamente buscando encontrar ou criar conferindo sentido a tudo que fazemos."

Mas é exatamente essa busca "neurótica", em suas palavras em busca de um sentido, que me faz pensar que a vida deve ter um sentido. E ainda que em si ela não tenha um sentido, o fato de nós procurar-mos dar sentido a ela, no final das contas a fará ter o sentido que cada um lhe deu.

sobre a busca do sentido por nós, você disse que

" Esse é exatamente o milagre dos milagres, o absurdo do absurdo, que a “vida” – seja lá quem ou o que – criou um ser que vive buscando sentido em tudo que faz, ou faz tudo que lhe faz ou oferece sentido, mas sem saber qual o sentido ultimo de sua existência, do porque estar aqui."

Por que "absurdo"? Se a tese de Frankl está certa como eu acredito que está (e ninguém, creio, a negará), buscar sentido não é um absurdo e sim, o que de mais fundamental nos temos em nossa essencialidade.

O seu problema é que você está muito focado na morte como se a morte negasse todo o sentido da vida. Não sabermos qual o sentido último da existência não faz com que esse sentido último não exista, apenas prova que para uns ele ainda não foi percebido,crido, pensado, acolhido, construído. Se a conclusão é que a morte acaba com todo sentido da vida, você estará dando sentido à morte que seria aniquilar a vida. Se é assim, descanse calmamente na tua crença do desamparo total e viva sempre a espera do sentido último da vida, que nesse caso seria a morte.

É com falou o Levi: "Diante do trágico da existência, algo em nós que foi perdido anseia “religar-se” (religião)."

quem está "pirando" com a inexistência do sentido último, é porque nega a transcendência e o religar-se. Quando você se percebe solto, desamparado e não acolhido diante da morte, só resta mesmo o desespero pela aniquilação imimente e "sem sentido". Mas aí tem um grande paradoxo, pois os trágicos não deveriam se perturbar com a falta de sentido da vida e nem mesmo buscar um sentido para si e deveriam acatar calmamente, placidamente a tragédia.

acontece que até os trágicos se desesperam diante da tragédia...mas porque se a tragédia é a companheira natural da vida segundo eles pensam?

Se a vida é tragédia sem sentido, alegrem-se diante da tragédia pois ao passar pela tragédia, vocês estão de fato "vivendo"!!
Eduardo Medeiros disse…
Levi, você como sempre nos brinda com brilhantes comentários que são verdadeiras aulas. Você toca no ponto central:

“Dar Sentido ao Sentimento Trágico”.

O sentimento trágico em si não pode ter sentido visto que aparentemente, nenhum dos "trágicos" se conformam e aceitam calmamente e com um sorriso nos lábios o trágico.

O trágico é sempre visto como uma situação absurda. Percebem que o trágico não deveria ser a normalidade da vida, já que ninguém gosta e se alegra no trágico. Alegria, contentamento, bom humor, visão otimista da vida, amor, solidariedade, compassividade, longanimidade, etc, nada disso pode subsistir no trágico.

É onde entra o religare com suas interpretações transcendentais que dão sentido ao trágico. Só pela transcedência do religare, o filho pródigo sai da tragédia de comer junto com porcos para voltar a viver amparado na casa do pai rodeado de amigos e de festas; é nesse momento que a ovelha perdida, ferida, vivendo na tragédia do abandono e de não saber onde pisa e caminha, que os braços protetores do pastor lhe alcança e lhe salva do abismo e lhe dá de novo o sentido de pertencimento ao aprisco; é o escritor que na sua angústia existencial transcende ao escrever um poema, um romance, uma tese; é quando o artista plástico no poço da sua desilução, pega o pincel e a tinta, é traz a existência uma obra de arte; é quando o penitente diante do seu deus se abra para o transcedente e encontra alívio das suas dores no sentimento acalentador da presença divina.
Levi B. Santos disse…
EDUARDO


Perdoe-me, senti uma "inveja boa" ao ler o teu penúltimo e inspirado comentário.
Ao tomar posse dele, veio a mim um pensamento:

"Como gostaria de postar algo assim, desprovido de retóricas, tão direto e tão simples como as pombas".

Parabéns!
Levi B. Santos disse…
EDUARDO

Abro-me para um aparente paradoxo:

Postei recentemente sob forte indignação um libelo contra os mercadores da fé, que aproveitam as eleições para fazer suas barganhas, misturando o sagrado com procedimentos baixos e espúrios.


Alguns poderão argumentar:

Puxa, se o Levi é um fora da Gaiola, por que está se incomodando tanto com as Assemb. de Deus?

Eu direi:

Senti vergonha de mim mesmo. A reação que tive foi provocada por forças que habitam o meu inconsciente (sentimento religioso genuíno). Alguma coisa no meu porão obscuro foi tocado. Algo me causou mal estar, algo daquele sentimento que encheu de fúria o Mestre dos mestres quando expulsou com autoridade os vendilhões do templo que faziam da Sua casa de oração, um balcão de negócios.

Se hoje estou fora do “Veículo comercial” em que se transformou a igreja, é porque estou, mais do que nunca, respeitando àquilo que de mais precioso tenho preservado, àquilo que me faz TRANSCENDER.

Prefiro andar lentamente sentindo as agruras do caminho áspero sob os meus pés descalços, sentindo cheiro da terra molhada, do esterco do gado e do aroma das plantas, que viajar nesse veículo insensível(“igreja”), que por ser hoje um automóvel que desempenha uma grande velocidade, me impede de apreciar com mais tempo e calma a paisagem que se descortina ao meu redor.
Hubner Braz disse…
Nossa, eu estou perdido, nem sei como vou entrar neste dialogo entre o Eduardo, Levi e Marcio.

O bom e que a explicação sobre o sentido da vida esta sendo prolongado e estar tornando "trágica".

Confesso que estou gostando do que estou lendo, e muito conhecimento pra caber dentro da cabeça em apenas um dia.

Abraços confraternos
Anônimo disse…
Pelamordedeus!!! Vocês não fazem outra coisa a não ser ficar na blogosfera??!! haaa....olha a quantidade de comentários já existentes na existência deste post....rssss...

MisericóRdia!!

Mas vamos ao que interessa...

DUZINHO,

Na realidade eu penso o seguinte:

O sentido da vida está em vivermos a vida!!

Vivemos em função de descobrir o sentido de tudo, e principalmente o sentido do porquê estamos aqui....mas nunca paramos para analisar, que o verdadeiro sentido disso tudo está no fato de já estarmos vivendo...

O sentido da vida, está na maneira em que conduzimos a nossa convivência....e automaticamente, vamos percebendo que em cada passo que damos, encontramos os detalhes de todo este sentido...

É vivendo a cada dia, que encontramos no sentido da vida, o sentido de todas as outras coisas...

Quando pensamos no trágico, no mistério da existência...e que a cada dia caminhamos para o caminho da morte, acabamos perdendo a essência do viver para vivermos a ansiedade do morrer...

Deixamos este estágio, para pensarmos no próximo estágio...sendo que um estágio caminha lado-a-lado do outro, mas um vem após o outro...

DUDU, quando você pergunta a questão dos ateus não se matarem por não encontrarem sentido na existência...eu penso que, quando eles não encontram sentido na existência, é porque dentro de si eles automaticamente criaram um outro sentido...talvez o sentido de viver a vida sozinhos, sem crenças...da maneira mais crua e fria, enfrentando todo o temor da realidade...

Vejamos estas pessoas "góticas"..muitos são anti-cristos, ironizam cristo em seus encontros...e qual o sentido da vida para eles? Ironizarem? Vestirem de preto?..

Não. A realidade é que o sentido que eles encontraram, está simplesmente na maneira que eles escolheram para viver....

Não importa como vivem, todos passam pelo sentido do VIVER..

Ao comentário do MARCINHO, eu concordo que o ser humano é como uma vela, que num sopro se apaga...mas se pensarmos sempre no trágico, e querermos já enfrentar o trágico...simplesmente não viveremos...

A vida é sim muito bonita, essencial...mas se escolhermos viver melancolicamente pensando na tragédia da existência, simplesmente não viveremos como deveríamos viver...

E quando passarmos pelo processo da morte, será que ficaremos preocupados com a vida??!! Assim como hoje vivemos preocupados com a morte?!!

Beijos querido. Vou comprar este livro pra eu ler.
Tenho amigos que são estudantes de psicologia e adorariam fazem um comentario enorme sobre sentidos e psicologos e citações e ...
Mas sou uma pessoa mas animal...li o texto e achei foda, parei pra pensar e cheguei a conclusão que nunca me preocupei muito com o sentido da vida... não sei pq... não ter a resposta não me incomoda... Já disse um amigo, a ignorancia nos torna felizes.
Mas achei muito foda a ideia do cara, em pleno campo de concentraçãoo desenvolver um estudo! Simplesmente unico!
Quero muito ler esse livro, mesmo sabendo que não vou entender bulhufas!
Beijo
http://valvulaaberta.blogspot.com/
Anônimo disse…
E caimos novamente no mecanismo causa X efeito, o único, pelo visto, pelo qual nós - humanos - conseguimos "funcionar". O sentido é mais ou menos isso: por que tal coisa aconteceu? E o que vai se suceder depois disso? Eu, como não o conheço, e sei que também não vou saber tão cedo, prefiro viver a vida.
Eduardo Medeiros disse…
Paulinha,

Entendi o que você escreveu, mas veja bem: você diz uma coisa que parece óbvia mas é um pouco mais complexa. Você diz que "O sentido da vida está em vivermos a vida!!"

Aí é que tá. O problema não é viver a vida mas sim COMO SE VIVE A VIDA. O que dá sentido é o "como". Dizer que simplesmente que o sentido da vida é viver a vida é muito difuso, pois só vivemos a vida a partir de comportamentos, ideias, pensamentos, planos, convivências...e como cada uma dessas instâncias nos provocam, nos atingem? Qual é a nossa filosofia de vida? Diante de uma questão onde duas opções se fazem presente, qual caminho se tomará? a partir de quê se escolherá um e se rejeitará o outro?

E você diz exatamente isso:

"O sentido da vida, está na maneira em que conduzimos a nossa convivência....e automaticamente, vamos percebendo que em cada passo que damos, encontramos os detalhes de todo este sentido..."

Então a questão não é simplesmente viver mas sim como se vive.

E concordo com você que o enfoque da vida não pode ser a tragédia do evento da morte, ainda que não devamos fugir ao confronto com ela pois muitos vivem como se fossem imortais. De qualquer forma, pensar a morte e pensar a vida.

As religiões conseguiram pelas crenças resolver muito bem a questão da morte. Os primeiros cristãos não tinham o menor medo de morrer no Coliseu romano pois tinham a certeza que o sentido da vida era a vida para além da morte.

Cada um deve buscar o sentido para a sua vida. O que não se deve fazer é simplesmente em minha opinião, é deixar a vida te levar. Somos nós que na medida do possível e contando sempre com os imponderáveis que devemos levá-la para a direção que melhor nos convier e para um caminho que nos leve à paz interior e à felicidade pois nunca conheci um ser humano cujo maior sonho fosse se tornar uma pessoa infeliz e sem sentido de viver.

beijinhos e volte mais vezes. E aí, já decidiu voltar de vez para a nossa confraria? Já houve a eleição e todos votaram a favor do seu regresso...bem, não houve, mas se houver, esse será o resultado...rsssss
Eduardo Medeiros disse…
Hubinho, um bom começo para você entrar no papo é nos dizer para você qual é o sentido da vida?
Eduardo Medeiros disse…
ANITA, seja bem-vinda neste oásis de inteligência, reflexão e também humor e sarcasmo que é a confraria... também somos muito humildes...heeeeee

Como pelo que eu me lembre esta é a primeira vez que você comenta aqui, você acaba de ganhar um prêmio!!!!!!

"Qual é o prêmio dela Lombardiiii?"
"Um texto FODA que a fará pensar no sentido da vida no qual ela nunca pensou, Sílvio..."

Anita, você disse que

"...li o texto e achei foda, parei pra pensar e cheguei a conclusão que nunca me preocupei muito com o sentido da vida... não sei pq... não ter a resposta não me incomoda... Já disse um amigo, a ignorancia nos torna felizes."

Eu sei porquê você nunca parou para pensar no sentido da vida: é que provavelmente você nunca pensou que a vida deveria ter um sentido! Mas tem que ter. Ou deve ter. Não ter a resposta não te incomoda? E seu eu te perguntar qual são seus projetos para a sua vida, quais são seus valores, como você vive sua vida, eu sei que você saberia responder. A resposta que você daria teria muito a ver com o sentido que você dá a sua vida. Viu, você provavelmente tem um sentido para a vida e nem sabe que o tem...

Então pare, pense e responda: Qual o sentido da sua vida?

Quanto à tese do seu amigo que a ignorância nos torna feliz ela é simplesmente falsa, pois só um ser que não seja ignorante é capaz de formular um frase como esta...

Leia o livro e não tenha medo, você vai entendê-lo muito bem pois a linguagem do Dr Frankl é bem acessível apesar da complexidade do tema.

Volte sempre, ok? Depois vou dar uma conferida no teu blog. Abraços
Eduardo Medeiros disse…
Levi, obrigado pela parte que me toca que o toca rsss
Eduardo Medeiros disse…
ISA, será que você não simplificou demais a coisa? Será que tudo se resume em encontrar as causas para os efeitos?

" O sentido é mais ou menos isso: por que tal coisa aconteceu? E o que vai se suceder depois disso? Eu, como não o conheço, e sei que também não vou saber tão cedo, prefiro viver a vida."

Não creio que essas ponderações que você fez nos informe sobre o sentido da vida. Quando você diz "prefiro viver a vida" você repete o que disse Paulinha e as respostas que dei.

Não se pode simplesmente viver a vida. Só podemos viver a vida como se vive a vida. Ou você discorda?

É claro que alguém siga ao pé da letra a filosofia zecapagodiana etílica brameira de deixar a vida te levar...Mas viver assim é como ser um barquinho à deriva ao sabor das ondas...um barquinho à deriva não tem nenhuma autonomia. Ele não tem rumo nem direção. Não pode dizer que vai para algum lugar pois ele irá para onde as ondas o levar.

Para mim não é a melhor maneira de se viver a vida e estou quase certo que não é assim que você vive.

Diferentemente do que você disse, podemos sim com alguma precisão saber dos efeitos pelas causas que nos cabem causar.

Se eu atiro uma pedra numa vidraça eu vou provocar a quebra da mesma. Nem tudo em nossa vida é imponderável, é aleatório e foge ao nosso controle. Não temos o controle de tudo, mas se tivermos um motor de proa, dá para deslizar sobre as ondas; é certo que não poderemos prever sempre quando vem uma tsunami e aí não tem jeito, ela leva mesmo o barquinho...
Eduardo Medeiros disse…
Marcinho, vou colar aqui uma frase do meu texto anterior "O sentido da vida":

"Quando a morte é transformada em amiga, não é mais necessário lutar contra ela."
Anônimo disse…
Eu não simplifiquei demais, só não compliquei.
Anônimo disse…
E também não concordo com a filosofia barco-sem-rumoniana, ela sim é simplista, Edu. Eu não tenho outro rumo senão existir. Mesmo depois da morte.
Dj rauer, shoppenhauer disse…
QUALÉ MANO EDU..

EU TAVO POR ALGUM ACASO PASSANDO POR ESTA BAGAÇA E ACABEI ME DANDO DE ENCONTRO COM ESTE BAGUNHO BEM INSTIGANTE...

KARA MANO..MUITO FODÁSTICO MESMO!

Qualé o sentido da nossa Vida rapá eu fico pensano?

Acho que deve está é focado no "Auto-estima" e "Motivação"

Mas tiro por base ni mim mano..pois se a pessoa não tivé uma auto-estima, de que adianta viver..a pessoa naum encontra motivação nenhuma...

Quantas veis nóis manos não se pegou pensando qual o sentido da vida? O que nos motiva a continuá nossa jornada?

Qual o real motivo de nossa existência? Estas e maiss outras perguntas instigantes faiz parte deste grande mistério chamado vida.

É preciso transformá a sua e minha experiência em algo que pode valer e significar algo, e que seja exemplo pra todos aqueles que nos acompanham nesta incriveu jornada...

Um salve mano...do Dj rauer, shoppenhauer.
Hubner Braz disse…
Dudu vou falar pra ti qual o sentido da vida pra mim. Mais primeiro vamos para a sala das "interrogações" e respostas sucessivas sobre os por que's e pra que's...

Porque existe algo e não o nada? Na visão da razão, nós não sabemos. Mais um dia vamos saber.
Mais por quê existe algo? E para quê? Nós também não sabemos se há um propósito real.

Mas você tem que concordar que se fosse verdade que o nada nasce do nada, logo a existência de algo estaria ameaçado. E se esse algo não existisse, não existiria o mundo, as galaxias e o universo. Mas se existe esse "algo" então temos que entender que houve sempre um pré-algo que é um ser eterno, incriado, que criou todas as coisas, e esse Criador se chama Deus.

continua...
Hubner Braz disse…
Continuação...

Um certo dia desses me deparei com uma frase de Braile Pascal que dizia: "Quando considero a curta duração da minha vida, engolida na eternidade que está antes e depois, quando eu considero o pouco espaço que eu preencho, e posso ver, ultrapassado pela infinita imensidão de espaços que ignoro e que não me conhecem, eu descanso assustado e surpreso, pois não há razão para eu estar aqui e não lá. Por que agora ao invés de então? Quem me pôs aqui? Por ordem de quem e em que direção este lugar e tempo têm sido atribuídas a mim?"

Esta frase mostra de forma patente que Pascal estava perdido no sentido da vida. Vemos que Salomão experimentou toda a felicidade desta vida, essa felidade que algumas pessoas perseguem. Que é a riqueza, o prazer e a formação acadêmica. E qual foi a sua conclusão? Ele conclui dizendo que tudo foi "vaidade e aflição de espírito" (Ec:2.11). Ou seja, as buscas matérias que a maioria das pessoas simplesmente enfatizam que é o sentido da vida, no final não satisfaz.

Qual é o verdadeiro sentido da vida? Salomão disse que é "Teme a Deus e guardamos os seus mandamentos" (Ec:12.13). Se Deus criou o homem é porque Ele tem um propósito para realizar em nós.

Pode ser obscuro para mentes de alguns, Mas o sentido da vida tem vários fatores que encobram o mesmo. Que é o Amor, a amizade, a Fé e tudo está amarrado em nossas ações e nossas vidas onde definirá o objetivo final. Se nossas escolhas, nossos atos e nossas vidas inteiras, não fazem diferença alguma em uma análise final, então nossas escolhas e nossas ações e nossas vidas inteiras, não teria sentido. Não faria diferença se vivêssemos como santos ou demônios. Como em tudo que fazemos, agimos para atingir um fim. Não podemos agir sem tentar alcançar algum objetivo ou fim. Mas todos esses fins são fins intermédios, ou seja, o sentido da vida não termina na morte.

Ajo que vou durmir Dudu senão perderei a aula amanhã que será as 7:00 horas.

Abraços e Boa Noite.
Hubner Braz disse…
Errata: Onde lee obscuro para mentes de alguns. Complete: "alguns confraternos" (risos)
Eduardo Medeiros disse…
Oi Dj Rauer, tudo bem? Bem-vindo aos comentários da confraria.

Você disse algo realmente importante; todos devemos ter auto-estima e motivação. Mas será que ter auto-estima e motivação é o sentido da vida? O mais importante será o que você faz com essa motivação e com essa estima. O que você acha?

Mas essa busca é uma busca essencialmente pessoal.

abraços e volte mais vezes
Eduardo Medeiros disse…
Hubinho, sobre tua frase:

"Pode ser obscuro para mentes de alguns, Mas o sentido da vida tem vários fatores que encobram o mesmo. Que é o Amor, a amizade, a Fé e tudo está amarrado em nossas ações e nossas vidas onde definirá o objetivo final."

se eu entendi o que você quis dizer, você está dizendo que o amor, a amizade e a fé enconbrem o sentido da vida?? é isso que você quis falar? Mas em que sentido o amor, a amizade e a fé encobririam o sentido da vida?(com redundância e tudo..rssss)
Hubner Braz disse…
Dudu, não é enconbrir o sentido da vida "como se fosse esconder" e sim eles fazem parte para dar o sentido da vida.

Numa visão fundamentalista em desconstrução, Diria que o sentido da vida é Jesus, o Senhor Acabe, póis ele mesmo disse: "Eu Sou... a Vida" Jo:14.6. E concordo com Paulo ao afirmar que: "Porquanto, para mim o viver é Cristo" Fp:1.21.

Por isso, o sentido da vida se resume assim: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" João 17.3

Poxa, perdi a aula hoje,(risos) e isso faz com que a vida tenha sentido também. Vou sair agora pagar algumas contas...

Ate +++
Eduardo Medeiros disse…
Entendi Hubinho. Só que você não pode dizer que o sentido da vida "É" Jesus, já que cada um tem que construir o seu próprio sentido, e quem não acredita em Jesus como salvador, não o terá como o sentido da vida. Você deveria dizer: "para mim, o que dá sentido à vida é crêr em Jesus".
Marcio Alves disse…
EDUARDO


Não, não se preocupe comigo.....mesmo diante de toda tragédia de nossa existência, pois como disse anteriormente, o homem já nasce com uma doença fatal, que eu chamo “doença do existir”, haja visto que é mortal e que inexoravelmente, mais cedo ou mais tarde morrerá, porém, mesmo assim, vivo o Eros da vida com paixão e intensidade, pois sei que o único sentido sem sentido da vida está justamente no caminho enquanto se caminha pelos trilhos da vida, e não no seu final.


Sua fala: “Mas é exatamente essa busca "neurótica", em suas palavras em busca de um sentido, que me faz pensar que a vida deve ter um sentido. E ainda que em si ela não tenha um sentido, o fato de nós procurar-mos dar sentido a ela, no final das contas a fará ter o sentido que cada um lhe deu”.


Minha resposta: Tudo bem...concordo contigo neste ponto, de que o sentido é nos que damos para nossa vida, mas o sentido ultimo, este não existe, visto que o final é sempre zero em sua totalidade, não importa o que façamos ou não, no final de tudo não fará diferença.


Sua fala: “Por que "absurdo"? Se a tese de Frankl está certa como eu acredito que está (e ninguém, creio, a negará), buscar sentido não é um absurdo e sim, o que de mais fundamental nos temos em nossa essencialidade”


Minha resposta: DUZINHO, eu não disse isto no sentido de nós buscarmos a todo o momento sentido, pois todo ser do ser humano respira buscando sentido.


Quando disse absurdo foi em relação a vida ter gerado sem sentido algum, pelos menos explicado, seres que em sua constituição inteira clamam por sentido.


Sua fala: “Se a conclusão é que a morte acaba com todo sentido da vida, você estará dando sentido à morte que seria aniquilar a vida. Se é assim, descanse calmamente na tua crença do desamparo total e viva sempre a espera do sentido último da vida, que nesse caso seria a morte”


Minha resposta: Agora aqui você entendeu bem meu pensamento....a morte é uma das pouquíssimas certezas absolutas que temos nesta vida, e ela é, ao mesmo tempo, o que dá sentido tirando o próprio sentido da vida.


Continua...........
Marcio Alves disse…
Continuação..............


Sua fala: “acontece que até os trágicos se desesperam diante da tragédia...mas porque se a tragédia é a companheira natural da vida segundo eles pensam?”


Minha resposta: A tragédia faz parte da existencialidade do ser, diante dela não como fugir nem mesmo negar, porém, é possível triunfar sobre ela, vivendo com coragem a vida, sem se iludir muito, como também sem se desesperar muito, mas com toda certeza há sim, muita lagrimas nisso tudo, pois mesmo sabendo e tendo consciência da trágica existência, a tragédia nunca é bem vinda, pois somos seres que buscamos acima de tudo, o prazer e a alegria no viver e pelo viver.


Sua fala: “O sentimento trágico em si não pode ter sentido visto que aparentemente, nenhum dos "trágicos" se conformam e aceitam calmamente e com um sorriso nos lábios o trágico”.


Minha resposta: Mas no final das contas nada faz sentido mesmo, até o trágico com toda sua tragédia.....o problema é que queremos encontrar sentido até mesmo na tragédia, pois assim, me parece, que as pessoas conseguem melhor se conformarem, mas a verdade é que a tragédia esta muito mais ligado com o acaso, e não com propósitos.
Marcio Alves disse…
EDUARDO, agora vou colar aqui, trechos de comentários meus, que você ainda não me respondeu:

“Na questão de ter filhos...alguém já me perguntou uma vez dizendo mais ou menos o seguinte: “Porque é que os trágicos tem filhos?...Se a existência é trágica???

Acredito que a grande maioria dos trágicos que tem filhos, os tem não com o idealismo de preservar a espécie, nem muito menos para dar sentido a sua vida, mas antes, porque a camisinha estourou, ou porque a outra pessoa não se cuidou direito, pois no ato sexual é totalmente instinto mesmo...nessa hora o significado é totalmente fisiológico mesmo.”



E este meu comentário, que deixei desde lá na sua sala, como também postei aqui, e você ainda não respondeu:

“Agora falando serio....o que é a vida? Bem, ela é a somatória de aleatoriedades sucessivas de eventos sem sentido que juntos formam compondo a vida do ser e seu caminhar existencial.

Já em relação às utopias que são a versão do messianismo Cristão secularizado, são todas pulverizadas pelas tragédias contingenciais e incontroláveis da vida.

Utopia pra mim, nada mais é do que uma festa que você passa a vida inteira armando um palco que você não conseguirá nunca subir e comemora, ou seja, quanto mais esperanças tivermos, mas isto representará que estamos a um passo de cairmos no abismo”.


Abraços
Eduardo Medeiros disse…
Meu caro amiguinho pensador de trágedias trágicas: você diz

" o homem já nasce com uma doença fatal, que eu chamo “doença do existir”, haja visto que é mortal "

Isso é uma concepção sua. Eu nunca chamaria a vida mesmo que mortal de "doença". Puta que o pariu!!!! se a vida é uma doença meu camarada, porque você não se cura se matando?

Aí, nun paradoxo tremendo, você diz

" porém, mesmo assim, vivo o Eros da vida com paixão e intensidade, pois sei que o único sentido sem sentido da vida está justamente no caminho enquanto se caminha pelos trilhos da vida, e não no seu final."

Se a vida é uma doença, o tal eros também é. Tudo em nós é doença. Nós somos a doença!!!


E nessa fala você se coloca como conhecedor de todos os mistérios da vida, da morte, do universo e de tudo ao dizer que

" mas o sentido ultimo, este não existe, visto que o final é sempre zero em sua totalidade, não importa o que façamos ou não, no final de tudo não fará diferença."

De onde você tirou que o sentido último não existe? como você pode saber? De novo, puta que o pariu!!!!! rssssss

Você afirma isso somente e somento só, por sua crença.

Você veio com aquele papo que agora era agnóstico que não sabia se Deus existia ou não e agora vem afirmar peremptoriamente que o sentido último não existe??

Amiguinho, vê se toma um rumo para um porto mais seguro...
Eduardo Medeiros disse…
E você continua dizendo

"a morte é uma das pouquíssimas certezas absolutas que temos nesta vida, e ela é, ao mesmo tempo, o que dá sentido tirando o próprio sentido da vida."

Dá sentido tirando o sentido? Puta queo pariu!!!!! de novo!!!!!! tá pegando a mania do hubinho???? kkkkkkkkkkk

De novo você faz uma afirmação baseada somente em sua crença:

"Quando disse absurdo foi em relação a vida ter gerado sem sentido algum, pelos menos explicado, seres que em sua constituição inteira clamam por sentido."

É exatamente isso: é absurdo a vida sem sentido produzir seres que buscam dár-lhe sentido. Se é absurdo, então, a vida deve ter um sentido maior do qual o sentido que cada um de nós damos a ela é um reflexo desse sentido maior.

Veja que não estou afirmado, por que do mesmo modo como você dizer que não há um sentido maior na vida é reflexo de suas crenças, eu dizer que a vida "deve" possuir um sentido maior também o é.

Só que do meu lado está o fato do absurdo da vida que se formou por acaso, sem sentido, produzir seres complexos como nós com consciência, inteligência e que busca dar sentido à própria vida.

Será que o não-sentido, o acaso cego, o acidente, seria capaz de produzir a consciência humana que por sua natureza complexa exatamente inquire, questiona, observa, e procura em tudo um sentido? A consciência humana é a negação do acidente e do não sentido.

Capite?
Eduardo Medeiros disse…
Continuando...você diz

" A tragédia faz parte da existencialidade do ser, diante dela não como fugir nem mesmo negar, porém, é possível triunfar sobre ela,"

Na verdade, por tudo que você vem dizendo, não é que a tragédia "faz parte da existencialidade", ela é a própria essência da existencialidade. Logo, ao você dizer que podemos "triunfar" sobre ela, você constrói um sentido: o sentido da vida é triunfar sobre o não sentido da vida...

Capite, de novo?

sobre filhos e camisinhas furadas você diz:

"Acredito que a grande maioria dos trágicos que tem filhos, os tem não com o idealismo de preservar a espécie, nem muito menos para dar sentido a sua vida, mas antes, porque a camisinha estourou, ou porque a outra pessoa não se cuidou direito, pois no ato sexual é totalmente instinto mesmo...nessa hora o significado é totalmente fisiológico mesmo.”

Você acredita mesmo nessa besteira que você falou? você tem um filho porque? tua camisinha falhou? Só porque teu instinto diz que você deve ter filho?

O sexo realmente é fisiológico, um pulsão da natureza para se reproduzir, mas você sabe que nós, seres inteligentes podemos driblar o instinto e transar sem ter filhos, né?

Sabe porque temos filhos? porque queremos nos ver neles. Porque queremos amá-los como sangue de nosso sangue. Porque para ter filhos ninguém usa a razão, e sim a emoção, o sentimento.

Os filhos que nasceram por acidentes mesmo depois que nascem, em sua grande maioria, são amados pelos pais que mesmo sem planejá-los, agora ao vê-los, algo em nós se transforma...
Eduardo Medeiros disse…
Marcinho, de novo você defini o que nenhum cientista, filósofo e até religioso ousou definir de modo absoluto: O que é a vida?

A sua resposta é apenas uma no meio de milhares possiveis. A verdade é que ninguém sabe bem o que é a vida!!!

e por último:

"Já em relação às utopias que são a versão do messianismo Cristão secularizado, são todas pulverizadas pelas tragédias contingenciais e incontroláveis da vida."

Eu não sei bem o que você quer dizer com messianismo cristão secularizado...

Mas se você está dizendo que a esperança cristã é pulverizada pelas tragédias da vida, até parece que você nunca foi cristão...

O cristianismo e antes dele o judaísmo messiânico tiveram suas respotas, assim como você tem as suas. E de maneira nenhuma as tragéidas são capazes e nunca foram no passado de pulverizar a esperança judaica e cristã. Se tivesse pulverizado, é evidente que nem judaísmo nem cristianismo existiram mais há muito tempo.

Olha, esse nosso troca troca (ops, calma!!!!) de ideias está muito profícuo...gostou do profícuo? kkkkkkkk

Só que agora você tem que me responder baseado em quê e de acordo com quê você define de modo absoluto a não existência de sentido último para a vida e a sua absolutização no conceito sobre vida.

Se você dizer que é pelo que você observa, pelo que você sente e pelo o que você sabe, eu lhe digo que é muito pouco, já que você não pode observar tudo, de todos os ângulos, em todas as épocas e circunstâncias; o que você sabe (e eu também) é apenas uma molécula dissolvida no oceano de coisas que não sabemos e talvez nunca saberemos, se é pelo que sente, como você sabe, o que nós sentimos é muito subjetivo e muitas vezes só diz mesmo respeito a nós e não aos outros.
Esdras Gregório disse…
“Encontrei o significado da minha vida, ajudando os outros a encontrarem o sentido de suas vidas.”

Ou seja: encontrei o significado da minha vida fazendo dos outros um objeto de minha felicidade.

Isso é coisa de humanitário, que precisa fazer o outro feliz para ser feliz, usam alivio da miséria aléia para ser feliz.

Tudo bem tudo bem, sei que estou sendo cruel, mas este cara esta de certa forma certo e resume tudo nesta frase egoística dele.

A busca pelo sentido é uma necessidade matemática inata no homem, acho que Kant já resolveu isso com sua verdade a priori de que causa e feito são conceitos natos do homem. Se é que eu entendi alguma coisa daquele filosofo ilegível.

Pois buscar sentido é o mesmo que buscar causas e efeitos e associar funções e propósitos para um ser que não é só racional, mas principalmente emocional.

Pois a busca pelo sentido é uma busca matemática/emocional necessária no homem.
Anônimo disse…
DUZINHO,

Me desculpe pela ausência, é que ando meio "atropelada" fechando notas das minhas criONÇAS para encerrar o bimestre..

Mas vejamos..

Eu comentei anteriormente, que o sentido da vida está simplesmente no fato de VIVERMOS a vida..

...e você me diz:

"O problema não é viver a vida mas sim COMO SE VIVE A VIDA. O que dá sentido é o "como".

CONCORDO plenamente.

Mas ainda a pouco estava refletindo sobre estes dois detalhes de encontrar sentido para a vida...

E com base nisso eu ainda lhe pergunto: Será que a vida realmente existe inserida em si um sentido?!

Se alguém me disser que o sentido da vida está em viver, eu terei que acreditar, pois este alguém provavelmente encontrou algum sentido no viver dele..

Se alguém me disser que o sentido da vida está em COMO viver a vida, poderei fazer uma análise para encontrar sentido no modo como vivo a minha vida também...mas posso encontrar sentido no modo COMO vivo?! Talvez não...

Se alguém me disser que o sentido da vida está em um ser fora da nossa percepção...eu posso discordar?! Não..

A realidade é que o sentido da vida, este tão sentido falado, só existe na VISÃO do sentido...ou seja, a minha visão, que me conduz a admirar, olhar, analisar, interpretar, buscar, estudar, avaliar....é que me leva em busca dos sentidos das COISAS existentes na vida...e não sentidos da VIDA em si.

Pois a vida é um conjunto de coisas, e a este conjunto de coisas, existe um conjunto de sentidos...pois depende muito da visão de cada um...

Se eu lhe disser que o sentido da minha vida está em entregar a minha alma para salvar uma pessoa...você há de convir comigo que tenho minha razão ou não?!..e que este é um sentido de vida para mim...ou não?! hahaaaa....

[é um exemplo, não vou entregar minh'alma..rsss]

O sentido depende de nós..talvez, para uma grande parte ele nem exista mais...ou simplesmente nunca existiu...

Beijos...quero voltar para a CPFG..só me dê uim tempinhoooo..rssss...
Anônimo disse…
FRISANDO ..

"O sentido da VIDA depende de nós.....mas talvez, para uma grande parte, ele nem exista mais...ou simplesmente nunca existiu..."

(PAULINHA).
Eduardo Medeiros disse…
GResder, você posta seu comentário no último dia de discussões do texto e ainda vem com esse argumento que Frankl usava a miséria dos outros para ser feliz? Não que o trabalho de Frankl fosse "humanitário" pois ele era um profissional que cobrava por seus serviços psicológicos. O que ele diz é que todos precisam buscar o SEU SENTIDO DE VIDA. Ele achou o dele.

Você é tão pretensioso quanto o Noreda no seu último texto lá no blogue deles, portanto, não o discrimine por ser exatamente como você é.
Eduardo Medeiros disse…
Paulinha, você coloca questões que já foram bem discutidas por mim nos comentários.

sua frase "Se eu lhe disser que o sentido da minha vida está em entregar a minha alma para salvar uma pessoa...você há de convir comigo que tenho minha razão ou não?!.."

Claro que sim. Como dizia o Dr Frankl, ele encontrou a razão da sua vida ajudando as pessoas a encontrar a razão da vida delas.

Você resume muito bem a questão:

"O sentido da VIDA depende de nós.....mas talvez, para uma grande parte, ele nem exista mais...ou simplesmente nunca existiu..."

Pessoas vivem sem nunca nem pensarem porque vivem. Simplesmente vivem mas sem nunca ter um norte, uma direção, algo que realmente lhe dê sentido nesta vida passageira mas que é mágica. A maioria das pessoas não conseguem mais ver a magia da vida já que ao que parece, o sentido da vida para a nossa sociedade hoje, é conquistar bens materiais. E não existe nada de realmente mágico em trocar de carro todo ano. Mas é claro que há a possibilidade de alguém depois de muito refletir e ponderar, diga: "o sentido da minha vida é ter um carro zero todo ano". Tal pessoa, porém, terá que considerar que o sentido que ela deu à sua vida é tão frágil que ladrões podem roubar, acidentes podem destruir. Ou seja, é um sentido frágil demais.

Valeu filósofa-matemática, volte logo. Beijos
Marcio Alves disse…
EDUARDO


Como este é o último dia de discussões desta postagem, vou sintetizar minhas respostas aos seus comentários e sobre o texto em si.


Sua fala: “Isso é uma concepção sua. Eu nunca chamaria a vida mesmo que mortal de "doença". Puta que o pariu!!!! se a vida é uma doença meu camarada, porque você não se cura se matando?”


Minha resposta: Pelo simples motivo de dar na mesma, ou seja, estou trocando o “seis” pela “meia-duzia”, pois se nós somos doentes existencialmente falando, porque já nascemos marcados para morrer, não é o suicídio que vai concertar ou curar isso....outra coisa, lembra da coragem que falei no meu texto?


Pois é.....isto é a coragem de mesmo saber e perceber ser mortal e mesmo assim continuar vivendo com um fim em si mesmo!!!


Sua fala: “De onde você tirou que o sentido último não existe? como você pode saber? De novo, puta que o pariu!!!!! rssssss
Você afirma isso somente e somento só, por sua crença.”


Minha resposta: Mas isto aqui não é para darmos nossa opinião?? Mas é claro que isto aqui é meu pensamento, você concorda se quiser ou não.....ninguém é dono da verdade, mas é dono de sua própria verdade de como enxerga a vida, e, portanto, tem o direito de dizer o que pensa...puta que pariu digo eu agora. Kkkkkkkkkkkkkk


Quando digo que a morte dá tirando ao mesmo tempo o sentido da vida ou pra vida, é no sentido (olha o sentido ai. Rsrsrs) de que tudo que fizermos ou construirmos ela irá apagar no tempo e espaço, portanto, o sentido ai é de somente enquanto construímos e fazemos...agora, ela dá sentido pois já pensou se fossemos imortais e nunca pudéssemos morrer???
Talvez fosse maior sofrimento...portanto, com a existência da morte, a vida passa a ser muito mais valorizada, pois ela é temporal e breve.



Continua.............
Marcio Alves disse…
Continuação........


Sua fala: “Será que o não-sentido, o acaso cego, o acidente, seria capaz de produzir a consciência humana que por sua natureza complexa exatamente inquire, questiona, observa, e procura em tudo um sentido? A consciência humana é a negação do acidente e do não sentido”


Minha resposta: Acredito que exista a possibilidade da vida ter uma origem consciente, mas mesmo assim não temos como afirma nem negar, o importante mesmo é viver como se tudo dependesse e morresse em nós mesmos.


Sua fala: “Na verdade, por tudo que você vem dizendo, não é que a tragédia "faz parte da existencialidade", ela é a própria essência da existencialidade. Logo, ao você dizer que podemos "triunfar" sobre ela, você constrói um sentido: o sentido da vida é triunfar sobre o não sentido da vida...”


Minha resposta: Como o sentido de tudo somos nós que construímos, logo somos também nós que decidimos o que e como dá sentido a nossa vida.


Sua fala: “Você acredita mesmo nessa besteira que você falou? você tem um filho porque? tua camisinha falhou? Só porque teu instinto diz que você deve ter filho?”


Minha resposta: O que eu disse foi embasado no pensamento trágico....eu não sou radicalmente nem trágico nem otimista, mas um pouco dos dois, apesar que em alguns momentos, um vai aumentar mais e outro diminuir, mas como sempre temos que buscar a síntese como equilíbrio perfeito.

O que eu quero dizer é que na questão do filho, eu não penso assim, tanto que tenho um que é uma das “coisas” que dão mais sentido para minha vida hoje, mas, no entanto, expus isto como forma de debate para nossa reflexão.



Continua........
Marcio Alves disse…
Continuação.....


Sua fala: “Marcinho, de novo você defini o que nenhum cientista, filósofo e até religioso ousou definir de modo absoluto: O que é a vida?
A sua resposta é apenas uma no meio de milhares possiveis. A verdade é que ninguém sabe bem o que é a vida!!!”


Minha resposta: Concordo....mas como a resposta para a vida somos nós quem damos, segue-se a minha, que talvez sirva apenas tão somente para mim, mas ainda sim, é uma resposta, falha e inconclusiva como todas as outras.


Sua fala: “Eu não sei bem o que você quer dizer com messianismo cristão secularizado...
Mas se você está dizendo que a esperança cristã é pulverizada pelas tragédias da vida, até parece que você nunca foi cristão”


Minha resposta: Se você não entendeu, então era melhor você ter perguntando...capite??? rsrrsrss


Mas isto aconteceu porque você tirou essa frase do seu contexto que era da frase logo a seguir onde eu dizia que “Utopia pra mim, nada mais é do que uma festa que você passa a vida inteira armando um palco que você não conseguirá nunca subir e comemora, ou seja, quanto mais esperanças tivermos, mas isto representará que estamos a um passo de cairmos no abismo”.


Ou seja, esta falando das utopias políticas, sociais, filosóficas, humanitárias e etc...que não passam de uma versão do messianismo Cristão, de que elas irão transformar mudando o mundo em um mundo melhor, que todas as outras utopias falharam, mas a da própria pessoa irá funcionar...capite de novo??? Rsrsrrs


Sua fala: “Só que agora você tem que me responder baseado em quê e de acordo com quê você define de modo absoluto a não existência de sentido último para a vida e a sua absolutização no conceito sobre vida”


Minha resposta: Bem, isso já conversa para uma próxima postagem, até porque essa aqui já vai sair de cena, eu também não tenho mais tempo, tenho que me arrumar para ir trabalhar, mas posso dizer de grosso modo, bem grosso mesmo (rsrsrsr), é que o que serve para mim, que é minha visão, minhas idéias só sirvam talvez para mim mesmo, então eu posso absolutizar o que é a vida para mim, não de todo mundo, visto o mundo ser um pouco grande demais para eu reduzir em um conceito só.


Abraços
Marcio Alves disse…
Outra coisa EDUARDO....(vou ser bem breve, pois já estou atrasado para ir trabalhar) concordo em absoluto com o GRESDER SIl, tanto que vou até complementar...não seria uma bondade mais maligna do que a própria maldade, usar as pessoas como objetos para satisfação e deleite pessoal???

Ou seja, quando ajudamos a pessoa porque queremos nos satisfazer, encontrando nelas sentido para nossa vida, somos covardes e perversos, pois ao invés de por nós mesmos buscarmos sentido em nós mesmos, buscamos transformando o outro em um mero objeto de sentido e prazer para nós......

Por isso que eu acho que às vezes, eu disse às vezes, há mais maldade na bondade, do que propriamente bondade na própria bondade!!!

É isso ai GRESDER......além da vida não ter um sentido final, junta-se a isto o fato de sermos mal em nós mesmos, e não podermos controlar nossa natureza..além do mais para completar esse cenário trágico não temos liberdade, tudo em nós já é pré-determinado, seja pela influencia social ou biologicamente ou ainda pela nossa natureza.
Esdras Gregório disse…
Eu disse que não sou pretensioso alguma vez, que eu quero salvar ou melhorar desinteressadamente alguem ou alguma coisa, faço tudo acima de tudo por prazer.

Quanto ao Noreda ele como nós, mas morre de vontade de não ser, de ser um liberto dos libertos rsrsrs coitado, leu Platão agora e pensa que descobriu a roda kkkkkkkkkkkk

Nada pessoal Noreda é só para não perder a oportunidade...
Eduardo Medeiros disse…
Marcinho, fica tranquilo que o alemão Wolkrs disse que está com uma preguiça de discutir no blogue, logo, deve estar também com preguiça de escrever um texto. Acho que ele está em retiro espiritual para que Zius lhê dê forças para viver e ser feliz...heeeee
Anônimo disse…
Muito bem DUDU!

Pude através dos diálogos e argumentos aqui postados, fazer uma análise mais completa sobre o sentido da vida...creio que estou me surpreendendo com meus próprios pensamentos ultimamente!! rsssss....

Beijos querido!
Eduardo Medeiros disse…
Marcinho, deixa de se auto-enganar, rapazinho!! Você não se mata por dois motivos: você não tem coragem para tanto e no fundo você sabe que a vida tem um tremendo valor. Se não tem valor, então é covarde mesmo pois devia se matar e não se mata. Como assim seria a mesma coisa morrer ou ficar vivo???? Tu cheirou o quê moleque? kkkkkkkkk

É bem pior ficar vivo e ter que lutar a cada dia contra o absurdo que é viver. Você deve está lendo muito algum filósofo existencialista...

É claro que é prá dar sua opinião, mas do jeito que você está colocando as tuas teses, é como se elas fossem absolutas e não são como enfim, você mesmo afirmou.

Mas agora você me confundiu:" portanto, com a existência da morte, a vida passa a ser muito mais valorizada, pois ela é temporal e breve." mas você nãó está dizendo o tempo todo que a vida não é nada, tudo que agente faz é zero, e etc, e agora a vida "passa a ser valorizada"???

"Acredito que exista a possibilidade da vida ter uma origem consciente, mas mesmo assim não temos como afirma nem negar, o importante mesmo é viver como se tudo dependesse e morresse em nós mesmos."

Marcinho, se existe apenas uma possibilidade da vida ter origem consciente, você não acha que deveríamos pelo menos dar mais atenção a essa possibilidade? Sim, porque os motivos que me levam a pensar nisso são puramentes racionais.

"O que eu quero dizer é que na questão do filho, eu não penso assim, tanto que tenho um que é uma das “coisas” que dão mais sentido para minha vida hoje, mas, no entanto, expus isto como forma de debate para nossa reflexão."

aceito suas desculpas..kkkkkkk

sobre a definição do que é a vida:

"Concordo....mas como a resposta para a vida somos nós quem damos, segue-se a minha, que talvez sirva apenas tão somente para mim, mas ainda sim, é uma resposta, falha e inconclusiva como todas as outras."

Eu só quero que você pense bem se realmente a sua resposta lhe satisfaz ou se você está forçando uma barra para se tornar o trágico da confraria..rssss

Se a tua resposta é falha, inconclusiva, procure uma outra que seja menos falha, menos inconclusiva...(que de certo, não precisa ser a minha).

Marcinho, foi somente através da utopia que a ciência chegou aonde chegou. Uma utopia deixa de ser utopia quando é realizada na existência. Há 200 anos, era uma utopia curar a tuberculose, hoje é uma coisa corriqueira.

E quem não consegue caminhar tendo esperança de dias melhores, melhor lhe seria afogar-se do mar...do desespero...
Eduardo Medeiros disse…
Marcinho, deixa de se auto-enganar, rapazinho!! Você não se mata por dois motivos: você não tem coragem para tanto e no fundo você sabe que a vida tem um tremendo valor. Se não tem valor, então é covarde mesmo pois devia se matar e não se mata. Como assim seria a mesma coisa morrer ou ficar vivo???? Tu cheirou o quê moleque? kkkkkkkkk

É bem pior ficar vivo e ter que lutar a cada dia contra o absurdo que é viver. Você deve está lendo muito algum filósofo existencialista...

É claro que é prá dar sua opinião, mas do jeito que você está colocando as tuas teses, é como se elas fossem absolutas e não são como enfim, você mesmo afirmou.

Mas agora você me confundiu:" portanto, com a existência da morte, a vida passa a ser muito mais valorizada, pois ela é temporal e breve." mas você nãó está dizendo o tempo todo que a vida não é nada, tudo que agente faz é zero, e etc, e agora a vida "passa a ser valorizada"???

"Acredito que exista a possibilidade da vida ter uma origem consciente, mas mesmo assim não temos como afirma nem negar, o importante mesmo é viver como se tudo dependesse e morresse em nós mesmos."

Marcinho, se existe apenas uma possibilidade da vida ter origem consciente, você não acha que deveríamos pelo menos dar mais atenção a essa possibilidade? Sim, porque os motivos que me levam a pensar nisso são puramentes racionais.

"O que eu quero dizer é que na questão do filho, eu não penso assim, tanto que tenho um que é uma das “coisas” que dão mais sentido para minha vida hoje, mas, no entanto, expus isto como forma de debate para nossa reflexão."

aceito suas desculpas..kkkkkkk

sobre a definição do que é a vida:

"Concordo....mas como a resposta para a vida somos nós quem damos, segue-se a minha, que talvez sirva apenas tão somente para mim, mas ainda sim, é uma resposta, falha e inconclusiva como todas as outras."

Eu só quero que você pense bem se realmente a sua resposta lhe satisfaz ou se você está forçando uma barra para se tornar o trágico da confraria..rssss

Se a tua resposta é falha, inconclusiva, procure uma outra que seja menos falha, menos inconclusiva...(que de certo, não precisa ser a minha).

Marcinho, foi somente através da utopia que a ciência chegou aonde chegou. Uma utopia deixa de ser utopia quando é realizada na existência. Há 200 anos, era uma utopia curar a tuberculose, hoje é uma coisa corriqueira.

E quem não consegue caminhar tendo esperança de dias melhores, melhor lhe seria afogar-se do mar...do desespero...
Dj Rauer, Shoppenhauer disse…
Blz mano Eduardo?!

Eu naum tavo encontrano o link deste bagunho em meu pc, mais depois de mó trabaio kara, consegui chegar aqui novamente.
Pois bem, você me pergunta:

"Mas será que ter auto-estima e motivação é o sentido da vida?"

Naum, na minha opinião, pois o sentido da vida se parte a existir quando a pessoa carrega em si o desejo de viver e buscar escolhas boas de COMO viver.

Mais pra tudo isso, é PRECISO da "auto-estima", pois uma pessoa q só vive de "baixa-estima" naum tem nem vontade de viver mais, dirá encontrar algum sentido pra esta vida...

"Motivação" é a outra chave q nos faiz permanecer impulsivos a viver em busca de novos sentidos...

É por isto q eu disse q o sentido da vida se foca na "auto-estima" e "motivação", pois é a partir destes bagunhos que desencadeia os encontros com os sentidos q a vida nos proporciona.

Salve mano!!
Eduardo Medeiros disse…
Marcinho, diz a verdade, que tu tá fugindo do assunto kkkkkkkkkk

"Sua fala: “Só que agora você tem que me responder baseado em quê e de acordo com quê você define de modo absoluto a não existência de sentido último para a vida e a sua absolutização no conceito sobre vida”


Minha resposta: Bem, isso já conversa para uma próxima postagem, até porque essa aqui já vai sair de cena, eu também não tenho mais tempo, tenho que me arrumar para ir trabalhar...

Grosso modo:

"mas posso dizer de grosso modo, bem grosso mesmo (rsrsrsr), é que o que serve para mim, que é minha visão, minhas idéias só sirvam talvez para mim mesmo, então eu posso absolutizar o que é a vida para mim, não de todo mundo, visto o mundo ser um pouco grande demais para eu reduzir em um conceito só."

Tudo bem mas não muito bem...se alguém dizer(bem a grosso modo) absolutamente que para ela o sentido da vida é matar gays, ela está equivocada, pois o seu sentido de vida vai contra a própria vida.

Então, há absolutos que de absolutos não têm nada, pois não passam pelo crivo de uma boa análise racional, ética e moral.

Não é bem o seu caso, mas dei um exemplo só para ilustrar.

Marcinho, dê o braço ao Gresder pois vocês estão cheirando a mesma coisa...kkkkkkkk

"Por isso que eu acho que às vezes, eu disse às vezes, há mais maldade na bondade, do que propriamente bondade na própria bondade!!!"

surtaram de vez...



Paulinha, é pensando que a gente evolui. Ou não. rssssss
Eduardo Medeiros disse…
Dj Rauer, põe o link da confraria nos teus favoritos, mano heeeeee.

Olha gostei muito da sua opinião:

" pois o sentido da vida se parte a existir quando a pessoa carrega em si o desejo de viver e buscar escolhas boas de COMO viver."

Foi exatamente esse desejo de viver e de ver sua tese publicada que levou o Dr Frankl a sobreviver ao campo de concentração. E claro, uma boa dose de sorte(prá quem acredita nela) pois muitos ali morreram.

valeu, mano, abração
Eduardo Medeiros disse…
Evaldo, vamos lá meu filho. Postagem!!!
J.Lima disse…
Eduardo.
Estou aqui para matar a saudade da CPFG.
Rssssss.

Frankl certamente acertou em Cheio na minha concepção.

O problema dos chamados apologistas das teoria filosóficas existênciais é querer estabelecer uma verdade objetiva, fora do sujeito, como padrão para o geral.

A realidade de cada um traz consigo a sua propria verdade e motivação para viver.Quero deixar um parágrafo de uma hermenêutica do poema Ulisses do Fernando pessoa que você já leu no meu blog:

O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo –
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar nas realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.

No poema de Ulisses, o que importa é que a lenda entra na realidade e a fecunda, ou seja, a vida ganha significado. O sujeito é fecundado pelo objeto da crença, e a partir daí, decorre. A vida está sempre embaixo, precisa de algo maior para transcender no seu significado.

Abraço a todos os amigos da confraria.

Esse parágrafo foi extraido do texto postado no blog: jl-reflexoes.blogspot.com
*Live with Love* disse…
Oie Brigada pela visita
É sou de Sorocaba,Sorocabana..rsrsr
Já te sigo
Otima semana