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Mostrando postagens de março, 2012

Ademilde Fonseca - Tico-tico no fubá (1942)

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Esse mês de março está de lascar!!  De lascar com a cultura popular brasileira. Primeiro o Chico, depois Ademilde e agora, Millôr !! Céus, onde vamos parar?  Como é triste perder três grandes talentos assim, um atrás do outro. De Ademilde minha mãe falava com orgulho: "Ela é do Rio Grande do Norte" (ela mesma, uma natalense orgulhosa). Ela costumava cantar para eu ouvir "Tico-tico no fubá" , música de Carmem Miranda e grande sucesso de Ademilde. E eu, garoto, reclamava: "Canta mais devagar, mãe, não estou entendendo nada..."  Saudades  de Ademilde. Não foi da minha "época" como gostamos de dizer, mas eu tenho o péssimo hábito de admirar cantores que não foram da minha época. Saudades também da minha mãe, que apesar de viva e com boa saúde, mora hoje quase que completamente num mundo só seu. O Diário do Nordeste publicou uma síntese da sua carreira: Em 1941, foi para o Rio. Na cidade, receb...

Compra premiada, ou conto do paco?

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Religiosidade, crenças, adoração a deuses ou qualquer outro tipo de fobia inserida na mente de crianças é de uma violência ímpar e o ato me causa ojeriza. No entanto por ser uma vítima consciente das seqüelas causadas pelo cristianismo em minha família, sempre abordo o assunto com indignação. Causas ancestrais é o motivo desta indignação. As principais: Um Bisavô, uma Avó e um primo distante. O primeiro; meu bisavô materno que foi um apaixonado pastor e fundador da 1ª Igreja Batista de Vitória da Conquista (BA), onde a família era radicada. Regia sua vida baseada nos preceitos, nos ensinamentos e no amor a seu Deus. Foi um fiel seguidor de seu Deus e a ele dedicou sua vida. Não era um aproveitador. Sem delongas... Morreu na meia idade, louco, pobre e enjaulado numa suja gaiola que não serviria para seu chiqueiro em tempos áureos. Mas não perdeu a fé mesmo tendo a doença e a pobreza como prêmios. Seguiu o exemplo de Jó. E daí?... A  segunda foi minha avó. Era proprie...

A semente de Noé e a semente de Caín

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“E há quem procura virtudes na raça humana sendo que seu próprio criador se arrependeu do feito” (Altamirando Macedo) Pegando ainda esse fiapo das discussões do texto anterior, quero destacar essa frase do Altamirando. Nas narrativas do Gênesis, de fato, Javé arrepende-se de ter feito o homem. Assim traduz o texto a Torá da Editora Sêfer: “E o Eterno viu que era grande a maldade do homem na terra, e que todo impulso dos pensamentos do seu coração era exclusivamente mau todo dia. E arrependeu-se o Eterno de ter feito o homem na terra, e pesou-lhe em seu coração. E disse o Eterno: ‘ Farei desaparecer o homem que criei de sobre a face da terra(...) Esse texto da Torá nos mostra uma reflexão bem pessimista do autor em relação ao gênero humano. O mau e não o bem é o que   impulsiona o homem; o vício e não a virtude é o que lhe faz companhia;   O ódio e não o amor é o que ele expressa em suas relações com o outro. Chega a ser comovente ...