Se eu fosse você, se eu tivesse a grandeza atlética que você tem, se eu tivesse o carisma dentro e fora de campo que você tem, eu estaria cagando e andando para os gritos de "macac@" das torcidas adversárias.
Eu olharia, daria um sorrizinho maroto, e responderia com dribles, com passes, com gols, muitos gols, com dancinhas.... sim, dancinhas (isso os irrita profundamente) com muitas dancinhas, só pra irritar ainda mais a torcida racista adversária.Você é grande, Vini!!
Futebol gera paixão, e muitas vezes, paixão desvairada, acéfala, aguerrida, combativa e belicosa.
Eu sei que o racismo pega em você de um jeito que não pega em mim. Nunca fui chamado de "macac@".
Não tô na tua pele mas se fosse eu....EU, se fosse, não daria a mínima bola para a torcida racista. Deixem as vozes de fora te defender.
Faça gols, gols, gols, muitos gols. Só de raiva, seja o melhor do mundo e ganhe o prêmio da FIFA. E eis que te digo, eis que te falo...não está longe desse dia chegar. Você é um craque que carrega no seu DNA aquele futebol moleque que tanto fez a fama do futebol brasileiro.
O teu Real Madrid tem vários pretos. O negócio é contigo, Vini, o negócio é com o craque do time!!!
E sabe o quê mais? Todos nós somos meio macac@s...diz a biologia evolutiva que são nossos primos, possuem cerca de 98% dos nossos gens.
Os imbecis estão sendo racistas com eles próprios...
Sabe o quê mais, Vini? Manda um banana para os torcedores racistas.
Comentários
Ele como jogador de futebol é maior do que toda aquela gentalha junta que o chamou de "macaco". Seu patrimônio supera sabe-se lá quantas vezes todos os bens e rendimentos dos tais imbecis, muito embora o ser humano não deve ser medido pelo dinheiro que possui.
Todavia, o que muito mais importa é a ofensa que transcende os muros de um estádio e atinge uma questão política e histórica muito séria. Isto porque os xingamentos vão além das provocações feitas numa partida de futebol e jamais poderão ser respondidas com o jogador fazendo multos gols e mais gols...
Sendo assim, considerando as razões históricas da escravidão dos negros durante séculos e a colonização da África pela potências europeias, conforme fora estabelecido na Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, além das consequências até hoje existentes dessas mazelas do passado para a população de origem africana e para os afrodescendentes, obrigando muitos a migrarem para os países ricos, não se pode simplesmente ignorar o caso.
Portanto, o Vini precisa se importar e muito com o que aconteceu, mesmo que tal ofensa não esteja doendo tanto nele quanto num outro negro que atravessou o Mediterrâneo correndo o risco de sofrer um naufrágio e até agora só conseguiu subempregos em solo europeu com remuneração bem inferior aos trabalhadores do local. Afinal, seu caso servirá de incentivo para tantos imigrantes de pele escura maltratados nas cidades espanholas e que possuem os mesmos direitos como seres humanos dignos que são.
Continue na luta, Vini!