Sem pena de morte: Sem redençao

Acreditar que Jesus não defenderia ou se oporia a pena de morte como forma de condenação de um governo é de uma ignorância decidida. Dar a outra face ou perdoar ilimitado tem a ver com questões pessoais de homem pra homem, coisa que os que defendem o tal perdão cristão não fazem, pois se baseiam numa ética de lava mãos, numa ética genérica falsa e hipócrita de perdão geral quando nunca dão perdão pessoal, perdão visceral frente ao próximo que lhe atravessa o caminho.

Mais ainda: a vontade de querer ser cristão bondoso e humano, e de pregar um tal perdão, cegam mais ainda, por que nunca fez parte do perfil de jesus se intrometer em questões de politica e sentenças jurídicas de um povo. Nunca uma palavrinha só em relação a forma de penalidade de um regime, ele mesmo foi condenado a uma pena de morte, e não disse nada a respeito, antes respeitou a forma de penalidade, na qual justamente foi preso por questões de ordem publica. E o mais incrível, e ridículo por parte dos cristãos que acham que ele não defenderia uma pena de morte é que sem a existência de uma pena de morte ele não morria, e não os redimiria de suas burrices eternas. 

O que o cristão defende hoje é uma ética que Max Weber classificava como a ética do lava as mãos, uma ética que tira o corpo fora das consequências sociais, uma ética que não se importa com questões de saúde publica e quer defender o que nem sabem, nem entendem, que querem parecer defensor de uma moralidade elevada, de uma bondade humanitária regeneradora, mais que não cabe em um mundo onde a única ética possível é uma ética de responsabilidade, que mede por cálculo estatístico frio que seria melhor um bandido morto por uma pena de higienização da sociedade, do que três a mais inocentes assassinados por ele durante sua trajetória de crimes.

Dietrich Bonhoeffer um cristão a-religioso com sua vida e escritos já tinha se posicionado contra essa ética falsa crista do lava as mãos. Dizia se um louco viesse no caminho de tal forma que sua trajetória insana ceifaria vidas inocentes, e o único meio de lhe impedir fosse tirando sua vida, o cristão tinha o dever de o fazer. Ele participou do atentado conspiratório contra Hitler, pena não ter dado certo, milhares de vidas seriam salvas enquanto o ditador e seus generais mortos.



Esdras Gregorio

Comentários

Gabriel Correia disse…
A unica forma de fugir do eterno perdoar e ou do eterno castigar e trazer todas as questões para o Homem a Homem. Grupos buscando bodes expiatorios já deu! Chega de covardia! Até Deus, o mundo já massacrou. Chega não vai adiantar! Deus massacrou o povo desde a criação e depois se deixou massacrar pelo povo! Castigo não adianta! Só o amor! E amar não é frescura não! Amar de verdade, muito pelo contrario, é se relacionar com verdadeira coragem, que por sua vez é agir sem covardia! Mate você, com suas proprias mãos, quem você acha que não merece viver! Mas só depois que vigorar a lei da não covardia, por que duelos foram proibidos no mundo todo. Execuções ainda valem, para mafias e alguns governos.
Não tenho certeza, mas me parece que Bonhoeffer arrependeu-se de atentar contra a vida do Führer.

Recentemente o país inteiro ficou chocado com a execução de um de nossos compatriotas pela Indonésia. Uma barbaridade!

Penso que a pena de morte é absurdamente cruel e pode condenar um inocente da maneira mais injusta sendo que nada poderá lhe ser reparado caso se configure depois o erro judiciário em seu processo.

Sejamos defensores da vida!
Blog encantador,gostei do que vi e li,e desde já lhe dou os parabéns,
também agradeço por partilhar o seu saber, se achar que merece a pena visitar o Peregrino E Servo,também se desejar faça parte dos meus amigos virtuais faça-o de maneira a que possa encontrar o seu blog,para que possa seguir também o seu blog. Paz.
António Batalha.