Olá, confraternos. Vocês estão aqui por uma razão.
E a razão é que eu quero jogar um jogo.
O jogo da bondade
Não vale ser bom por mérito próprio, pois ninguém é essencialmente bom.
Não vale ser bom para satisfazer o ego, pois isto seria apenas egoísmo.
Não vale ser bom para conseguir recompensas, pois isto seria interesse.
Perde ponto quando lançar em rosto um bem que fez a alguém.
Quando se arrepender de um bem que fez.
Quando se gabar de um bem que fez.
Quando divulgar uma boa ação.
Que os jogos comecem...
Comentários
Gostei da grande mini-postagem. Digo grande por que ela encerra tudo que há no Homem, em poucas palavras.
Mas me diga uma coisa:
Quem será o Juiz desse interessante JOGO? (rsrs)
Neste jogo tem um blefe.
"Não vale ser bom para conseguir recompensas, pois isto seria interesse".
Ninguém dá algo em troca de nada. Nem Deus fez isto.
Quem dá, de alguma forma já recebeu.
A frase do Isaía definiu tudo: A própria consciência é nossa maior juiza.
Pois não bondade pura em si mesmo, no sentido de altruismo puro e genuino, pois no máximo que se consegue chegar é pelo prazer de ser bom, e saber que se é.
Ou seja, há mais maldade na bondade, do que na propria maldade mesmo.
Abraços a todos!
quando vi a foto desse sombrio palhaço(é um palhaço?), símbolo de um dos maiores sucessos do terror, Jogos Mortais, achei que você fosse comentar sobre o lado sombrio da humanidade; mas então, num "choque térmico", você vem falar de bondade...
Acredito que haja poucas pessoas elevadas no mundo que possam fazer o bem apenas por causa do outro que recebe o bem que ela faz. Não sei se sou capaz de fazer isso. Sempre quando faço algum bem a alguém, me pego sentindo uma satisfação interior de estar fazendo o bem...
Mas sua pequena-grande postagem fez até o grande teólgo ateu do vazio existencial aparecer por aqui depois de anos...rsssss
O sentimento passageiro de bem-estar por ter praticado o bem não é maligno. O que gera o mal da justiça própria ou do mérito próprio é concluir falsamente que um ser humano consegue ser intrinsecamente bom.
Pode ser recitado como um grande ensinamento, na prática não é fácil, mas se as pessoas ao menos tentassem o fazer o mundo seria bem melhor.
Abrç
End Fernandes
...
Abraço.
A saudade te fez voltar? Acho que podes estar dizendo a verdade do teu ser em si (rsrs)
Estás a estudar psicologia e, sabes muito bem a origem da saudade. Sabes muito bem que ela é aquele sentimento nostálgico de voltar ao começo e começar tudo outra vez.
Plagiando o Gonzaguinha de saudosa memória:
Saudade é ter:
A fé no que virá
É a alegria de poder
Olhar prá trás
É ter que voltar a Confraria
E de novo, viver
Nesse imenso salão...
Pode ser que o apóstolo Paulo tenha perdido dois pontos nos seguintes quesitos:
1. Não vale ser bom por mérito próprio, e
2. Não vale ser bom para conseguir recompensas
Com imensa satisfação, ele escreveu a seu grande amigo Timóteo, o que iria ganhar por ter sido “bom”.
Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, aguardo o prêmio (coroa da justiça), a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; ...
Então quem não é um cristão não pratica a bondade. É...Lê quem quer, ou quem sabe.
A maldade é uma característica do ser humano assim como a bondade. Quanto mais evoluido, mais perverso é o ser humano. Quanto mais fundamentalista, mais cruel. A história está aí para mostrar. Só dá, quem recebeu sobrando.
Talvez, eu tenha dado dois pontos negativos para Paulo, por imaginar que o apóstolo fosse um igual a mim. No meu pensar e na minha imaginação vai muito de minha subjetividade. O meu olhar está sempre contaminado por ela. (rsrs)
Em sendo assim, fui mal em pensar que Paulo pudesse ter os mesmos defeitos meus.
Você não está sendo muito cruel com o ser humano?
Quanto mais evoluído, mais cruel?.
Isso quer dizer: quanto mais maduro, mais crescido, mais científico for, mais bárbaro será?
E tu ainda és o mestre dos gibiz??? rsrsrs
Pois saiba que o sentido que damos a vida, parte do vazio, é isto mesmo...só quando estamos vazio (a famosa "falta") é que buscamos preencher (sentido).
Então, segundo você, o “Generoso” também é um egoísta?
Abraços
Segundo o psicanalista, Flávio Gikovate, 95% dos casais são constituídos por um egoísta e um generoso.
O generoso, cada vez cede mais no intuito de satisfazer o egoísta. E o egoísta, por sua vez, exige sempre mais do generoso.
Mas essa simbiose acontece em todo grupo de pessoas, até mesmo no mundo virtual. Ou não?
Acho que estou sendo muito bonzinho com o ser humano.
Um exemplo: Em 1930 a Alemanha era o país mais desenvolvido e considerado ícone da inteligência mundial. Viu no que deu?
Dois exemplos: Você conhece a história dos EUA?
O 11 de setembro caracteriza o fundamentalismo cruel e a evolução perversa.
O ato de Lula demonstrou, mais uma vez, seu lêdo engano. Dilma provou não ser sua cria nem ele tem condições de ofuscá-la. Só reafirmou sua fanfarronice egoísta.
Eu não ponho nada na sua boca...você é quem pos....mera ilusão e desconhecimento de quem já foi um dia tão fundamentalista quanto é agora...nenhum cristão faz por simplesmente "querer" fazer, ou pior, por "amor ao proximo", mas antes, pela ganancia de recompensas advinda de deus...no minimo, para ficar bem na finta com seu amigo imaginario, consigo mesmo e com o proximo.
Mas até mesmo o generoso é egoista, pois se o faz, faz no intuito de ao agradar o outro estar agrandando primeiramente a si mesmo.
O choro da criança ao nascer é uma reação de agressividade, porque foi tirada do aconchego uterino. Há bebês que quando não estão satisfeitos, mordem os mamilos dos seios que lhe dão prazer.
Então esse "BOM" no sentido de não ser agressivo,não existe nem para o próprio DEus que o temos como um imago paterna antropomórfica.
O choro da criança ao nascer é uma reação de agressividade, porque foi tirada do aconchego uterino. Há bebês que quando não estão satisfeitos, mordem os mamilos dos seios que lhe dão prazer.
Então esse "BOM" no sentido de não ser agressivo,não existe nem para o próprio DEus que o temos como um imago paterna antropomórfica.
Márcinho-teólogo-ateu-da-existência-sem-sentido disse:
Porque nem "deus" consegue ser "bom puramente em si mesmo", pois até o "todo-poderoso" requer condições para "abençoar" ou/e "salvar" os "pecadores".....se ele é assim, imagina a sua "criação" que é reflexo seu.
Você como um bom conhecedor da teologia, sabe esse é apenas um possível cenário em meio a outros no pensamento teológico. O universalismo, por exemplo, baseado em textos bíblicos, não vê deus impondo nada a ninguém para salvar a humanidadede.
ambos estão entranhados em nossa essência. hitler não era ABSOLUTAMENTE MAU do mesmo modo que Madre Teresa não era ABSOLUTAMENTE BOA.
Transitamos entre esses dois polos. Uns mas para um lado, outros para o outro.
A afirmação do márcio é RIDÍCULA e não pode ser verificada empiricamente (ah, a quanto tempo eu queria debater com alguém sem precisar ser polido..kkkkkkk):
"há mais maldade na bondade do que na maldade mesmo"
responda-me seu mané: você prefere ser surrado por alguém "mau" só por que não foi com a tua cara e te deixou a beira do caminho sangrando até a morte ou ser ajudado por alguém "bom" que queira te salvar por para "egoisticamente" se sentir melhor?
Ou seja, é preferível que todos os "iludidos" religosos façam o bem para alcançarem o céu ou uma futura melhor reencarnação(satisfação própria) do que os "maus" façam o mal apenas para satisfação própria.
Discussões psicológicas, antropológicas, teológicas das motivações de se fazer o bem não vem ao caso, já que fazer o bem é em si mesmo, um ato ELEVADO, um BEM, independente das motivações interiores às vezes inconscientes; DESDE QUE O BEM SEJA FEITO - QUE SE COMECE O JOGO...
Confessem, aqui, confrades, um bem que vocês tenham feito a alguém(ainda que de modo egoísta, consciente ou não) e que o bem não foi bem recebido por quem o recebeu.
Quando o samaritano estendeu a mão ao homem ferido por ladrões na estrada, ele não perguntou se as motivações do samaritano eram "puras", "não egoístas".
Se fosse você ali no chão ensaquentado, perguntaria?
O resto, como dizia o nobre FHC, é Heinhenhen.
Edu, meu caro você falou mais do que a "Nêga do leite", deu uma guinada de "360" graus e agora vai ter que procurar o Edson que está com labirintite. He, he, he...
A relação cristã com Deus é interessante. Deus pede seguidores fiéis e em troca oferece longa vida e bonanças aqui e no pós morte.Quer que eu cite a bíblia? O fiel acredita. Em vida, quando acontece a bonança agradece a Deus. Quando ocorre uma desgraça, acredita que foi designada pos Deus e agradeçe por sua vontade. O convencimento é tanto que alguns distribuem dinheiro achando, com isto, que estão comprando um pedacinho do céu. Isto não é egoísmo, é fé.
Suas pertinentes colocações sobre a bondade no texto do tópico fez-me lembrar a carta de 1Coríntios cuja autoria é atribuída ao apóstolo Paulo. Ali o texto nos diz:
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." (1Co 13.1-7)
Não acho que a bondade seja um jogo. Eu a vejo como uma necessidade para vivermos melhor em sociedade. Também considero que ela se desenvolve debaixo da graça de Deus, quando nos tratamos com a graça e perecebemos que o Eterno e Rei do Universo nos aceita pelo que somos, não pelo que fazemos.
Vou dar uma lida depois nos comentários daqui, se Deus assim permitir, pois pelo visto o debate está bem quente.
Abraços.
Beijo amigo.
Quando o homem hebreu antigo escreveu: , EU, DEUS CRIO O BEM E CRIO MAL" , ele não poderia estar, inconscientemente, projetando os seus próprios afetos ou instintos bons e maus numa imago paterna severa ou autoritária, por ele percebida como Javé(O EU SOU...)?
Isso que você disse aí é muito contundente. É uma arma de dois gumes. A massa que recebe o bolsa família coloca o PT lá em cima, um pouquinho abaixo de DEus. E agente sabe muito bem que os meios "virtuosos ou piedosos" da quadrilha que se instalou no poder são para outros FINS. (rsrs)
Bem, no caso do samaritano, penso que não houve egoísmo algum em sua ação, pois ele estava ajudando um "igual" .
existe uma explicação teológica para Javé criar o bem e o mal. No pensamento dos grandes profetas, no caso aí específico de Isaías, buscavam entender por que o povo de Israel, escolhido de Javé, estava agora sendo massacrado por vários impérios ao longo de sua história. Onde estaria a glória do reinado de David e do templo de Salomão?
Ora, nada mais certo do que entender que o "mal" também vinha de Javé, pois Levi(conforme sua análise da imago paterna projetada), Javé agora castigava seu filho Israel pela sua desobediência à Lei.
"Lúcifer"(que nem mesmo é nome próprio de nenhum ser angelical)não tem nada a ver com o mal no pensamento dos profetas.
interessante sua colocação
Bem, no caso do samaritano, penso que não houve egoísmo algum em sua ação, pois ele estava ajudando um "igual" .
Sem dúvidas, os políticos populistas fazem "o bem" ao povo cheio de segundas intenções; mas quando fazemos o bem a um "igual" o que esperamos receber de volta? O que o igual tem que eu não tenha?
Egoismo de quem?
e se o rico do teu exemplo for um ateu?
O que é consciência para você?
Penso que a interpretação dos fatos é muito afetada pela cultura na qual vivemos bem como pelos valores do meio que nos cercam.
Você citou a pedofilia. Bem, sabemos que, no passado, nada tinha de errado um homem de seus 50 anos desposar uma adolescente de menos de 14 anos. Nesta idade, as moças já eram consideradas mulheres e menos do que isto ainda era permitido. E em se tratando de escravas, aí que a restrição era menor ainda.
A própria Bíblia nos mostra a sociedade humana em época de valores bem diferentes do nosso. Através das Escrituras temos contato com uma cultura bem patriarcal e que aceitava a escravidão, a vingança e o ódio para com os inimigos. Se uma mulher não podia dar filhos ao marido, ela não ficaria com a consciência tranquila se não permitisse que ele dormisse com sua escrava, conforme fizeram Sara e as duas esposas de Jacó.
Contudo, uns entendem que a consci~encia está em evolução. Ou que, sendo ela pura (ou de uma origem pura), caminha rumo à sua essência, o que, por sua vez, pode coduzi-la a um aperfeiçoamento no decorrer de sua existência nas mais diversas dimensões.
Um homem que assalta os ricos e a classe média para dar de comer a seus filhos pode estar agindo com bondade maior do que as instituições de caridade que, com a desculpa de estarem ajudando o próximo, desviam para seus líderes parte do dinheiro das doações.
Assim sendo, não vejo dificuldades em alguém fazer o bem mesmo não se enquadrando nos padrões de bondade e mesmo "perdendo os pontos" ao satisfazer um pouco do ego, preocupar-se um tanto com sua reputação, arrepender-se de ter feito o bem, etc.
Em que sentido você quer dizer "mais evoluído"?
A meu ver, esta evolução significa consciÇencia de si mesmo, de seus próprios erros, de seu lado mal. E, se passo a dialogar melhor comigo e buscar conscientemente a prática do bem, logo estou evoluindo posiivamente e subjugando o lado perverso.
A ideia bíblica neotestamentária de crucificar ou mortificar a carne significa justamente aprendermos a sujeitar o ego. Então não há por que um sujeito evoluído ser mais perverso.
É claro que, na nossa caminhada evolutiva, ainda nos deparamos com muitos retrocessos, falahas e decisões erradas.
Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais temos consciência do quanto somos maus.
O que deve me motivar na busca do bem é que a bondade fará bem a todos (a mim, meus próximo, á coletividade e à vida como um todo).
Eu não nego que a prática do bem seja uma necessidade. Apenas não concordo com as falsidades praticadas, das quais nem eu e nenhum religioso estamos isentos de cairmos em saus armadilhas.
A célebre frase de que "melhor é dar do que receber" tem o significado de que o caminho correto é a caridade, o compartilhar. Logo, se eu subjugo o meu ego, passo a experimentar uma vida que me beneficia e consigo encontrar Luz para o meus ser. Ainda assim, não nego que de alguma maneira estou tentando ficar bem comigo mesmo e com o Universo, ainda que com menos engano do que, por exemplo, fazer a caridade do mão de vaca.
Já o ponto no qual eu concordo é que O ALGORITMO DE DEUS (nada a ver com o cubo mágico) é muito mais complexo do que o nosso cerebrozinho possa decifrar. Logo, nem tudo o que parece bom para nós é bom para Deus e vice-versa.
Pois bem. mas e se o samaritano estivesse com dificuldades financeiras e não pudesse ajudar com tanto nenhum centavo porque seus filhos estavam passando fome? Neste caso, a sua ajuda seria desqualificada? Teria lhe faltado a fé? Perderia pontos com Deus porque ajudou menos?
Tenho pra mim que aquilo que ele fez foi feito dentro do que ele poderia. Já o sacerdote e o levita, eles estavam tão presos às leis cerimoniais que pensaram consigo mesmos: "não vou me arriscar a ajudar este moribundo caído no chão porque pode ser que ele já esteja morto que, seu eu tocar nele, vou contaminar-me com um cadáver".
Bem, este é um aspecto que poucos refletem na parábola do bom samaritano. Na visão do sacerdote e do levita, melhor seria evitarem ficar impuros cerimonialmente do que salvar a vida de alguém. Estavam tão engessados com a cultura e com a religiosodade que para eles melhor seria se manterem puros do que arriscar tocar num cadáver salvando a vida de alguém.
Desta maneira, aprendemos aqui que a bondade se exercita mesmo no exercício da nossa humanidade. E muitas vezes para sermos humanos, precisamos nos despir da idumentária cultural e religiosa tal como eram os "porcos samaritanos", sem nenhuma expectativa de aceitação no Templo judaico e mais livres para amar.
Se compararmos 2Samuel 24.1 com o seu paradigma 1Crônicas 21.1, veremos que neste foi Satã quem instigou Davi a pecar fazendo o censo, enquanto que naqule teria sido a "ira do SENHOR". Isto porque, sendo 2Samuel um texto de provável origem pré-exílica, não consta ali a ideia da personificação do mal. E, sendo assim, acreditava-se que o Eterno seria o criador do bem e do mal.
A personificação do mal foi resultado da influência do maniqueísmo persa sobre a cultura judaica.
Até então, os profetas pré-exílicos não compreendiam o termo satã como o substantivo de um ser maligno, mas sim como um opositor. Tanto é que, na Torá, o satâ de Balaão foi o Anjo do Eterno, conforme Números 22.
Penso que ajudar o outro espontaneamente deve ser algo bem humano.
E, por ser uma atitude humana, também não podemos exigir que o homem verdadeiramente caridoso seja capaz de ir às últimas consequências.
Quando o leproso samaritano veio agradecer Jesus pela cura, o Messias queixou-se da ausência dos outros nove. E isto foi uma reação bem natural mesmo partindo de alguém que, conforme lemos nos evangelhos, curava sem querer nada em troca e ainda pedia discrição das pessoas para que não espalhassem os benefícios recebidos.
Será que, na hora de ajudar alguém, não pode passar pela cabeça do bom samaritano a ideia de que Deus ficará feliz com sua atitude e lhe retribuirá?
Também não seria humano o bom samaritano desejar que o homem por ele ajudado na estrada de Jerusalém para Jericó poderia lhe retribuir algum dia aquele favor?
De nada disto estamos isentos. Mas o interessante é que, na parábola, o bom samaritano nem vivia da prática institucionalizada da caridade. Ele só agiu naquele caso em que um viajante todo machucado foi encontrado no seu caminho. Dali, ele deve er levado uma vida normal como qualquer ser humano. Talvez tenha ido trabalhar, cuidar da família, ver seus bichos de estimação ou simplesmente descansar.
Penso que devemos contribuir por consciência.
Dar esmolas a alguém é ajudar um ilgual.
Contribuir financeiramente com uma igreja (não precisa ser o dízimo) poderia muito bem ser uma manifestação da consciência preocupada em custear a manutenção do local onde as pessoas se reúnem (cobrir gastos com aluguel, telefone, luz, funcionários, etc) e investir em projetos evangelísticos para o bem da humanidade. No Israel antigo, o dízimo era um tributo que tinha uma destinação específica sustentar os sacerdotes, os levitas e também aos pobres, viúvas, órfãos e até mesmo estrangeiros peregrinos que, na certa, deveriam ser refugiados de guerras ou da fome.
A maneira como o Miranda colocou, o sujeito ateu seria anti-social e com uma sensibilidade fechada para inúmeras coisas.
Ora, se for assim, então quantos religiosos "ateus" não existiriam por aí? Vejamos que os líderes charlatões das grandes denominações religiosas pensariam como "ateus" quando montam esquemas financeiros para arrancarem grana dos trouxas.
Dentre as religiões da humanidade, há quem considere o budismo e o taoísmo como não teístas. Principalmente o taoísmo. Porém, sendo esta uma religião de ensinamentos, eles têm regras sobre como a pessoa deve proceder em relação ao pobre.
Ora, a respeito do que estamos tratando, pouco importa o sujeito ser ateu ou crente. A manifestação de sua bondade é que resulta de uma sensibilidade pessoal junto com a atitude tomada em relação aos casos concreto apresentados pela vida.
Também é possível eleger-se presidente, fazer o bem aos pobres e se comprometer o necessário para a sua manitenção no poder e roubar o suficiente para o caixa dois nas próximas campanhas.
Um dos motivos pelos quais tenho me mantido afastado da vida partidária é justamente porque a minha eleição iria depender de comprometimentos contrários aos meus ideiais de ética e de honestidade. Para tentar executar as coisas que sonharia fazer na política para benefíciod a coletividade, seria preciso engolir uma série de sapos, dar emprego a gente que não tem condições de me assessorar, ficar devendo favores pr aoutros políticos e empresários, bem como acabar me sujando.
Contudo, não julgo pessoas que estão lá por algum ideal e precisam da grana do caixa dois e até mesmo do desvio dde uma certa quantia para chegarem ao poder e se manterem lá. E, embora elas precisem mentir pra coletividade de que não roubam, estão de consciência limpas perante si mesmas, crendo que se não fossem elas estando ali, o poder estaria nas mãos de gente muito mais opressora.
Ora, será esta a lógica dos petistas e da esquerda reformista que tem estado há quase 10 anos no governo federal? Mas se eu não sigo o caminho deles é também porque deixei de acreditar no sistema.
E falando em Deus, penso que até um político bem comprometido pode agir conforme o coração do Eterno...
Você não acha que Javé se revelava de acordo com o estado psicológico do profeta?
O profeta ficava irado quando via o povo desobedecendo ao que no seu imaginário tinha sido determinado por Javé, que é igual a Javé irado.
Quando o profeta desejava exterminar o adversário, via Javé como comandante do exército vitorioso.
Quando o profeta se sentia realizado com as vitórias, Javé se regozijava e abençoava seu povo.
Olhando bem a história dos profetas, veremos que eles agiam de conformidade com a sua imaginação e seu estado emocional.
Quando um profeta estava em dúvida, ou em cima do muro, pedia um sinal, era para se certificar sobre
que polo imaginário ele poderia pender, sem o risco de ser derrotado.
O que se passava pela mente de um profeta quando desejava enganar, era projetado para a mente de Javé, como está escrito em Ezequiel 14:9 - e quando um profeta se enganar, e pronunciar uma palavra, fui eu, vosso Deus que enganei esse profeta
Em função da imaginação, se verificava se o profeta era requintado, confuso, valente.
Eliseu estava num estado emocional de tanta irritação que para profetizar coisas boas para Jeroboão, teve que primeiro se deleitar com a música saída de um instrumento.
Quer dizer: o estilo de Javé falar estava em conformidade com a erudição e os dotes do profeta.
E por aí vai.... (rsrs)
sobre os RA você criou teses interessantes. Você está dizendo que RA não é capaz de ser altruísta?
E de fato, não existe meia virgem, mas com certeza, como você sabe, houveram vários tipos de cristãos. Eu por exemplo, me considero cristão mas nunca faço um bem a alguém esperando ir para o céu, já que não creio em céu.
O problema é que tem uma turma aí que monopolizou o termo "cristão" àqueles que somente sigam determinadas crenças. O cristianismo, desde os primórdios, sempre foi plural.
"Vinde a mim os que estão cansados que eu vos aliviarei". A bolsa primeiro.
Lembram-se? Lá atrás, lá atrás...
Pois é eu sabia disso.
O caso é que vocês pensam com a cabeça dos outros e não com a sua própria, porisso pensam pequeno e se acham altruístas dando esmolas. Ninguém precisa da desgraça do semelhante para se sentir bondoso.
"Ninguém dá nada em troca do nada". è um velho ditado.
"Dar é melhor do que receber". Isto é masoquismo. Ter prazer em ver nos olhos do faminto a satisfação por ter recebido o pão amassado que lhe sobrou.Mas existem alguns piores que param nos semáforos dentro do seu "FIAT UNO MILLE" com os dizeres "PRESENTE DE DEUS" numa tarja na tampa trazeira. Dá uma moeda de dez centavos ao pedinte e quand sai não vê o "brilho de felicidade" nos olhos do mendigo após ler a tarja.
Amar ao próximo como a si mesmo, não é dar suas sobras ao seu semelhante e se orgulhar disso, isto é crueldade mórbida.
Amar ao próximo é lutar por melhora coletiva. Vou parar porque meus conceitos a respeito são políticos e a religião está do lado oposto.
Não acredito em seitas altruistas, nem teístas nem ateístas. Os evangélicos se julgam os cordeiros de Deus na prática do bem ao próximo. Ser igual no sentido abstrato é fácil, difícil é agir como os essênios no quesito igualdade. Se me disserem que os ensinamentos dos essênios e seus atos eram o símbolo da bondade, aí sim. O resto é hipocrisia cristã.
E concordo inteiramente com você:
Amar ao próximo como a si mesmo, não é dar suas sobras ao seu semelhante e se orgulhar disso, isto é crueldade mórbida.
Digo evoluido em todos os sentidos, cultural e financeiro.
Mas você ja respondeu a pergunta que fez para mim, senão leia meu comentário abaixo. O ser humano é o mais imbecil dos animais e se diz criatura de Deus. Ainda bem que ele não existe. E se existe, este mal sucedido ato não foi dele.