Por Levi
B. Santos
Em meu peito a esperança ainda não esmoreceu por completo.
Tenho um fiapo de esperança que 2013 seja o ano da nossa
decolagem. Seja, enfim, um ano venturoso, como dizem os cartões de Natal.
Que o ano que se aproxima nos redima deste horroroso título:
o de campeão mundial em homicídio.
Que o número de homicídios, que vem declinando no mundo
inteiro não aumente mais a cada ano em nossa América Latina.
Tivemos em 2011, só no Brasil, cerca de 41 mil homicídios.
Nosso desejo é chegar, pelo menos, ao nível do Afeganistão,
que, mesmo em clima de guerra, teve 3.238 mortos durante 2011.
Este ano foram assassinadas 112 pessoas por dia na nossa
gentil pátria. Seria uma boa, se no próximo ano pudéssemos chegar ao atual nível
do México: 71 assassinatos por dia.
Por que tantos assassinatos? Por que tanta violência meu
Deus?
Seria a pobreza a sua causa? Mas a China tem mais pobres e
menos homicídios!
Seria o consumo de drogas? Mas os EUA são os maiores
consumidores de drogas e estão muito atrás de nós nas taxas de homicídios!
Seria o narcotráfico, meu Senhor? Mas o Marrocos vende
drogas para Europa e a taxa de homicídios é muito inferior a do México e a do
Brasil!
Seria a democracia a culpada? Mas a Índia – a maior
democracia do mundo e um dos países mais pobres do mundo tem um índice de
homicídios muito mais baixo que o nosso!
Seria a falta de Educação? Mas o
Brasil é o país que mais possui alunos na Universidade de Harvard!
Seria a impunidade? Mas no Brasil o STF aumenta a sua
produtividade a cada ano!
Seria a falta de Leis?
Mas, o Brasil é o país que tem maior quantidade de leis e decretos do
mundo!
Seria a ausência de religiosidade? Mas o Brasil
é o segundo país cristão do mundo: tem 123 milhões de católicos e 43 milhões de
protestantes.
Seria a inexistência de saúde pública? Mas nós temos o maior
sistema de saúde gratuita do mundo: o SUS!
Seria a desigualdade social? Mas nós temos o maior programa
eleitoral de distribuição de mesadas à população de baixa renda: o Bolsa
Família.
Enquanto 2013 não chega, caro leitor, mergulhemos mais em
nós mesmos, para ver se encontramos as causas de tantos males.
P.S.:
Texto
baseado no artigo ― “Uma Tragédia e Uma
Esperança” — do cronista de origem Venezuelana, Moisés Naím , publicado na Folha de São Paulo de 14 de
dezembro de 2012.
Comentários
Você não falou na miscigenação. Nós somos fruto de uma heterose inconseqüente usando três raças continentais distintas com características diametralmente opostas; A raça indígena, a ibérica e a negra. Pode estar aí o motivo da nossa involução.
A mentalidade do homem, seu carater e sua conduta são determinados pela influência decisiva do meio social. Em nossa sociedade cultivamos o "jeitinho" de se dar bem. A desonestidade se tornou sinônimo de inteligência e banalizamos a falta de carater. Nossos governantes são da masma essência. Grãos da mesma safra.
Temos a reger o nosso destino, as três mulheres mais poderosas da república: Dilma Roussef, Gleisi Hoffmann, e Ideli Salvatti
Será que esse trio de sangue Europeu (uma de origem Polonesa, outra de origem Alemã e outra Italiana) vai dar uma sacolejada para melhor em nossa República?
A Ângela Merkel, na Alemanha, está sustentando o EURO. Mas os de sangue Latino como Portugal, Espanha e Itália estão querendo sabotar, usando o famoso jeitinho brasileiro. (rsrs)
Por falar nisso, Lula está pela Europa divertindo muita gente. (kkkk)
Levi, é verdade, nunca tinha reparado que essa trindade política tinha sangue azul...das três, a Ideli é a pior. Até gosto da Hoffmann(belo sobrenome!!!) pelo charme; e da Dilma o que dizer? ao mesmo tempo que procura passar a mensagem que é independente do Lula, está sempre procurando seu mentor para opinar em algum probleminha no governo e parece que também nada sabia do mensalão...mas acho até que ela vem fazendo um bom governo; é discreta, não gosta de aparecer (como o Lula), não gosta de fazer discursos de improviso (o que lhe salva de muitas gafes) e tem fama de durona.
Enquanto os brasileiros “cristãos” oram pelos países do oriente médio, aqui na nossa pátria mãe gentil tem 67 cidades com índice de homicídio superior ao do Iraque. (kkkkk)
Vide o link:
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,brasil-tem-67-cidades-com-indice-de-homicidio-maior-que-o-iraque-diz-estudo,810996,0.htm
A notícia de que soldados israelenses e manifestantes palestinos protagonizaram o pior confronto dos últimos três anos na Cisjordânia e na faixa de Gaza, que resultou em cinco mortos e cerca de 300 feridos, na segunda-feira 15, ganhou destaque na mídia em todo o mundo, inclusive no Brasil. No mesmo dia, uma batida policial nos morros do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, em Copacabana, provocou o mesmo número de baixas.
Que os árabes e os palestinos, mandem Alah e seus missionários para cá (rsrs)
Vide link:
http://www.istoe.com.br/reportagens/37611_MAIS+QUE+COINCIDENCIA
Vejam o que Jarbas Medeiros, cientista política, professor do mestrado de política da Universidade Federal de Minas Gerais tem a nos dizer sobre nosso Brasil:
"...desde o início do período republicano, o país nunca teve realmente governos, poderes e partidos representativos, na escala e dimensão necessárias, dentro do conceito republicano e liberal-democrático...nossos governos têm, invariavelmente, sido representantes fiéis, habilidosos, sutis, articulados, inteligentes e perversos (quando assim julgam necessário) de oligarquias regionais e de conglomerados nacionais, antigos e modernos. República inacabada, pois, a democracia é sempre abortada, ou se tanto, apenas formal, ou então extremamente localizada, aqui e ali...não temos cidadãos, a não ser muito escassos e localizados, estrategicamente localizados, aliás, mais súditos os temos em esmagadora maioria..."
Será que todos os nossos males têm origem política?
Entendo que uma parte de nossos males é intrínseca à nossa natureza. Outra parte de nossos males é reflexo da herança portuguesa. Queira ou não queira o Brasil foi fruto de Portugal que uniu o Estado a Igreja. O império e a “fé-de-mais-que-não-cheira-bem”. O Rei imperial Salvador misturou-se ao Cristo-Salvador e deu no que deu.
Sérgio Buarque de Holanda argumenta que para um bom português a ociosidade sempre pareceu mais excelente do que a luta pelo pão de cada dia. O ideal português sempre foi uma vida sem muitos esforços em que a metade do ano era formada por feriados dedicados à santos com festas por semanas inteiras.
Naquele tempo só os parceiros do Rei tinham prestígio e dinheiro, como vigora até hoje.
É bom lembrar que tudo continua como D’Antes no quartel de Abrantes. Em 1824, além de o imperador ter poder de veto sobre a Câmara e o Senado, dava mesadas ao poder legislativo para não ser incomodado nos seus planos de dilapidar a riqueza do País, enviando-a para Portugal e Inglaterra.
Hoje, mudaram os personagens, mas o espírito continua o mesmo.
A História conta que os político quando se dirigiam a D. João VI diziam quase de joelhos: “ A nossa esperança está primeiramente em Deus e depois em Vossa Excelência!”.
Igreja e Estado juntos nunca cheiraram bem. (rsrs)
"..Sr a eleição fosse hoje, Dilma ou o ex-presidente Lula seriam eleitos no primeiro turno e que os petistas têm mais intenções de votos do que todos possíveis adversários."
Vide link:
http://g1.globo.com/platb/blog-do-camarotti/2012/12/17/apesar-do-favoritismo-de-dilma-para-2014-a-ordem-e-evitar-o-salto-alto/
Se você for ver a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui... (Caetano Veloso)
O nosso cenário político está sofrendo de algo que é muito perigoso para nossa débil democracia: falta de lideranças de oposição que sejam fortes e tenham discurso e ética. Bem, já desisti de procurar ética em nossos políticos mas ainda assim, precisamos de renovação. Por onde anda a Marina Silva?
A Marina Silva tem muitos admiradores, como Boff, Frei Betto, e Robinson Cavalcanti(já falecido). Até Lula e Zé Dirceu louvam a sua postura. Mas isso só não basta. Para subir ao pódio tem que negociar com a cambada do ”é dando que se recebe”. É aí é que a coisa degringola, pois sem “base” parlamentar ninguém governa.
Marina é da Assembleia de Deus, e deve está muito bem lembrada do imbróglio em que Tiago e João (filhos de Zebedeu) pedem um lugar de destaque no Reino Glorioso de Jesus: um queria sentar-se a direita e o outro a esquerda do seu trono.
O instinto de apropriação indébita vem de longe. (kkkkkkkk)
E agora, José?