Venha a nós o teu Reino sem culpas e sem traumas


Imagino um mundo onde sentir culpa seja o único pecado possível, além de se fazer mal a um semelhante. Mundo sem preconceitos disfarçados de dogmas religiosos recobertos de boas intenções. Uma sociedade em que o prazer sexual não seja demonizado, e no qual o amor em suas múltiplas manifestações seja sempre bem aceito e respeitado. Porque aquilo que não prejudica a mim ou ao meu próximo não pode ser jamais condenado ou mesmo questionado. E sou eu, em primeira e última instância quem deve determinar o que me faz bem ou mal, e não instituições religiosas (e) humanas.

Sonho com uma sociedade justa que não se auto-dilacere infligindo a si mesma e naqueles que vão vindo culpas as mais diversas em nome da “Moral” e dos “bons costumes”. Um lugar melhor, onde o cordeiro se apascente com o leão... ou em que o hetero e o homossexual convivam em plena paz e harmonia, considerando-se iguais como de fato são.

Desejo um Reino onde seja imperativo ser autêntico e onde toda forma de hipocrisia seja considerada pecado capital. Que os adultos ensinem às crianças o valor da sinceridade e de não se lutar contra aquilo que faz eles serem o que realmente são. E que toda forma de se privar alguém de ter prazer e satisfação consigo mesmo seja castigada. Ainda que isto se faça sob a sempre tirânica desculpa do “eu estou fazendo isto para o seu próprio bem”.

Onde não há culpa, também não há traumas, pois só se sofre por praticar algo quando se aprendeu que aquilo era “errado”. Que as culpas sejam erradicadas e que o amor seja livre em todas as suas formas e expressões. Que não se semeie o joio da culpa nos corações inocentes para que também não se multipliquem seres humanos doentes de alma, inquisidores das felicidades alheias, ressentidos, mal-amados e maus amantes.

Quanto sofrimento poderia ter sido evitado, se tantas culpas não tivessem sido inventadas! Quantas pessoas simplesmente nunca teriam se sentido “inadequadas”, “sujas”, “pecadoras” se jamais tivessem sido (des)-informadas de que aquilo que sentiam era “pecaminoso”, “antinatural” ou ainda um "abuso" cometido por alguém...

É preciso desconstruir um mundo repleto de traumas adquiridos pela experiência da culpa e erguer outro baseado no bem estar de todos, em sentido amplo e irrestrito, a começar pelo bem estar psíquico. Pessoas emocionalmente saudáveis, que não temem o diferente e que não se culpam por dar e receber prazer, têm condições de construir um mundo melhor. Basta notar o fato de que os países mais desenvolvidos social e economicamente também são aqueles igualmente mais evoluídos em relação à forma com que a sexualidade humana é tratada, desde suas primeiras manifestações.

Que venha a nós um Reino onde os diferentes entendam-se iguais, variações da mesma raça; onde todas as formas de amor sejam respeitadas, compreendidas como manifestações distintas daquele mesmo sentimento; onde as pessoas não sintam culpa por sentirem-se felizes e no qual os traumas simplesmente não existam.

Imagem: http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/files/2010/01/criancas-sol-foto-270.jpg

Comentários

Levi B. Santos disse…
DELE É O REINO QUE ACOLHE OS DIFERENTES


Sou grato por meu fracasso, em querer um só pensar.
Descobri que era só vaidade de uma mente obstinada.
Aquele ser que combatia, hoje vejo com outro olhar;
Não compreendia o outro, pois tinha visão obcecada.



Exatamente o contrário do que pensava aconteceu,
Pois aonde eu via covardia, já não vejo mais assim.
Via uma ação diabólica, mas eram os dedos de Deus,
Abrindo mais os meus olhos para ver dentro de mim.



Grato a Deus nestes versos, por todas as diferenças,
Se tudo fosse unanimidade, o diálogo não existiria,
Renovei o entendimento, e abandonei certas crenças:
De ver no outro um inimigo; julgando-o me defendia.


Parabéns pelo texto que me fez ir buscar esses versos no fundo do baú.

Abraços,

Levi B. Santos
Regina Farias disse…
Isaías,

Que oportuna essa sua postagem!

Pois sempre gosto de bater nessa tecla de que a culpa, tão grande culpa, é a grande culpada rss

Deus nos quer saudáveis e Ele mesmo se encarrega de nos desconstruir de todas essas malformações, essas deformidades que em nós foram despejadas pelas tais mentes doentias/inquisidoras. (Começando por Adão rsss)

Ele nos envia a Cura que não veio jamais para nos julgar e oprimir, mas para nos SALVAR!

E salvação é restauração, é cura, é bem-estar mental. Tudo isso se dá no nível psíquico e Jesus é a cura de todos esses males, "zerando-os".

Só passando por essa "limpeza" podemos ter relacionamentos saudáveis como principal ministério a nós confiados.

Gostei!

Beijos,

R.
Eduardo Medeiros disse…
Cara, como é bom fazer parte de um grupo de amigos onde em cada novo texto, novos horizontes de discussões se abrem e novas temáticas e possibilidades de crescimento se faz manifesta.

Gostei muito da tua UTOPIA!

Utopia sim, não somente no sentido de "não possibilidade", de "lugar nenhum", mas uma luz no fim de um túnel de tamanho quase infinito mas que acena com a possibilidade de se poder percorré-lo guiados pela luz final ainda que pequena, atômica e talvez não percebida, pela distância em que se encontra.

Mas impõe-se começar por nós a contrução da Utopia, onde enfim não haverá "judeu ou grego, mas Deus será tudo em todos", porque na verdade, deus já é tudo em todos, as pessoas é que ainda não perceberam pois estão mergulhados em MAYA (ilusão) de que somos diferentes e separados do universo.

Quando os olhos se abrirem, quando a ilusão passar, não seremos mais Eu-sou-um e o universo-é -outro"; quando a ilusão passar, todos nós saberemos que "Eu-sou-um-com-o-universo" e tudo que o compõe: árvore, pedra, bicho, cachoeira, rio, oceano, você, ele, nós.

Então, um crime contra uma árvore, será um crime contra o TODO; o crime contra um bicho, será um crime contra o TODO; o crime contra uma pessoa, será um crime contra o TODO.

E quando isso for entendido, ninguém cometerá crime algum contra a árvore, contra o bicho, contra a pessoa, pois o crime será contra ele próprio.

Desculpem a divagação, mas é que o JL me ensinou que nada está fora de deus e tudo que há, há nele(pananteísmo), e tudo, no final das contas, é UNO.
Hubner Braz disse…
O MAL E A RAIZ DO SENTIMENTO DE CULPA.

A questão implica, que se Deus É bom e existe, então o mal que provoca sentimento de culpa não deve existir, porque Deus, sendo todo-poderoso, deve impedi-lo.

Temos de perguntar e responder a duas perguntas. Primeiro, qual é o mal ou a culpa? Se contrariar a Deus é algo moralmente mau ou errado, prejudicial, depravado. Alguns exemplos podem ser aceitáveis como: assassinato, estupro, roubo, mentira e trapaça. Em segundo lugar, se queremos que Deus acabe com o mal, queremos que pare todo o mal, ou apenas parte dele? Em outras palavras, se apenas alguns, então por quê? Se ele parasse apenas parte do mal que gera a culpa, então nós ainda estaríamos fazendo a pergunta: "Por que existe o mal no mundo?"

Vamos supor que alguém estava prestes a cometer um assassinato pelo sentimento de CULPA. Deus teria que detê-lo, talvez sussurrar em seu ouvido, ou se isso não trabalhar, fazer algo um pouco mais drásticas, como ter algo cair sobre ele, ou parar seu coração, ou fazer as mãos de repente cair. De qualquer forma, Deus teria que fazer alguma coisa.

E se alguém queria roubar? Deus teria que impedi-lo também, certo? Sem dúvida, a imaginação de Deus permitiria um método mais prático do que eu sugeri, mas o resultado final seria o mesmo.

E quanto a mentir? Se alguém contar uma mentira, então para ser coerente não seria Deus que impederia dele(a) de contar mentiras? Afinal, Ele não poderia deixar nenhum mal acontecer, nenhuma culpa afrorar, poderia?

Vamos dar um passo adiante. Suponha que alguém pensou algo mau. Então, naturalmente, Deus teria de intervir e impedir de pensar alguma coisa ruim em tudo, certo? O resultado final seria a de que Deus não poderia permitir que alguém pensasse livremente, Deus seria um tirano. Uma vez que todo mundo pensa, e ninguém pensa apenas os pensamentos puros, Deus seria muito ocupado, e não seríamos capazes de pensar. De qualquer forma, até que ponto é que vamos parar de julgar - O assassinato, roubo, seguestro, ou pensamentos mals? Como essa pergunta é intigrante, se Deus quiser parar o mal ele para, temos que saber que Ele pode fazer isso em todos os lugares o tempo todo, não apenas um lugar ou pessoa. Mas seria um pouco sem sentido à liberdade de sentir.

O mal é deste mundo em parte porque damos o seu lugar no nosso interior pecaminoso, mas no final, porque Deus, em Sua soberania, permite que o mantém sob seu controle e não exceda os limites de alguns.

Então você poderia dizer: "Ele não poderia fazer-nos perfeitos e de que maneira nós não tenha pecado?" Ele já fez isso. Ele fez um anjo perfeito, Satanás, mas ele pecou. Ele fez um homem perfeito, Adão, ele pecou. Ele fez uma mulher perfeita, Eva, e ela pecou. Deus sabe o que está fazendo. Ele nos fez do jeito que estamos com um propósito. Nós não entendemos completamente esse efeito, mas ele entende.

Deus é soberano, Ele tem o direito de fazer o que Ele deseja. Ele tem o direito de autorizar o mal para realizar a Sua vontade. Como Ele pode fazer isso? Simples, veja a cruz.Foi através do mal que os homens prenderam e crucificaram Jesus. Contudo, Deus em Sua infinita sabedoria, usou este mal por bem. Foi na cruz que Jesus carregou os nossos pecados em Seu corpo (1 Pedro. 02:24) e é por causa da cruz que temos o perdão dos pecados.

Considere o exemplo bíblico de José, no Antigo Testamento. Ele foi vendido como escravo por seus irmãos. Ainda que significou para o mal, Deus o tornou em bem (Gn 50:20). Deus é tão grande que nada acontece sem sua permissão, e que a permissão de seu último plano se desenrola. No Seu plano Ele é capaz de usar para o bem que o homem pretende para o mal.Deus está no controle e colocará fim nas culpas existências do homem.

depois voltarei confraternos.
Anônimo disse…
Levi

Tens toda razão em citar esse pequeno, porém, profundo poema. É difícil reconhecer-nos no "outro" e ainda mais complicado admitirmos que os "defeitos" dele também sejam os nossos próprios. Veio muito a calhar seu comentário. Abraço.

Regina

O sentimento de culpa é o que causa os traumas das pessoas, mormente no âmbito da sexualidade. Eu defendo uma Moral onde não existam "condições" para alguém ser feliz, tais como estar dentro de estereótipos, relacionar-se com pessoas de gênero, idade, raça etc "convenientes" e assim por diante.

A culpa é na maioria das vezes o que separa o indivíduo do seu bem-estar. Os traumas e sentimentos de rejeição surgem quando aquilo que faz bem ao indivíduo - e que não prejudica a terceiros - lhe é negado sob a alegação de ser "pecado", "crime" ou coisa do tipo.

Creio sim que Jesus é a saída para tudo, mas a religão dos supostos seguidores dele não contribui em nada para a melhoria do bem-estar da maioria dos que sentem-se culpados por gostar do que gostam e que por isso sentem a dor do trauma da rejeição. Beijos.
Eduardo Medeiros disse…
Hub, sua tese inicial não é válida:

"A questão implica, que se Deus É bom e existe, então o mal que provoca sentimento de culpa não deve existir, porque Deus, sendo todo-poderoso, deve impedi-lo."

Deus não pode ser bom nem ser mau, porque ser bom e ser mau são características humanas. O único que pode acabar com a culpa é aquele que se sente culpado e só quem pode acabar com o mal é aquele que o pratica - o homem.

Essas discussões de que deus criou um anjo bom e ele pecou, fez a maior zueira no céu é muito infantil como explicação do mal. além de ser um contracenso - como deus deixou o diabo bagunçar no reino celestial?

E além do mais, quem garante então que na ocasião em que deus restaurar tudo e os salvos voltarem a ser seres perfeitos, nenhum deles irá decidir de novo, criar problemas para o altíssimo?

a teologia cristã precisa rapidamente refazer-se para não se tornar piada no século 21.
Eduardo Medeiros disse…
Hub, de novo, deus não é "soberano" pois soberania é o resultado de uma instituição humana, a monarquia.

Logo, deus não é rei, nem soberano, nem tem nenhum título de instituição humana de fato, visto que foi exatamente por viverem nessa ambiência patriarcal e monárquica, que os religiosos deram para deus títulos de instituições humanas: pai, rei, soberano..
Anônimo disse…
Edu

Sim, concordo que seja uma utopia em todos os sentidos que tu mencionaste. Acrescento ainda que é literalmente uma utopia, pois trata-se de "um lugar que ainda não existe" mesmo, mas que poderá vir à existência com o empenho de todos os interessados no bem-estar humano.

Há pouco tempo venho batendo na tecla do que Jesus teria querido dizer com a famosa frase "quem vê a mim vê ao Pai", e venho sugerindo que a interpretação fosse algo como "quem vê a mim (homem, ser humano) vê ao Pai (Deus). Neste sentido todos somos um (e) no Pai, e fazer o bem ao nosso "próximo" é literalmente fazer o bem a nós mesmos. Isto, aliás, é assunto para uma futura postagem em meu blog, aguarde... Abraço, primo.

Hub

Tu partes da contramão do meu raciocínio para formular o teu comentário, Hub. Eu estou justamente afirmando que não é "o mal" (o diabo, as forças das trevas etc) que causa o sentimento de culpa e os conseqüêntes traumas, e sim a idéia de que tudo o que é diferente é "mal" e, portanto, ruim.

O "mal" que está em questão aqui é a falta de respeito das pessoas com as formas de felicidade alheia - comumente taxadas como "más" ou "pecaminosas" - diferentes da delas mesmas. Abraço.
Levi B. Santos disse…
Cada vez mais estou gostando de tuas "tiradas", Eduardo.(rsrsrs).

Essa foi fenomenal:

"a teologia cristã precisa rapidamente refazer-se para não se tornar piada no século 21".

Engraçado, eu era muito pequeno, mas lembro perfeitamente de uma marchinha carnavalesca que era muito cantada dos anos 50. "Eu e minha casa que servia ao sinhô", entupíamos os ouvidos de chumaço de algodão para não ouvir a musiquinha que naquela época era tida como uma blasfêmia "daquelas".

O estribilho da modinha dizia assim:

"Carnavá só tem três dia
Valha-me São Sarvadô,
Carnaval nasceu no céu,
Foi os anjos que inventou".

E não é que na teologia fundamentalista essa marchinha continua mais atual do que nunca!(rsrsrs)
Eduardo Medeiros disse…
Isa, é verdade que " a culpa é na maioria das vezes o que separa o indivíduo do seu bem-estar." E a pior culpa é aquele que se sente por ter quebrado uma lei moral religiosa.

Quando eu era adolescente, eu me deprimia por causa da culpa quando...praticava... "auto-sexo" rssss (ia dizer outra coisa mas a confraria tem damas sensíveis e o termo técnico eu acho horroroso). Será ainda resquícios do sentimento de culpa...???

Ou seja, um ato que faz parte do crescimento sexual de qualquer jovem era culpabilizado pela moral cristã, resultando num batalhão de jovens culpados por praticarem algo normal.

Mas posso conceber um ponto positivo em um sentimento de culpa gerado pelo único pecado que eu concebo: não amar o próximo como a ti mesmo. Como você colocou e eu concordo contigo:

"Porque aquilo que não prejudica a mim ou ao meu próximo não pode ser jamais condenado ou mesmo questionado."

Várias vezes me senti culpado por ter dito ou feito alguma coisa que afetou de forma negativa a alguém próxima. Nesses casos, tenho como princípio de vida, jamais deixar de pedir perdão e se for possível, consertar e restaurar os ânimos.

Não sei o que o nosso psicanalista de plantã, LEVI, teria a dizer sobre isso.

LEVI, o que você tem a dizer sobre isso??

Bom, tô indo embora e só volto segunda. Boa noite a todos e um bom domingo, Dia das mães. Um beijo nas "mães da confraria" que tiveram a grande sorte de gerarem pessoas como vocês.
Eduardo Medeiros disse…
Levi, antes de ir embora, deixa eu dizer que essa marchina é altamente teológica haaaaaa

fuiii
Anônimo disse…
Edu

"...a teologia cristã precisa rapidamente refazer-se para não se tornar piada no século 21".

O mundo está em franco processo de evolução humana e sociológica e se a chamada "Igreja" não responder mais aos anseios das pessoas e não for um lugar onde elas se identifiquem com outras, de fato ela perderá - ainda mais - terreno e se tornará uma piada de gosto muito duvidoso.

Culpa por ferir o próximo deve sempre existir, mas culpa por ferir a norma, a convenção, não mais. Toda lei deve ter por objetivo o bem-estar do ser humano e interpretar e respeitar a sua mentalidade num determinado ponto no tempo e no espaço. Quando ela invés de servir oprime, é sinal de que já não serve e precisa ser repensada.

Sobre o termo que tu não quisesse mencionar, é "bater uma punheta", "siririca", "5 contra 1", ou, a mais teológca de todas: "cinco fariseus estrangulando o judeu, fazendo ele vomitar o que não comeu"...
Anônimo disse…
Isa,

Como todos sabem, o "gran-pecado" cristão é o sexo e a mão.

Em sociedades primitivas, a mulher era tida como sagrada, a vagina, venerada, o pênis, um

instrumento de acesso ao divino para a geração de uma nova vida. Não havia um Deus másculo

judaico, havia uma Deusa linda e maravilhosa pelo fato de gerar novas vidas.
O ritual religioso era o ato sexual de forma saudável e gostosa (oposto ao se fazer suruba).

A sociedade caminhou para a transformação do que era sagrado em pecado. O cristianismo,

pegou carona e foi o principal reponsável em tornar o sexo pecado "capital".
O judaísmo já havia transformado a figura da mulher, de deusa, a um objeto que levaria o homem ao erro, dizendo que a mulher foi criada à partir do homem, então foi "descategorizando" a mulher.

A sociedade viveu oscilando entre "sexo dominador" (o que acontece no judaismo e islamismo)

e "parceria" (seria esta a proposta de Jesus, tanto homens quanto mulheres iguais).

Estou lendo um livro que fala exatamente sobre isto.

Este livro fala de uma espécime de chimpanzé denominada Bonobo.
Os bonobos descobriram o prazer do sexo.
Muitos afirmam que os únicos seres a usarem o sexo por prazer é o ser denominado humano,

porém, não é bem assim.
Os bonobos utilizam o sexo para viver bem em sua sociedade.
Inclusive fazendo sexo com outros do mesmo sexo.

Também já foram vistos fazendo sexo (macho e fêmea) de frente e com supostos "beijos".
A vagina da fêma de um bonobo permite esta posição por ser muito próxima à vagina de uma mulher, já outros chimpanzés não conseguem transar a não ser "de quatro".

Porque estou dizendo estas coisas? primeiro porque é o livro que estou lendo no momento, e, segundo porque teu texto fala da culpa e, culpa ligada ao sexo.


Abraços,

Evaldo Wolkers.
Hubner Braz disse…
Edu. M.

Vou Tê nomear como o meu professor particular... Hehehe
Levi B. Santos disse…
Prezado Evaldo

O teu comentário sobre a Deusa linda e maravilhosa que habita em nós, é o tema da minha proxima postagem na Confraria, com esse título: "O Complexo Feminino que Nos Estrutura"

Ainda bem, que não te estendeste muito(hahaaa). Eu vou postar o que de certa forma, já deste "um toque" no teu comentário acima registrado. (rsrsrs)

Um abraço, e feliz dia das Mães.

Levi B. Santos
Olá.

A forma como as palavras foram colocadas
são coerentes com o pensamento sensato
de muitos.
Penso que Deus sorri sempre.
Não consigo imaginar um Deus perdão
com todo o manto de terror
que tentam nos colocar a cada dia.

Que a vida se faça plena em ti.
Anônimo disse…
Evaldo

Realmente, para os cristãos todo o mal do mundo vem do sexo. "Caimos" por causa da Eva, depois mulheres adúlteras eram mortas, depois o Jesus não podia nascer de uma vagina desflorada senão não poderia ser o Messias e assim por diante. Impressionante como um dia fizemos parte dessa religião, não achas?

Estarei postando em breve outro texto em meu blog que continua nessa linha, mas é bem mais polêmico... Abraço.

Aluisio

Olá, muito honrado com a visita, seja sempre bem-vindo aqui também. Realmente, a imagem que se tem de Deus em tese é muito diferente da reproduzida na prática por aqueles que dizem obedecê-lo. Um abraço.
J.Lima disse…
Isaias.
A culpa existe como conseqüência do conhecimento da lei, somente através da consciência do proibido, é que a culpa passa a existir, seja pela lei, escrita, seja pela lei da consciência herdada pelas regras da sociedade:

“Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Romanos 2:14-15).

A lei existe para mostrar a transgressão, e veio a existir como resposta a uma necessidade que surge, não importa se é a lei de Moisés ou a lei do evangelho, visto que o evangelho tem lei, mas a lei do evangelho é a “lei do amor”, não é uma lei que tem sua base no “Obedeça para viver”.

Na antropologia a culpa surge no momento em que surge a primeira regra, a partir de então ele cria símbolos e junto com esse desenrolar surge a moral, o certo e o errado que vai o diferenciar dos animais.

È claro que nessa óptica, está em total oposição a teoria criacionista de que o homem já foi criado com esse senso de moral, herdado da “imagem e semelhança de Deus”. (Calma meus amigos ortodoxos, só estou expondo a teoria ok? Hahahhaahahha.

È claro que numa pesquisa sobre o homem já ter sido criado com uma moral, vai levar desvantagem, pois é inegável que o homem evoluiu tanto biologicamente quanto culturalmente, isso até um criacionista que tenha pelo menos o ensino fundamental vai saber! Hahahahahahha

Bom esse será o tema que estarei postando, então deixa para lá...

Sobre a culpa ela não é totalmente má, há necessidade de culpa, para a preservação da espécie, mas essa não pode ser transformada em NEUROSE, a culpa como defendida como saudável ele preserva o homem, sem torná-lo neurótico!

Gostei do texto, esse tema é muito importante em qualquer tempo.
Valeu.
Anônimo disse…
J. Lima

Sim, concordo que o sentimento de culpa seja benéfico à espécie como um todo quando utilizada com sobriedae. Porém, existem culpas demais, e a imensa maioria delas ligada à sexualidade. Justifica-se, a priori, por exemplo, a culpa pelo incesto, pois ele na prática demonstra ser maléfico ao ser humano, pois dessas relações surgem indivíduos defeituosos, - por motivos puramente genéticos, nada a ver com moral. Mas muitos outros são anacrônicos, baseados na estética e nos valores de um tempo que não tem mais relação com o nosso.

Todo caso, seus comentários são sempre esclarecedores. Um abraço.
Eduardo Medeiros disse…
Evaldo:

Os bonobos até possuem uma sistema de convivência social parecido com o nosso. Só não aceito dimunuir o homem como espécie dizendo: "temos 98% de gens iguais ao do chinpanzé"

Não é o caso de diminuir o homem, mas elevar os chimpanzés...

Como eu falei lá em cima, temos todos a mesma fonte, somos todos parentes: homem, animal, planta, planeta.

Aparentemente, somos os únicos na natureza que tem consciência para apreender esse fato, mas eu tenho lá minhas dúvidas em relação a isso.
Eduardo Medeiros disse…
Hub, aqui na confraria todos são professores e todos são alunos...
J.Lima disse…
ok. Isaias.
Estamos de acordo, também sou contra essa neurose obsessiva da religião castardora!

Quanto ao incesto, o antropólogo CLAUDE LEVIS STRAUSS, criador da TEORIA ANTROPOLÓGICA chamada ESTRUTURALISTA,diz que: "A cultura surge no momento em que o homem convenciona a primeira regra".

E para STRAUSS essa regra surge justamente com a proibição do INCESTO, essa é a origem da cultura na antropologia estruturalista de LEVIS STRAUSS.

O texto que irei postar vai abordar justamente esse tema, por isso que estou dando uma palhinha aqui nesse seu espaço, mas fazendo comentário é claro! Hahahahahahah

Agora Eduardo, ontem me deliciei com o CAFÉ FILOSÓFICO com a doutora Viviane Mosé, (Fez doutorado com tese em NITSCHE, quem quiser ler um livro de altissimo nivel recomento NIETSCHE E A POLITICA DA LINGUAGEM)

A viviane falou justamente isso que você falou sobre o professor ser também aluo e vive versa:

"O modelo de professor que ensina, já não pode existir, pois ensinar se dá no encontro entre aquele que fala e aquele que ouve numa forma de interatividade"!

Conclui dizendo que o nosso sistema educacional do nosso pais, está arcaico!

O professor da modernidade não transmite conhecimento ele facilita, é um inter-mediador!
Valeu Prof. Eduardo!
Haahhaahahahahahaha
Abraço.
Anônimo disse…
Meuuu Deussss amado do céu e da terra.....hahah

Irmãos confraternos, venho por meio desta (ops está muito formal) kkk

Mas quero informar-lhes que estou à cinco dias sem internet em minha residência, e provavelmente só no meio da semana estarei tendo acesso à internet novamente...

Peço minhas singelas desculpas ao Hubner por não ter podido ler e comentar sua postagem, e peço ao Isa, que me perdoe pela falta...se der tempo comentarei..

Assim que eu puder voltar a este deserto desabitado seco e sedento de almas femininas (só não tanto porque a Regininha tratou de dar um toque mágico nesta sala..hehee) EU VOLTAREIIIII....

Abraços...
Saudades do Cêis ...
Hubner Braz disse…
Srs Confrades,

Voltei do RJ, o Air Race foi um caos... não parava de chover!!! Mas gostei.

Em breve comentarei de novo. Afinal, falta mais um dia para esse post raríssimo dar lugar a outra preciosidade.

Sds
Esdras Gregório disse…
A questão é o seguinte, tudo se trata da mais primitiva de todas as s lutas humanas que é a luta pela sobrevivência, e por isso se torna impossível uma paz definitiva entre os religiosos fundamentalistas e os homossexuais

Se um fundamentalista deixa de ser contra, ele deixa de ser fundamentalista, portanto enquanto “morrem” um desta “praga” que é o fundamentalista “nascem” dois.

Nunca haverá paz, cada num defendera pela sua sobrevivência social e “espiritual” a sua postura, assim como o animal na selva luta pela sua preza que o mantém vivo.

Os homossexuais lutam pelos seus direitos mais do que merecidos como sendo gente como a gente, assim como os religiosos luta pelos seus princípios que dão sentido e significados a sua vida nesta terra.

Se cada um deixar de lutar por aquilo que acha certo a sua fé e ideologia se dilui no nada, e, portanto pela sobrevivência não somente física, mas existencial do individuo nunca haverá esta paz utópica que tu desejaste Isaias.
Anônimo disse…
Paulinha

Parece que eu é que postei no momento errado. E discordo da sua última colocação.

Gresder

Cada um luta pelos seus direitos, mas quando a essência de existência de um é a anulação da subjetividade do outro, então há algo muito errado nesta história toda.

Não dá pra conciliar os crentes com os gays porque para os crentes, a condição sine qua non para ser crente é justamente deixar de ser gay...