Religião científica-cultural



Se existem assuntos na sociedade humana que não se anulam, porém, também não se completam, estes são a religião, cultura e a ciência.

À partir do último século, estes assuntos tem nos fascinado de tal forma que, algumas pessoas até dedicam uma vida inteira a eles.

São fontes de concordância, discordância, "re-agrupamento" de ideias, dispersão de ideias, amores, guerras, alegrias, tristezas.

A religião sempre nos fascinou, mas o que mais tem fascinado a alguns é o estudo de tal área do desenvolvimento humano, porém, dissociado de seu mundo.

Ou seja, muitos estudiosos, mesmo fascinados pelo seu estudo, o fazem do lado de fora.

Este é o ponto mais fascinante, porque assim, a visão pode ser bela, como pode ser inaceitável e horrível.

Na maioria das vezes, o problema está quando nos apaixonamos por alguma delas e resolvemos seguir sua linha de raciocínio, mas, na maioria das vezes, buscando conhecer seus conceitos do lado de dentro, a magia se perde, tornando assim, pessoas que não conseguem mais enxergar sua magia e encantamento.

Não conseguimos olhar para trás e descobrir povos que não possuíam uma religião, porque tudo que não era compreensível, era encaixado neste contexto.

Sinto uma "pá" de humanidade quando estudo sobre religiões primitivas, que, na maioria das vezes, aceitavam o incompreensível exatamente desta forma, incompreensível.

Com o desenvolvimento da ciência e tecnologia, muito do incompreensível foi desmistificado, passando a ser compreensível.

Portanto, os assuntos imagináveis, porém inexplicáveis que continuaram assim, assim estão enquanto não houverem explicações.

Ontem estava imaginando momentos que vivi em casa de parentes no interior, em uma casinha no meio do nada. À noite, a incerteza do que havia a dez metros de onde eu estava me causava fascínio e arrepios.

Com uma mente de criança, portanto um pouco primitiva (rsrs), ficava imaginando de qual "ser" estava vindo aquele som logo em frente, na floresta.

Imaginei que, nossa vida na floresta era cheia de coisas inexplicáveis, coisas que não temos na vida urbana.

De dentro de nossas casas não nos assustamos com barulhos estranhos, pois, não nos são estranhos, são explicáveis.

Nossos games e filmes estão cheios de monstros criados por nós, na maioria das vezes num lugarzinho chamado Hollywood.

É muito diferente, rsrs.

A cultura foi se desenvolvendo baseada nisto, jogando para o lado científico aquilo que podia ser explicado e para o lado místico o que não podia.

O ser humano sempre foi eclético, não existiam cientistas e místicos/religiosos, havia uma base denominada "humano".

Tal humano, podia se apaixonar pela área mística/científica sem problemas.

A escolástica de Platão é um exemplo disto, onde a ciência caminhou muito tempo em paralelo aos deuses e seus mistérios.

Podemos definir estados de natureza "bom" ou "mal" para alguma destas áreas?

Creio que não.

Pois bom e mal são definições que também partem de nós.

Na verdade tanto a ciência quanto a religião trouxeram benefícios para a sociedade, quanto fizeram e fazem mal.

A religião é boa para o desenvolvimento social enquanto não obriga as pessoas a serem sua propriedade.

Ou enquanto não querem destruir todas as outras, jogando no lixo seus séculos e séculos de pesquisa e formação cultural.

A ciência é boa para o desenvolvimento social enquanto não destrói nosso planeta.

Religião e cultura andam em paralelo. Por exemplo, a circuncisão judaica, é religiosa ou cultural? As duas coisas, era cultural até que alguém disse que "deus" queria assim, após isto, passou a ser religiosa.

Existe uma falha central na religião que a ciência não possui (pelo menos eu acho), que é a dominação psicológica, esta falha, no passado poderia ser útil. Por exemplo foi usada para intimidar os seres primitivos para não cometerem crimes e mantê-los em uma "rédea curta".

Porém, no século atual, existem seres humanos que estão aproveitando desta falha da religião para dominarem grupos sociais e retirarem de tais grupos recursos para enriquecimento e benefícios próprios.

O cristianismo por exemplo, usa o conceito de rebanho para definir uma forma carinhosa de tratar seus seguidores, porém, o que realmente tais líderes cristãos atuais estão fazendo é tosquiar os seguidores, retirando seus recursos mentais e capitais, realmente como se faz com ovelhas.

Isso lógico não é generalizado porque, de todas religiões, o cristianismo é o que mais tem ramificações, divisões, interpretações e até revelações diferenciadas, teoricamente vindas de uma mesma divindade.

Confesso que vivo entre o amor pela idéia central da religião (povos primitivos) e o ódio pelos aproveitadores do século XXI.

Confesso que vivo entre o desejo de que todos os templos desapareçam quando olho para suas tribunas, e o desejo que ele permaneça ali, quando olho para uma senhora de setenta anos, ali, sorrindo e cantando.

A religião trouxe sim proveito para a sociedade, mas fica em mim uma dúvida, será que para nós e para as gerações futuras, ela ainda tenha utilidade?

Tenho visto ultimamente pessoas dizerem que não faz sentido nascer, viver e morrer, se não existe nada depois da morte.

Para mim, aqueles que pensam que a vida só faz sentido se ela continuar depois da morte estão enganados. Eu não preciso de infindáveis anos para ser feliz, eu preciso de apenas um dia, e este dia é o hoje.

Antes de escrever este texto estava refletindo sobre a morte, assunto que desde sempre intrigou o homem. E se eu morrer agora, depois de postar este texto?

Para mim, está bom demais, porque ontem deitei, respirei fundo, e imaginei que poderia não mais acordar, não mais ver meus filhos, não mais jogar bola com eles, não mais jogar vídeo-game com eles, não mais escrever, não mais namorar com minha esposa, não mais beijar meus filhos/esposa/pais, contanto feliz, porque enquanto pude, foi isto que fiz.

E se eu tivesse nascido morto? Sei lá, isto não estaria escrito aqui, ou estaria?

Evaldo Wolkers.

Comentários

Anônimo disse…
Amigos,

Desculpe minha ausência.

Edu, desculpe não ter comentado ainda seu texto, porém, eu o li.

Também não li os comentários, mas o farei.

Desculpe também a superficialidade do meu texto.

Estou com dois dias de atraso e não tive tempo de "bolar" algo melhor.

Escrevi o que estava agora na minha cabeça em meu horário de almoço.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Levi B. Santos disse…
Grande Evaldo

Li teu texto, simples como as pombas e cortante como a espada de dois gumes.

Antes de tecer alguns comentários, quero ressaltar um trecho do teu ensaio que retrata, também, a minha alma de "herege":


"Confesso que vivo entre o desejo de que todos os templos desapareçam quando olho para suas tribunas, e o desejo que ele permaneça ali, quando olho para uma senhora de setenta anos, ali, sorrindo e cantando".

Parabéns! VALEU!

De minha parte estás perdoado pela demora em postar.(rsrs)
Eduardo Medeiros disse…
Evaldo, glória a Zeus, louvado seja netuno, rendei graças a Javé e batei palmas a Elohim!!

Era um texto assim que eu estava esperando há tempos. Você estava criticando a religião pela via equivocada (segundo meu entender) com aquelas estorinhas sagazes, reducionistas, intolerantes e até mesmo, pouco inteligente.

Sei que você poderia contribuir muito mais com as nossas discussões, e hoje, você o fez. Um texto simples mas muito significativo. Se você foi capaz de escrever um texto tão bom assim na hora do almoço, imagina se você tivesse mais tempo?

O parágrafo que o Levi destacou eu também destacaria. Só que eu diria da seguinte forma:

"Meu sonho é ver os templos lotados de pessoas sadias em sua psiqué, que exerçam sua fé de forma inteligente, mas sem que isso signifique a necessidade de provas científicas que os materialistas impõem para validarem o "real", já que a fé em Deus é um sentimento e não uma ciência exata, mas até aí, nada de mais, pois sociologia, história, filosofia, antropologia também não são ciências exatas e ninguém diz que elas necessitam de provas científicas, já que as ciências humanas, difere das ciência físicas. Essas pessoas iriam ao templo cultuar a Deus conforme a sua própria cultura e fé, mas nunca diriam que a fé do seu vizinho é falsa, ou que o Deus do outro, é demônio. Sonho no dia em que rabis, pastores, monges hindus e Sheiks mulçumanos, sacerdotes budistas e mãe de santos, darão as mãos, caminharão juntos na construção de uma sociedade em que o sentimento de Deus, da mística, e da fé, o amor a Deus e à espiritualidade, não mais servirão para separar as pessoas, mas sim, uní-las.

valeu, Wolkrs.
Eduardo Medeiros disse…
Quero destacar tua frase:

"Para mim, aqueles que pensam que a vida só faz sentido se ela continuar depois da morte estão enganados. Eu não preciso de infindáveis anos para ser feliz, eu preciso de apenas um dia, e este dia é o hoje."

Quem espera uma vida além, quem vê na vida uma continuidade e a morte apenas como uma mudança de estados (de matéria para energia/consciência), não está "enganado", assim como para aquele que para ser feliz precisa apenas de um dia, também não está enganado.

Tanto um quanto o outro, vivem, querem viver, querem buscar sentido para suas vidas. Você me surpreende em dizer que

"E se eu morrer agora, depois de postar este texto?

Para mim, está bom demais, porque ontem deitei, respirei fundo, e imaginei que poderia não mais acordar..."

Isto está carregado de poesia e simbolismo que me fazem refletir.

Eu, a cada dia acordo feliz da vida, pois ainda estou aqui. Ainda tenho chances de mudar rumos, acertar erros, errar de novo. A cada dia eu agradeço à vida, a Deus, à existência, ao universo de me permitir estar vivo, pois estar vivo, é um milagre tão extraordinariamente assombrosso mas quase ninguém percebe.

Então, viva-se na esperança de que o sentido da vida está além da vida mas que também é vida, ou viva-se no agradecer à vida por acordar hoje vivo, de poder beijar os seus, poder amar e se aborrecer, nem que seja só por hoje, pois amanhã pode-se estar morto e liquidado para sempre, e sua vida foi apenas um sopro breve do puro acaso, de sorte ou do azar, mas que foi vida significativa enquanto vida foi, tanto um quanto o outro, sigam pelo caminho da existência amando e fazendo do seu meio, da sua casa, um lugar melhor.
Hubner Braz disse…
Já li o texto, voltarei pra comentar.

Abraços
Daniel disse…
Edvaldo, Graças a Deus que você não morreu após escrever este texto. Graças a Deus você tá vivo e ativo para nossa alegria.

Destaco no seu texto o que me trouxe muita emoção: "Confesso que vivo entre o amor pela idéia central da religião (povos primitivos) e o ódio pelos aproveitadores do século XXI.

Confesso que vivo entre o desejo de que todos os templos desapareçam quando olho para suas tribunas, e o desejo que ele permaneça ali, quando olho para uma senhora de setenta anos, ali, sorrindo e cantando"

Queria lembrar a você que as profecias já falam tmbém sobre os aproveitadores da fé. "...também movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; (Pedro 2.3).

O seu ódio(no meu caso revolta) é compartilhado por muitos de nós, mas infelizmente nos tornamos odiados quando queremos abrir os olhos daqueles que pensam que podem barganhar com Deus como os mercenários barganham com a "fé" deles.

Quanto aos templos, não vejo neles o problema, eles para mim são uma alegria porque podem receber pessoas, as mais diversificadas, para momentos gostosos de culto e compartilhamento. Para mim,o problema mesmo na sua maioria é quem fica atrás do púlpito...

Gostei da sua maneira simples de dizer verdades profundas. Abraço amigo.

Não é Daniel é Guiomar.
Anônimo disse…
Levi,
Obrigado por suas palavras.

Eduardo,
Imaginei que gostarias.

Hubner como sempre igual a Jesus, ele voltará.

Guiomar,
Obrigado também por suas palavras,

Abraço a todos.

Evaldo Wolkers.
Levi B. Santos disse…
EVALDO


A religião se constitui num grande perigo quando tenta santificar instituições viciosas, que põe logo cedo nas cabecinhas das crianças que o seu deus é o verdadeiro e o dos outros não passam de coisa diabólica.

Certo dia estava com minha neta de 5 anos de idade, passando a frente de uma catedral católica. A imponente igreja despertou no coração de minha neta o desejo de conhecê-la. Eu disse para ela: “olhe, essa é a igreja de sua babá”. Ela perguntou entusiasmada: “Eu posso vir com ela aqui um dia?”. “Respondi: “pode minha filha. Por que não?”

Foi por essa época que a minha neta começou a estudar na “escola dominical”. Passado alguns dias, para testar em que nível estava o seu aprendizado, convidei-a para visitar a igreja católica, aquela que a encantara meses atrás, mas ela arregalando os olhos, falou para mim: “Vovô, não quero entrar nessa igreja não, é lá que mora o cão”.

Voltei triste para casa, pensando com os meus botões: “Foi mesmo assim que aconteceu comigo”. Através de minha neta, estou assistindo a reprise do meu passado longínquo, pois fui também um aprendiz na “escola da INTOLERÂNCIA dos caminhos do sinhô”. O bordão gasto e neurotizante que diz que há salvação para uns e inferno para outros, se repete.
O que me alenta, é saber que um dia ela vai descobrir por si mesma, a grande farsa com capa de religião, denominada escola bíblica para criança. Um dia, não muito longe, ela entenderá que o que a falsa religiosidade lhe ensinou, foi simplesmente projetar nos outros os seus próprios recalques, numa analogia ao que escreveu Sartre: “O INFERNO SÃO OS OUTROS”

Concordo com o que disse Eduardo: “religião é um sentimento” (e nobre sentimento), mas, essa que infelizmente vemos por aí é DESENTENDIMENTO, e não tem nada a ver com o significado da expressão "Re-ligare".
Anônimo disse…
Evaldo, sem dúvidas este é o teu post mais sóbrio que eu já li.

Vou destacar e comentar dois parágrafos em especial.

"A religião trouxe sim proveito para a sociedade, mas fica em mim uma dúvida, será que para nós e para as gerações futuras, ela ainda tenha utilidade?"

Será útil na medida em que ela for capaz de se reinventar e contextualizar suas normas para a mulher contemporânea.

"Tenho visto ultimamente pessoas dizerem que não faz sentido nascer, viver e morrer, se não existe nada depois da morte".

Não seja simplista. Pra mim, parece que foi ontem o ano de 1990, mas isso já faz 20 anos, e eu tenho só quase 27. A vida humana é breve. E mesmo que tu vivas 100 ou 120 anos ela te parecerá da mesma forma.

Imaginar que seria sem sentido viver se não houver nada depois é muito razoável.

Tu és Evaldo hoje, nesta vida. És pai, filho, marido, funcionário, estudante etc etc etc. Mas é muito pouco ser tudo isto (e até muito mais) numa só existência e depois ser "deletado" para sempre (sem direito a recuperação no espaço disponível do HD). Expande um pouco mais os teus horizontes, então perceberás do que estou falando.
Anônimo disse…
Levi,

Ontem vi um documentário sobre uma civilização (acho que eram os Unos) que tomaram parte do império romano, sabe porque o líder conseguiu fazer com que seus guerreiros lutassem contra o grande império? Uma "revelação" transmitida por uma mulher (mística) que disse que os deuses iriam ajudá-los e eles iriam vencer (e eram pagãos, não foi Javé, rsrs).

Isa,
Gostei da teologia da deleção eterna, é nela que acredito atualmente.
Assim como o cachorro que é atropelado no asfalto creio e tenho fé que será assim que nossas vidas serão ceifadas e cairão no esquecimento eterno.
Não creio em alma, não creio em espírito, não creio no espírito santo, não creio em nada transcendental (rsrs).
Para mim hoje é difícil aceitar que exista alguma coisa pensante fora da massa cefálica, ou seja, fora de meus neurônios, de meus nervos que irão apodrecer um dia, para mim seria impossível qualquer inteligência.
Sendo assim, se houver espírito, só pode ser algo "vegetativo", sem sentimentos, sem dor, sem alegria, sendo assim, morrer, levará o prazer, a dor, o orgasmo, a alegria, os batimentos, as vibrações, etc.

Creio que a vida é esta, e somente esta, ALELUIA, Glória aos deuses, rsrs.

Criarei uma nova teologia, a da deleção eterna, rsrs.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Evaldo Wolkers disse…
Amigos,
No dia 17 eu já havia escrito um texto partindo para esta linha de pensamento em meu novo blog.

Se quiserem dar uma olhadela http://cienciareligiaoemito.blogspot.com/2010/08/religiao-e-magia.html

Evaldo Wolkers.
rayssa gon disse…
bom o post.

mas na verdade eu não gosto de pensar que a "religião" ou a "ciencia" são boas ou ruins. como vc mesmo disse, elas não existem separadas da sociedade. e para entender as atrocidades feitas por cada uma dessas "areas" é só dar uma olhada no proprio homem. o que faz com que eu me preocupe um pouco mais com a "religião" é o enorme poder que ela ainda detem e sua aparente falta de limites em comparação com a ciencia.
Guiomar Barba disse…
Edu querido, você é o grande ecumênico.

Eu me delicio com ele:

"O ser humano vivencia a si mesmo, seus pensamentos,como algo separado do resto do universo numa espécie de ilusão de óptica de sua consciência. e essa ilusão é um tipo de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos a ao afeto apenas pelas pessoas mais próximas.
Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão ampliando nosso circulo de compaixão para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá atingir completamente este objetivo mas, lutar pela sua realização, já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior." (Albert Einstein)

Grande Albert Beijo.
Guiomar Barba disse…
Não fique triste amigo Levi, cão tem em todo canto rsrs

Abraço.
Guiomar Barba disse…
Isa,

Você disse: "Será útil na medida em que ela for capaz de se reinventar e contextualizar suas normas para a mulher contemporânea."

Queria ler um um texto seu só para nós mulheres.

O que você reinventaria e contextualizaria para o nosso bem?

Por ser mulher, te agradeço. Beijo.
Eduardo Medeiros disse…
Levi, a experiência com sua neta é preocupante. Ainda estão se criando futuros pretensos donos da verdade com alto potencial de demonizar o outro.

Bem, meu primeiro filho ainda vai chegar lá pra dezembro. Sei que a mãe dele vai querer que ele frequente a Escolinha dominical, primeira entidade evangélica a semear a intolerância na cabeça das crianças (apesar dos evangélicos não pensaram assim, pois são míopes). Ele pode até frequentar a EBD, mas em casa eu vou desconstruir tudo o que eu sei que será prejudicial para ele no futuro.

Quero que ele cresça em uma comunidade de fé, pois isso é bom. O convívio com as pessoas da igreja pode ser uma experiência bem gratificante. (o oposto também é verdadeiro, e como não seria?). Mas também espero que ele tenha uma visão religiosa como a minha. Enfim, quando ele crescer, ele tomará o caminho dele em matéria de espiriritualidade.
Eduardo Medeiros disse…
Evaldo, sua afirmação de que "não creio em nada transcendental" requer uma observação da minha parte.

Se por transcendental você está se referindo a coisas sobrenaturais, impossíveis cientificamente,eu tenho uma observação a fazer.

O mundo ao nosso redor está cheio de "sobrenaturalidades" que foram domesticadas pela ciência e por isso se tornaram "naturais", ou seja, ninguém mais se espanta com eles.

Agente aceita muito naturalmente que o planeta terra está suspenso no nada girando em volta do sol numa orbita que dista milimetricamente para que seja possível haver vida aqui neste planeta.

Caminhamos por este chão muito naturalmente, mas o "natural" seria nós sairmos voando pelo espaço, e logo, não estaríamos aqui, mas isso não acontece por que uma tal força da gravidade nos segura no chão. E não só isso, a mesmo força da gravidade mantém o sistema solar funcionando matematicamente.

A diversidade de vida e de seres que pipocaram neste planeta é tudo muito natural para nós, homens da razão científica da pós-modernidade.

O ecossistema da terra possui um equilíbrio delicado, mas tudo funciona a contento. Agora nem tanto pois nós, homens da razão científica, estamos destruindo o equilíbrio "natural" que a natureza tem e estamos bagunçando com o planeta.

O que dizer dos átomos, moléculas, células? Se uma única célula do nosso corpo é um complexo surpreendente com reações químicas acontecendo sem que nem mesmo nós percebamos, o que diremos da junção de milhões e milhões de células, todas funcionando em conexão, e que forma nosso corpo, esta máquina perfeita que funciona sozinha sem nós termos que fazer nada para que seja assim?

Tudo isso é muito natural para nós...

Para mim, tudo isso é sobrenatural. Tudo isso: o universo, os sistemas solares, as galáxias, a terra, os seres vivos, a consciência humana, etc, tudo para mim é sobrenatural é transcendente.

A maioria de nós acha que tudo isso é natural, mas só quem não se deixou cegar pela naturalização do mundo que a ciência provocou, é que pode olhar tudo isso de boca aberta e dizer:

- Uau!
Eduardo Medeiros disse…
Gui, eu sou mesmo um ecumênico fundamentalista...rss


Só haverá esperança para a humanidade quando a vida se tornar de novo sagrada; quando as religiões se perceberem incompletas sem as outras; quando o poder, a vontade de dominação, a separação dos povos entre ricos e pobres, forem abolidas, e todos os povos da terra se percebam filhos da mesma mãe, Gaia.
Hubner Braz disse…
Evaldo, voltei...

Falei que iria voltar, rsrsrs.
Hubner Braz disse…
Evaldo sua escrita: "Se existem assuntos na sociedade humana que não se anulam, porém, também não se completam, estes são a religião, cultura e a ciência."

Creio que nunca irá se completar... imagine se um dia eles tivessem completos, seria uma vida sem graça. Não aja?

Essa parte que você diz: "A religião sempre nos fascinou, mas o que mais tem fascinado a alguns é o estudo de tal área do desenvolvimento humano, porém, dissociado de seu mundo.

Ou seja, muitos estudiosos, mesmo fascinados pelo seu estudo, o fazem do lado de fora."

Concordo com você. O lado de fora está recheado de ciêntistas e todos eles tem se dedicado ao máximo para o descobrir da máxima existência homosabiêncial.

Os evangelicos consideram fora deste mundo, será que eles estão certo? lógico que sim considerando que o ponto de vista do mundo atual jás do maligno. Nós somos peregrinos em terras estranhas.

Mesmo que em modo paradoxal, voltaremos para este mundo onde não haverá mar e nem sol, onde todos os animais falaram conosco, onde comunicaremos pela mente e não pela boca, onde não teremos necesidades de se alimentar e nem fazer necessidades fisiológicas.

Está parte encerro aqui... See you later!!!
Hubner Braz disse…
Vou continuar, essa parte: "Na maioria das vezes, o problema está quando nos apaixonamos por alguma delas e resolvemos seguir sua linha de raciocínio, mas, na maioria das vezes, buscando conhecer seus conceitos do lado de dentro, a magia se perde, tornando assim, pessoas que não conseguem mais enxergar sua magia e encantamento.

Não conseguimos olhar para trás e descobrir povos que não possuíam uma religião, porque tudo que não era compreensível, era encaixado neste contexto."

Isso é uma imparcialidade mental, mesmo sabendo que a religião em si é uma paixão, e se é uma paixão porque não pode ser uma ilusão também. É bem complexo compreender a devoção de cada ser dentro de sua religião. E quando alguém descobre falhas dentro deste sistema, eles se arrependem partindo do presuposto "santo".

Na verdade a religião tem que ser de dentro pra fora e não de fora pra dentro, mesmo sabendo que você não quiz falar neste sentido.

É só uma explanação...
Hubner Braz disse…
Evaldo, pena que irei trabalhar agora... Mas voltarei pois estou apenas no começo do seu texto que é ótimo para os dias atuais.

Thanks for you my friend.

Hubner Braz
Anônimo disse…
Guiomar

Será um prazer um dia escrever um texto só para mulheres. Mas, na verdade, na frase que você destacou tem uma sutileza que passou despercebida.

Naquele tipo de frase eu tenho escrito sempre "a mulher" desse jeito: a mulher. E por quê? Porque eu quero com isso usar o equivalente feminino à conhecida expressão machista "o homem", no sentido de "o ser humano".

Então, quando eu digo "será útil na medida em que ela for capaz de se reinventar e contextualizar suas normas para a mulher contemporânea", o que eu estou dizendo é: "será útil na medida em que ela for capaz de se reinventar e contextualizar suas normas para a sociedade humana/humanidade contemporânea".

Por que deveríamos continuar usando a expressão "o homem" designando a humanidade, e não "a mulher"?! Regras machistas só se justificam em ambientes machistas. Como aqui não é o caso...

Beijos.
Eduardo Medeiros disse…
Hubinho, não vamos nem comer nem fazer cocô??? hum...

"Mesmo que em modo paradoxal, voltaremos para este mundo onde não haverá mar e nem sol, onde todos os animais falaram conosco, onde comunicaremos pela mente e não pela boca, onde não teremos necesidades de se alimentar e nem fazer necessidades fisiológicas."

MAS e o grande banquete que espera os salvos vencedores??


ISA, então se for assim, aqui não pode ser nem machista nem feminista...então, ao invés de se dizer "homem" ou "mulher", diga-se simplesmente, ser humano. heeeeee só tô de implicância....
Eduardo Medeiros disse…
Evaldo, eu não vejo nenhuma incompatibilidade entre ciência e o sentimento religioso ou mesmo a religião em si a medida que ambos se propõe a interpretar o mundo de forma diversa mas não necessariamente, antagônicas.

Uma quer descobrir como as coisas funcionam, a outra, quer saber porque funcionam assim e não assado.

Então, creio até mesmo que ambas podem se completar, é claro, se os que querem saber como as coisas funcionam não tenham a pretensão de dizer que não existe nenhuma razão para que funcione desse ou daquele jeito.
Esdras Gregório disse…
Fecha a conta e passa a régua, pronto ta bom, vamos para outra etapa, vamos falar de outras coisas agora. Pois eu não li e nem estou tendo um pingo de vontade de ler os comentários nos blog, não sei o que perdi, soe é que perdi alguma coisa.

Ta vedo que somente quem falar muita besteira agora vai produzir comentários de montão, a não ser que traga coisa absolutamente fora do que nos tratamos ate agora.

Evaldo creio que todos nos chegamos a um ponto razoável de concordância, cada um abriu mão um pouco, agora podemos prosseguir aos projetos de dialogo que vocês mesmo estão pretendendo com seus novos blogs.

De certo eu ainda vou escrever sobre as coisas que venho falando pois meu publico alvo ainda é os crentes da assembléia de campinas e o Marcio ainda vai ficar debatendo sobre se deus ajuda ou não ajuda quem crer como o Paulo Gesio, mas vou aos poucos diversificando falado mais sobre a vida sobre sexo, amor, trabalho, amizade e felicidade.

Falar nisso eu ainda não sei em quem votar, será que alguém poderia fazer um post sobre a política brasileira e seus candidatos?
Anônimo disse…
Tá bom, Edu, sei que é só brincadeira tua, mas não vais querer que as mulheres depois de séculos ouvindo "o homem" (no sentido de "a humanidade") não experimentem utilizar um pouco a expressão ao contrário, né?

Gresder, boa idéia um post sobre política. Da minha parte, eu digo que vou votar no menos ruim: ...
Eduardo Medeiros disse…
Isa, tá bom, vou dar um desconto para as mulheres rssss

Gresder, mas tu és mesmo um pretensioso né não? como assim


"Ta vedo que somente quem falar muita besteira agora vai produzir comentários de montão,"

só por que você não está com vontade de ler os comentários você diz isso? Pois a postagem anterior teve muitos bons debates e você só apareceu para dizer que não ia aparecer...

Logo agora que o alemão da confraria resolveu dar uma refrescada no sentimento religioso você vem com essa "passa a régua"??

Bem, depois deste puxão de orelha, seu cabeçudo, devo concordar que seria muito bom se diversificássemos os assuntos por aqui. Tá vendo, é só saber falar.
Esdras Gregório disse…
Edu nao sei o que voces devem ter falado que já nao tenha sido falado de muitas outras formas.

Nao que o debate se esgotou mas lutar contra ou defender o valor da religiosidade já era para ser assunto definido emtre nós, vamos em bora.

devemos retomar os mesmos temas , mas nao mais para se desgastarmos com coisas ascentadas, mas simplesmente para re-dizer a nós mesmos o que cremos agora.
Eduardo Medeiros disse…
OK, Gresder, o que você diz é mesmo relevante. Vamos ver como é que fica.
Guiomar Barba disse…
Isa, você disse:

"Por que deveríamos continuar usando a expressão "o homem" designando a humanidade, e não "a mulher"?! Regras machistas só se justificam em ambientes machistas. Como aqui não é o caso"

Para mim, falando como mulher não há problemas em que se use o termo homem para desiginar a humanidade, mas que deixe-nos, mulheres, que honramos a nossa identidade, não nos reinventarmos, mas vivermos a nossa feminilidade, sem determinar que isto significa ser chofer de fogão" kkkkkkk

Beijão.
Anônimo disse…
Eu já acho que isso incomoda e deveria incomodar sim a todas as mulheres. O homem é só o macho da espécie. Designar a humanidade simplesmente pelo macho não faz nenhum sentido. Isso perpetua uma mentalidade machista e totalmente injusta para com as mulheres, haja visto que o papel da mulher é muito mais relevante na família e na sociedade em geral do que o do homem, desempenhando múltiplas funções. Beijo.
Anônimo disse…
Rayssa,
Este é o ponto, o mal uso dos dois conceitos é que está destruindo nossa sociedade e planeta.

Edu,
Eu não disse da "incompatibilidade", eu me referi ao amor e ódio que os cerca.
Quando você diz que "o mundo está cheio de sobrenaturalidades que foram domesticadas pela ciência", você deve concordar que o "sobrenatural" e "transcendental" que ainda não foi poderá também o ser no futuro, certo?
Enquanto isto vai acontecendo, a magia vai se "apagando".
Quem foi que te disse que não podemos olhar para o universo, galáxias, consciência humana, terra, etc, com uma visão científica e dizer: "Uau".
Tipo, assim, "uau, foi assim que esta ameba se formou, uau, não foi pelo espirro ou esperma gosmento de um ser maluco, uau"(rsrs.).

Hub,
Você tem que aprender que nos meus posts não existem mais argumentos baseados em palavras específicas dos registros judaico-cristãos, logo, esta parada de que o mundo "jaz" no malígno para mim é uma bobeira e tanto.
De que mundo você está falando???? Onde nos comunicaremos pela mente? Que mente? Quando você morrer, sua mente se tornará de-mente, não mais existirá fora do seu cérebro, se for diferente, volte e me conte (rsrs).
Eu não quero ir para um mundo tosco deste, onde não terá água nem sol? E nem micro-biquínis, vai a merda, tô fora.

(Agora não gostei do corte do Gresder, pois, em outros posts aconteceram centenas de comentários inúteis e repetitivos e ninguém pediu para parar, huahauhauahau. Só pra sacanear com o Gresder).

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Unknown disse…
Evaldo, como faxineiro da comunidade, entro para fechar o bar. Seu texto é interessante, bem escrito, é uma confissão de sua visão de mundo. Como criticá-la? como lê-la? Concordo com suas colocações.

Religião é cultura. Expressão humana de seus desejos e medos, dogmatização de nossas dúvidas, tentativas de dar certezas, por vezes fúteis, a questionamentos sérios. Quemm somos nós? Qual nosso sentido? Adorar aos deuses, diriam uns, somos experimentos, diriam outros.

Tudo seria um ótimo exercício de imaginação, se pesssoas não começassem a "ver" seus deuses imaginários, e a dizer o quê eles querem. Neste ponto, a religião mostra as garras, que são as garras da maldade humana. De igual forma, há momentos em que a religião torna-se boa, é a dogmatização do bem, da bondade humana.

Quando vejo a religião de grandes homens, Gandhi, Buda, Jesus, sejam eles reais ou mitos, rendo-me. Nada teria a dizer para Gandhi se o encontrasse, tal como não diria nada a um monge hoje. Discutiria se ele quisesse, mas não o julgaria, embora discorde da literalidade de sua visão de mundo. Mas o quê há para se discutir com uma pessoa disposta a morrer pelo seu povo?

Como sempre conversamos, sobre os mitos, eu vejo coisas incríveis neles, ensinamentos milenares que nós tentamos preservar na forma de deuses. Hoje sabemos que eles não são literais, não habitam a mesma existência que nós, mas existem como conceitos, idéias, palavras, que sobrevivem e evoluem (alguns nem tanto rsrs) na nossa história.

Os antigos já sabiam disso, e a cada dia nós confirmamos. O conhecimento trouxe consigo a percepção da realidade, com ela toda sua maravilha e perplexidade. Vivíamos num mundo, sem olhar para o alto, crendo que todos nossos medos seriam compensados, haveria justiça, seríamos eternos. Mas nós fomos fundo, e a cada dia desvendamos mais os mistérios da vida, do universo e tudo mais, e com isso, descobrimos que cada vida é singular, e não dura muito.

Vou parar por aqui, pois preciso montar meu texto para o blog.
Eduardo Medeiros disse…
É verdade, você falou do "ódio" que nunca deveria ter existido entre ciência e religião. E você está certo que o "sobrenatural" de hoje poderá a vir ser domesticado pela ciência no futuro. Essa é a função dela, e que bom que é assim, senão ainda estaríamos achando que a gripe era provocada por demônios ou era castigo de Deus.

Para mim, o problema é exatamente isso, "a magia vai se apagando..." eu não quero deixar a magia morrer, ainda que a ciência não veja magia no lugar mágico que é o universo.

Não quero um mundo sem imaginação, sem fadas, sem minotauros, sem Sansão, sem Davi matando Golias, sem o Senhor dos anéis. Tudo isso é fruto da nossa imaginação, onde agente brinca de transcender, de inventar estórias. No dia que formos cem por cento "científicos" ninguém contará mais estórias e o mundo ficará muito chato.
Marcio Alves disse…
GRESDER

O que o “sujo está falando do mal lavado”?
Oras GRESDER, não venha com incoerência para nosso lado, não!

Se você está mesmo cansado desses assuntos, porque ainda insistes em escrever esses mesmos assuntos lá no seu blog “a-religioso”???
Pare de falar nestes temas, e comece a escrever sobre futebol, bebidas e esportes!

Você perdeu o interesse, não nós.
Se quiser outros temas que levante você, pois cada um postará o que bem entender e o que bem quiser.

Esses assuntos continuam a ser debatidos, pelo simples fato da dialética nunca ter fim, e desses assuntos estarem longe de uma concordância.

Se você não quer mais participar, ótimo, continuaremos mesmo sem você, alias, já estamos sem você.....pois ate aqui você tem vindo para dizer que não vai mais debater, então que não vem mais debater sobre não debater, pois isto já esta enchendo o saco.

Tantos ótimos pensadores saíram daqui, mas esta confraria ainda permanece e permanecerá, portanto, você não faz a menor diferença aqui, ainda mais agora com esta sua birra infantil de “se não for do meu jeito, então não pode ser de jeito algum”.
Anônimo disse…
Edu, analise bem como irás proceder quanto a teu bambino, posso estar errado, mas, não sei se o caminho mencionado por ti serás bom para o desenvolvimento psicológico do seu filho.

Você disse "Ele pode até frequentar a EBD, mas em casa eu vou desconstruir tudo o que eu sei que será prejudicial para ele no futuro.", não creio que esta via dupla de ensinos/pensamentos são úteis na formação do caráter do teu filho.

Creio que não será bom esta desconstrução momentânea, imagina então, no domingo de manhã, ele com a mente fresquinha, é lotado de conceitos "evangelicais" da forma que aconteceu com a neta do Levi, na igreja ele descobre que a Igreja católica é o covil do cão, aí ele chega em casa e você terá que convencê-lo de que este conceito está errado.

Será que ele confiará em você ou no pastor/professora que a mãe dele disse que são escolhidos por "Deus".

Pensei nisso.

Hoje estou formando o caráter moral dos meus filhos fora da religião, o que, creio eu, está sendo muito bom. Porque viajamos no transcendental/místico/desnaturalizado (rsrs), contando as estrelas, deitados em um campo de futebol, ou, deitados na areia da praia.
Para nós a grama, o campo, a árvore, o mar, a lua, as estrelas, a garota de bíquini, tudo isto é místico/sacrossanto, rsrs.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Eduardo Medeiros disse…
Wolkrs, você não deixe de ter certa razão...acontece que a mãe dele é CRENTE. Não é uma crente daquelas obtusas que não consegue enxergar um palmo além das suas crenças, mas ainda assim, é crente e faz questão do eduardinho frequentar EBD...

Quando eu falei em descontruir o que eu acho que não será bom para ele, vou tentar fazer isso da melhor forma possível e quando ele já tiver uma certa maturidade para entender.

Não deve ser difícil. É só ensinar para ele que a religião da mamãe e do papai não é a única que leva para o céu. Que Deus é um patrimônio de todas as religiões do mundo. Se eu consegui que ele seja ecumênico do jeito que eu sou, já será um bom começo. Quando ele começar a ler os livros que eu tenho na minha biblioteca, tenho certeza que a cabeça dele não vai ser fundamentalista.

Talvez vire até ateu...kkkkkkkkk (seria um golpe dura na minha morena, tadinha dela...). Enfim, ele também vai saber que praia, sol e menina bonita são místicas e sagradas...rss
Esdras Gregório disse…
Sobre que tema religioso comum eu escrevi em meu blog Marcio?

Se você parece para ler você veria a negação de toda qualquer discussão no ultimo tema.

Quem te disse que eu quero falar sobre: futebol, bebidas e esportes, o que eu desejaria é não falar de novo sobre estes temas batido a qual mais se fala aqui: “ciência versos religião”

Eu sei que você não se importa se um de nos sair, pois você já expulsou o Wagner de entre nós com a sua falta de respeito com a experiência particular de cada um com sua cansativa questão: “deus não ajuda um e deixa o outro perecer”

Não adianta negar eu já conversei com Ele mais de três vezes depois que ele parou de comentar entre nos, não que seu dogma do: ”deus não intervém” não seja verdadeiro, mas respeito é bom e bola pra frente que isso já matéria resolvida e de primeira serie entre nos.
guiomar barba disse…
Isa,

Eu calo minha boca... Você tem toda razão. Beijão.
guiomar barba disse…
Edu,

Enfim, ele também vai saber que praia, sol e menina bonita são místicas e sagradas...rss

Com todo coração desejo que seu filhinho encontre uma menina realmente sagrada. rsrs

Beijo.
guiomar barba disse…
Meu anjo Gabriel,

você disse: "Como sempre conversamos, sobre os mitos, eu vejo coisas incríveis neles, ensinamentos milenares que nós tentamos preservar na forma de deuses. Hoje sabemos que eles não são literais, não habitam a mesma existência que nós, mas existem como conceitos, idéias, palavras, que sobrevivem e evoluem (alguns nem tanto rsrs) na nossa história"

Como você pode ter tanta certeza? Como você pode comprovar que Deus é uma ilusão na minha mente e de milhares de outros seres humanos, até mesmo grandes cientistas?

Beijão pra tu.
guiomar barba disse…
Grande Edu!

Para mim, tudo isso é sobrenatural. Tudo isso: o universo, os sistemas solares, as galáxias, a terra, os seres vivos, a consciência humana, etc, tudo para mim é sobrenatural é transcendente.

A maioria de nós acha que tudo isso é natural, mas só quem não se deixou cegar pela naturalização do mundo que a ciência provocou, é que pode olhar tudo isso de boca aberta e dizer:

- Uau!

-UAUUUUUUUUUUU!
Unknown disse…
Guiomar, dado que ninguém até hoje apresentou prova contundente de quê os deuses habitam este universo, e não passam de conceitos, tal como unicórnios, fadas, etc, e visto que as experiências religiosas podem ser satisfatoriamente explicadas como fenômenos da mente, é seguro afirmar a inexistência dos mesmos.
Anônimo disse…
Ainda acrescento,

Ninguém nunca conversou com Jesus Cristo, mas, chove de adesivos dizendo "Falei com Jesus hoje, ele está vivo", da mesma forma que eu posso dizer que "Falei com Michael Jackson hoje, ele está vivo".

Quando eu perguntei a um "pastor" da blogosfera como ele "ouvia" Deus ele disse que era através da observação das pessoas e das coisas boas, logo, era de forma INDIRETA.

Ou seja, nesta visão indireta eu vejo Elvis Presley em qualquer pessoa na rua e fico muito feliz pelo espírito do Elvis me consolar com sua música "Love me tender", aleluia.

Aí entra diversas coisas indiretas, curas, mortes, mudança de comportamento, tudo de forma indireta.

Ou seja, "deus" é só um conceito à qual atribuímos coisas que teoricamente são "sem um autor", tipo quando dizemos que nosso carro foi deus quem me deu, só atribuição.

E deus é um ser onde atribuímos coisas que partem de nós.

Escolha o que você quiser e atribua a Ele, pronto, é assim que funciona.

Meu carro por exemplo, foi Zeus quem me deu, eu falei ontem com Thor e perguntei se foi ele quem pregou Jesus na cruz, você acredita que na hora da crucificação ele estava transando com umas prostitutas e não teve nada a ver com os pregos nas mãos do galileu?

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Guiomar Barba disse…
Oi Gabriel, posso pensar assim de todos os sentimentos humanos, até mesmo que me mostrem provas contudentes, serão sempre subjetivos...

Beijão.
Unknown disse…
Guiomar, pelo contrário.

Amor, ódio, empatia, compaixão, desprezo, misericórdia, ganância, humildade, são palavras que expressam fenômenos da mente, que se expressam de alguma forma na pessoa e em suas ações, podendo ser medidos e experimentados. Pode-se medir a atividade cerebral de uma pessoa quando esta sente compaixão por outra, medir-se os hormônios liberados no organismo quando sentimos paixão, euforia, tristeza.

De igual forma, quando alguém tem alguma experiência religiosa, pode-se relacionar os eventos que ocorrem no cérebro com as sensações percebidas pela pessoa.
Guiomar Barba disse…
Evaldo, que adiantaria alguém lhe dizer que Deus falou com Ele diretamente ao seu coração, a sua mente ou a viva voz? Você diria a mesma coisa que a pessoa pensou isso...

Eu morro de pena de pessoas que ouvem vozes e os médicos lhes passam drogas, muitas vezes deixando-as inúteis, quando eu vi Deus libertar pessoas que viviam sobre opressão maligna.
Com certeza você nunca viu uma pessoa realmente possessa, nunca viu ninguém sob efeito de macumba.

"Existem mais mistérios entre o céu e a terra que imagina a nossa vã filosofia."

Abração.
Guiomar Barba disse…
Evaldo,

Você disse:

eu falei ontem com Thor e perguntei se foi ele quem pregou Jesus na cruz, você acredita que na hora da crucificação ele estava transando com umas prostitutas e não teve nada a ver com os pregos nas mãos do galileu?

Sua irreverência contra Jesus, fere e faz doer o coração de quem ama a Ele e crer que Ele é o filho de Deus. Acho que você deveria ser mais prudente. Amanhã você poderá pensar diferente...

Abraço.
Unknown disse…
Guiomar, é realmente triste quando um médico logo parte para o uso de drogas, quando o problema é de ordem psicológica, para o qual tratamentos menos danosos são suficientes.

Mas a boa ciência, as boas práticas médicas, as pesquisas, são as que ao longo dos séculos têm distinguido problemas mentais graves e leves. Se fôssemos seguir aos ensinamentos religiosos, todo esquizofrênico sofreria nas mãos de curandeiros, tentando inutilmente expulsar-lhes os demônios. Hoje sabemos que para certos problemas mentais só o uso de remédios apresenta algum resultado.

Nossa medicina ainda comete erros quando trata de problemas mentais, mas o caminho correto não é voltar às práticas superticiosas, e sim adentrar nos mistérios do cérebro, e descobrir a cura efetiva para estes males.

Por efeito placebo, cultura, ou por algo ainda desconhecido, alguns casos de confusão mental são resolvidos na base do exorcismo, que para mim muito se asemelha à hipnose. Infelizmente este não resolve muitos casos, diria a maioria, principalmente os graves.

Shakespeare foi sábio ao proferir tais palavras, pois a vã filosofia realmente não sonhava com o quê a ciência veio a descobrir mais tarde. Hoje ainda há muitos mistérios, que qualquer vã filosofia não sabe responder, mas a ciência pode.
Guiomar Barba disse…
gabriel para mim continua tudo subjetivo.

Visitei um amigo soropositivo, com tuberculose e muitas outras enfermidades. Ele estava na casa de uma senhora que tinha grana,o apartamento belíssimo com uma paisagem maravilhosa para o mar. Ele havia sifo faxineiro dela e de outras pessoas na região.

Fiquei encantada com o amor da mulher, abrindo suas portas para albergar um ex viciado e ainda mais aidético, com tuberculose e outras enfermidades, meu prazer durou minutos, logo que fui apresentada aquela senhora, ela me disse: É, temos que fazer o bem para recebermos algo lá em cima né?
Em seguida, ví aonde ele estava dormindo: um colchonete finissímo em um chão frio. Depois que ela saiu, ele nos falou da fome que estava... Providenciamos comida e saimos daquela casa, indignada.

Se eu não houvesse ficado lá tempo suficiente, não saberia das "provas contudentes" dos seus sentimentos subjetivos, mas apenas das aparências...

Graças a Deus porque Ele ama sem interesses e nós podemos ter em nós o mesmo sentimento que há nEle.

Abração amigo.
Guiomar Barba disse…
kkkkkkkkkkk Estamos em msn em?

Gabriel, eu trabalhei vinte anos com viciados e estou de volta para a missão.

Ví inúmeras pessoas com perturbações mentais nestes vintes anos, sairem de psicologos, psiquiatras, sem resultado e nos procurarem e para nossa alegria estão hoje reintegradas a sociedade e família.

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá... Olha o Gil!
Unknown disse…
Guiomar, historinha interessante. Não entendi em quê ela desmente o que eu disse. Você viu uma pessoa que estava realizando uma boa ação, mas de forma não altruísta, e que provavelmente o fazia para elevar seu status social (demonstrar bondade pode ser algo vantajoso).

Com isso, você se sentiu consternada por tal exibição de egoísmo, e movida de empatia, ficou indignada com a mulher. Novamente, sentimentos naturais, e que algumas pessoas expressam mais do que outras.

Sobre sua última afirmação, está incorreta. O Deus do cristianismo não nos ama incondicionalmente, nem sem interesse. Ele QUER que a gente adore-o e viva para ele, e NÃO aceita resposta negativa, tanto é que punirá eternamente que o desobedecer. Isso não é amor altruísta, é sadismo do pior.
Unknown disse…
Guiomar, você está sendo parcial. Você viu as pessoas que não encontraram resposta na medicina convencional, e buscaram na religião. Mas você viu quantas não encontraram na religião e buscaram na medicina?
Anônimo disse…
Guiomar,

Da mesma forma que você ama Jesus que é filho de Javé, eu amo Thor (hoje, para escrever este post, amanhã, ao escrever outro post estarei amando Baco e bebendo vinho com virgens), que é filho de Odin.

Só fiz para você uma correlação entre Thor possuir um martelo e Jesus ter sido pregado na cruz, mas meu deus não foi quem pregou seu deus na cruz, ainda bem.

Na verdade eu já sabia que não foi, porque os próprios cristãos assumem esta culpa (minha tão grande culpa).

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Guiomar Barba disse…
Evaldo,

Quem é o seu deus? Posso saber?

Eu concordo com você, não foi Deus que levou Jesus à cruz. Ele se entregou por nós simplesmente por amor.

Abraço.
Guiomar Barba disse…
Gabriel querido,

Você não entendeu o que eu disse. O que queria passar é que: quando a medicina não tem resposta, há um Deus que criou o homem e conhece perfeitamente "tudo" e que tem prazer em responder. Por esta razão estou curada de uma asma crônica.

Beijão pra você.
Unknown disse…
Parabéns pela sua asma curada. Pena que milhares de crianças na áfrica não podem dizer o mesmo de suas aids. Aliás, se Deus sabe tudo, por quê diabos não nos diz como se cura tal doença? Ou nos mostra logo a cura do câncer, e de tantas outras doenças que atingem tantos miseráveis no mundo?

Ah sim, ele está preocupado em curar asmas, gripes, unhas encravadas, furúnculos etc.

Ps: eu também tive uma suposta doença "curada" por Jesus. é uma que muitas crianças têm e são "curadas" sem intervenção cirúrgica (refluxo), e que, na verdade, nunca foi completamente curada.
Anônimo disse…
Guiomar,

Conforme está lá em cima do blog, abaixo da minha foto:
"Atualmente sem religião e sem um deus. Procuro um para adoção."

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Anônimo disse…
Gabriel,

Minha esposa foi curada de câncer, o detalhe é que ela nunca esteve "cancerosa", Javé pisou na bola, passou a informação errada para o idiota do profeta, hauhauahu.

Evaldo Wolkers.
Guiomar Barba disse…
Gabriel meu precioso amigo,

O que me indignou na "historinha interesante", foi ela fingir que estava ajudando. O que você acha de um tuberculoso dormir em um colchonete no chão frio e ainda não ter o que comer, quando estava sem grana e sem condições para batalhar comida? E a suposta misericordiosa querendo ganhar um lugarzinho melhor lá em cima, simplesmente por colocar ele sob seu chique telhado? Ainda mais uma pessoa que a serviu por tantos anos com tanta dedicação...

Será que a ciência descobriria o real sentimento dela através da medição?

Você disse:
Pode-se medir a atividade cerebral de uma pessoa quando esta sente compaixão por outra, medir-se os hormônios liberados no organismo quando sentimos paixão, euforia, tristeza

Você disse: "Sobre sua última afirmação, está incorreta. O Deus do cristianismo não nos ama incondicionalmente, nem sem interesse. Ele QUER que a gente adore-o e viva para ele, e NÃO aceita resposta negativa, tanto é que punirá eternamente que o desobedecer. Isso não é amor altruísta, é sadismo do pior."


Não sei aonde você arranjou a idéia de que Deus vai punir as pessoas que não adoram a Ele.

Amado, adoração é fruto de um coração perdoado, grato, cheio de amor, uma atitude expontânea. Jamais Deus aceitaria uma adoração forçada. E não seria adoração e sim um murmúrio de rancor com palavras falsas.
Lamento que você tenha uma idéia tão distorcida de Deus.

Abraço.
Anônimo disse…
Guiomar,

1)
"Não sei aonde você arranjou a idéia de que Deus vai punir as pessoas que não adoram a Ele."

Gabriel deve ter descoberto isto em um livro chamado "Bíblia Sagrada".

A base do cristianismo não é o céu para os que aceitam o deus cristão e o inferno para os demais "não-salvos-convertidos"?

Aí está a afirmação de Gabriel, para Javé ser um cara sádico.

2)
Sobre a mulher e seu ego ser alimentado por "quase-boas-obras", a psicologia explica sim, ou você acha que precisa da religião para analisar o comportamento desta mulher?

Na verdade há uma grande chance desta mulher não estar agindo de má fé, inclusive é a religião que está enganando esta pobre mulher, porque devido à sua religiosidade ela acha que vai ganhar um lugar legal só por deixar tal homem em um "lugar legal", talvez ela apenas queira a retribuição do lugar, já que alma não comerá comida, sendo assim, ela não está fazendo nada de mal, dando residência mas não dando comida, afinal de contas Jesus disse para ela fazer aos outros aquilo que ela quer que façam a ela, é só ter um olhar religioso para perceber que a falha não é moral e sim teológica.

Abraços,

Evaldo Wolkers.