Por Eduardo Medeiros
Já desconfiou que em você, mora outro? Ou conscientemente você já criou um outro em você e acabou por confundir-se quem é quem? Bem-vindo ao mundo dos Alteregos. Desde muito pequeno, eu convivi com alteregos sem saber do que se tratava. Afinal de contas, o mundo dos personagens de quadrinhos está cheio deles. O que seria de Batman, Homem-aranha e Superman sem suas identidades secretas de Bruce Wayne, Peter Parker e Clark Kent?
Segundo a psicanálise, a estrutura psíquica se compõe de
Ego, Alterego, Superego e Id. Sendo o “Ego” (do alemão “ich” – “eu”) a
estrutura que se desenvolve a partir do “Id” com o objetivo de permitir que seus impulsos
sejam eficientes em relação ao mundo externo; sendo o Id (do alemão “ele”,
“isso”) a fonte da energia psíquica (libido), formado por instintos, impulsos
orgânicos e desejos inconscientes; o Superego é o “supereu”, a instância moral
da mente humana que representa os valores sociais. E por fim, a instância
psíquica de que trata este texto – o Alterego (do latim “alter” – “outro egus –
“outro eu”), ou seja, outra personalidade de uma mesma pessoa.
Alteregos sempre foram usados por artistas pops, tanto para
entreter o público quanto para explorar novas identidades para si mesmos. Um dos primeiros a usar tal recurso foram os
Betles no álbum Sergeant Pepper and Lonely Hearts Club Band. Segundo eles
próprios: “Para alterar nossas identidades, nos libertar e nos divertimos aos
montes”. Depois deles, outros como David Bowie (com os nomes de Ziggy Stardust,
um ET de olhos coloridos), os mascarados do Kiss, Alice Cooper e Marilyn Manson
que exploram temas de horror. Por aqui,
o mais famoso sem dúvida é Ney Matogrosso com seu grupo Secos e
Molhados. Matogrosso explora muitíssimo
bem o seu alterego. Aquela figura exótica, esvoaçante, que canta com olhares
expressivos e figurinos prá lá de criativos. Certa vez em uma entrevista, Ney
comentava que algumas pessoas pensavam que ele vivia 24 horas como seu
alterego. “Eu não sou maluco de andar na rua daquele jeito que eu me apresento
no palco”, ele disse. Essa questão do “eu não sou maluco” seria o quê? Defesa
do eu “normal”? Deixo a pergunta para os psicanalistas de plantão.
Muitos outros artistas além dos citados usam muito bem o recurso
do alterego, mas uma, em especial, merece nossa atenção: LADY GAGA. Esta é um caso de múltiplos alteregos. Ela é
Mother Moster Mãe, Jo Calderone, Candy Warhol, Bride, Nymph, Maria Madalena, e
Yuyi Mermaid (sereia). Gaga ultrapassa todos os limites da “normalidade”.
Mistura de Andy Warhol com Madonna , alcançou fama pela excentricidade, mesmo
suas músicas estando dentro do padrão costumeiro do segmento. Gaga parece
querer ultrapassar todos os limites antes navegados no mundo “pop-choque” (de
querer chocar). Recentemente enxertou próteses estranhas nos ombros e rosto (o
que ele nega), põe seus discos no top das paradas e mais ninguém como ela se
apresentou com vestido feito de carne, chapéus de lagosta, pianos incendiando
ou óculos de LCD. Gaga não vai a eventos – ela é o evento.
Em texto publicado na revista Psicologia & Vida, o autor
diz sobre Gaga:
“Mas se você arrisca um olhar mais profundo, verá que está
diante de uma mulher que decidiu abdicar de sua própria identidade para ser ela
mesma a obra de arte (ruim ou boa, essa não é a questão). Lady Gaga é uma
eterna criação de Stefani Joanne Angelina Germonotta (seu nome real). Uma obra
que ela pode mexer, atualizar sempre que assim o quiser e , mais que isso,
baixar em si mesma as últimas atualizações”.
Em uma de suas músicas, “Telephone”, Gaga diz: “Eu não quero
mais pensar! Deixei minha cabeça e meu coração na pista de dança!”. Em uma gravação de um show para a HBO ela
declarou: “Às vezes eu ainda me sinto como um garoto perdedor no colégio...eu
costumava ficar fora das brincadeiras de infância por ser muito excêntrica ou
provocativa, então passaram a me deixar de lado. Eu não encaixava me sentia uma
aberração”.
Essas “feridas abertas” levaram a menina excêntrica a uma
busca insaciável de ser aceita, compondo uma máscara ou várias, distanciando-se
completamente do “eu” original. Gaga se re-imaginou passando de “aberração”
para Diva. Mas fica a questão: quanto em Lady Gaga há de Stefani Germanotta? Se
é que ainda há.
Artistas que usaram e abusaram dos alteregos
2 - The Betles 3 - Hulk Hogan 4 - Alice Cooper 5 - Marilyn Manson 6 - Os irmãos Marx: Groucho/harpo/chico
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Referência para esta postagem:
Revista Psicologia e Vida.Ed especial
Ed Minuano
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Ilustrações:
www.fanpop.com
Revista Psicologia & Vida
Comentários
Você me confundiu. Quando pensei que a Gaga apenas no palco da vida artística assumia a máscara que sabia agradar o povo, você comenta: “Às vezes eu ainda me sinto como um garoto perdedor no colégio...eu costumava ficar fora das brincadeiras de infância por ser muito excêntrica ou provocativa, então passaram a me deixar de lado. Eu não encaixava me sentia uma aberração. "
Diz-se, hoje, que Sócrates nunca existiu. Ele foi um personagem criado por Platão. O filósofo falava de seu “eu ideal” através de um personagem. Os “Diálogos de Platão” eram um monólogo bifásico entre os dois lados paradoxais da psique humana.
Os autores, por exemplo, que escrevem sobre terror e suspense estão abraçando a escuridão que residem neles mesmos. O “alter-ego” expressão que significa um outro “eu”, na verdade é uma espécie de criação simbólica, onde o escritor ou ator se esconde.
Todos nós, frequentemente, usamos em nossas interações, a figura de linguagem, denominada ironia: nela sustentamos argumentos para afirmar justamente o seu contrário.
Não encetamos histórias de heróis e vilões, se não tivéssemos o “pecador” e o “santo” dentro de nós.
Se nos confundirmos demais com os nossos heróis, corremos o risco de deixarmos de fora ou não reconhecermos outras partes importantes de nós mesmos, que Jung denominou - Sombra
Na postagem anterior sobre o texto-desabafo do Esdras, sob o título “ Como se Dar Bem na Vida Mesmo Sendo um Bosta” ― há uma clara alusão sobre aquilo que não queremos para nós. Estamos sempre a negar o nosso lado Bosta ― Esse excremento é a sombra do passado que está ainda em nós e não foi embora. (rsrs). Inconscientemente, trabalhamos incessantemente para ser visto como acima da média. Uma coisa que não podemos negar é que a nossa personalidade foi forjada como que para ocultar certos afetos que reprimimos por julgá-los inaceitáveis em nós.
Corroborando com o comentário da confrade, Elídia, sobre a Lady: para viver em sociedade desenvolvemos máscaras, sem as quais nos sentiríamos impotentes, sabendo que se as usarmos o tempo todo, corremos o risco de não podermos mais retirá-las do rosto. Pelo uso prolongado ela pode colar na pele da nossa face, ficando difícil ser retirada sem que nos cause dor e sangramento. (rsrs)
Para quem tiver paciência, aí vai o link de um artigo que publiquei no “Ensaios & Prosas”, em outubro de 2012, que penso ter alguma relação com o tema em debate nesta sala:
http://www.levibronze.blogspot.com.br/2012/10/o-retrato-e-seu-negativo.html
No caso de Fernando Pessoa, creio que nos diversos personagens criados por ele, exista um pouco de si. Penso que em cada personagem por ele inventado resida uma faceta de sua personalidade.
O ser humano é um sujeito de relação, e para existir tem que ser intermediado pelo outro. Assim, creio que os personagens que povoam o imaginário dos poetas tenham um pouco de si e dos outros que fizeram parte do seu convívio. Esse outro, tanto pode ser uma pessoa de carne e osso, quanto um ser imaginado tirado das muitas leituras que o escritor fez.
Na história da cada um de nós existe um somatório de influências de muitos que fizeram parte de nossas vidas e já se foram. Já dizia Pablo Neruda: “Minha vida é uma vida feita de todas as vidas” (rsrs)
Os vários personagens de Fernando Pessoa são produtos do mesmo cérebro – são analogias em um permanente diálogo interno. Ele explorou a sua natureza de “guardador de Rebanho” sem precisar ser um Pastor, com o heterônimo – Alberto Caieiro:
“Eu nunca guardei rebanhos/Mas é como se os guardasse...”
Em Ricardo Reis, ele explorou o seu lado épico e clássico:
“A glória passa como um fardo rico/A fama como a febre...”
Levi, esse é um tema de fato, muito interessante. Antes até de existir esta confraria, quando a nossa turma estava a todo vapor nas participações dos blogues, começaram a aparecer algumas "máscaras". Lembro a turbulência que o Edson provocou ao criar o Noreda Somu Tossan. De forma espetacular, ele começou a mexer com os brios da turma para depois fazer um Raio-X de todos nós. E nunca ninguém descobriu quem era o Noreda, nem mesmo o seu inseparável amigo Márcio Alves...rsss
Eu mesmo, criei o "Arminius Calvininus", um ultraortodoxo em matéria de teologia. Mas fui logo descoberto...kkkkkkkkkk
Me parece que a questão é essa mesmo: nós somos muitos! Dentro de nós habita desejos, interesses e focos que nem sempre são expressos pelo nosso "eu dominante" (essa expressão seria correta?). O Jung tem um livro (que eu ainda não li) onde ele discute a interpretação do arquetípico da Trindade. Se alguém leu, pode nos dizer do que se trata? Será que ele usa a Trindade como um exemplo desses nossos múltiplos "eus"?
Mas a questão das múltiplas personalidades já seria uma outra coisa,não? Alguém que sofre de personalidades múltiplas tem uma patologia psíquica e não apenas um desejo de se expressar de forma diferente?
Este tema expõe nosso outro "eu" de forma muito nítida. Logo, pode constranger, assustar, surpreender e porque não, encorajar.
Eu por exemplo, diversas vezes escrevo analisando fatos e circuntãncias no ponto de vista observado pelo camarada "Sid Mac Crazy". Um camarada que não vê na vida, nada além do momentâneo, um camarada que não vê deus, não vê sistemas, nâo vê sentidos, apenas analisa as coisas pela sua infame existência. Me divirto muito quando escrevo imaginando ser ele. Embora não sejam de fato os pensamentos que permeiam minha mente e fundamentem minhas crenças e supostas verdades, aprendo muito com o Sid.
Talvez, muitas de minhas indagações, e das dúvidas que busco esclarecer em minha jornada se devam ao fato do Sid existir no meu inconsciente. Eu me dou muito bem com ele kkkkkkkk
Esta semana esta um pouco corrido, talvez não consiga acompanhar, mas na medida do possível irei dando umas espiadas e algumas cornetadas kkkkkk
Abraços!
o texto do seu blog indicado diz em um parágrafo:
Os negativos das fotos nos eram entregues junto com o seu positivo (os retratos). Nunca usávamos os negativos (o não revelado) das fotos, com nossas faces monstruosamente feias, para confeccionar novas fotos. Mas não sei por que teimávamos em guardá-los.
Não dá pra jogar fora não, né? rss
Essa mania que temos de organização, de normatização e de querer tudo bem certinho, não seria uma ressonância (êta palavrinha gostosa – rsrs) do nosso obsessivo e compulsivo, “Armínius-Calvínius” ou do justiceiro - “Nicodemus Justus” - do Matheus?
Não adianta tentar apagar o Armínius, o Calvínius e o Nicodemus Justus que existem em nós, como diz bem esse trecho pinçado de uma poesia que fiz em julho de 2012, postada no “Ensaios & Prosas” ( http://levibronze.blogspot.com.br/2010/07/obsessao-e-fuga.html ):
Apagar meus vestígios e limpar as minhas manchas
Para Quê? ― Se o DESEJO retorna!/
Na masmorra do castelo, a obsessão acorrentada,
Como uma criança perversa, ruge vigorosamente.
O que sou? ― Sujeito ou objeto?”
Qual a diferença entre o antigo inconsciente, proposto por Sigmund Freud, e o novo inconsciente, da neurociência?
Freud estava certo, de uma maneira bem geral, quando afirmou que o inconsciente é muito importante e influencia tudo o que fazemos sem que nos demos conta. Mas outras coisas mais específicas propostas por ele não parecem ter nenhum suporte das evidências científicas que temos levantado nos últimos anos. A principal diferença, que os cientistas começaram a notar nos anos 90 e 2000, é que a mente inconsciente não é algo que se acessa com psicoterapia ou introspecção. Não é algo que está escondido de nós por razões emocionais.
O que é, então, a nova mente inconsciente?
É uma parte da mente que não é acessível por conta da própria arquitetura do cérebro e da forma pela qual o cérebro funciona. O cérebro evoluiu para operar de uma forma automática, muito rápida e sem esforço, ideal para nos ajudar a sobreviver na selva, a reagir com rapidez a possíveis ameaças. Se ficássemos pensando no que fazer ao avistar um animal selvagem, seríamos facilmente mortos. Por isso, há reações (como, no caso, fugir) que nos vêm automaticamente, sem que tenhamos que ficar ponderando (e perdendo tempo).
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/neurocientista-poe-em-xeque-inconsciente-de-freud-10546765#ixzz2kSZdJM1M
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Já tive algumas surpresas (boas ou não) com alguns amigos que se deparam com meu facebook. Inclusive tive uma decepção bem recente com isto. Já outros amigos virtuais que acabo conhecendo no mundo real, se espantam ao ver que sou uma pessoa normal e bem normalzinha mesmo! rsrs
Como diz o Levi na primeira estrofe de seu poema:
Apagar meus vestígios e limpar minhas manchas.
..............................Para quê? ─ Se o desejo retorna!
.....................Na masmorra do castelo, a obsessão acorrentada,
.....................Como uma criança perversa, ruge vigorosamente:
..........,....................O que sou? ─ Sujeito ou objeto?
Já eu, ao contrário do que ele diz na segunda estrofe, não evito o confronto, não normatizo-me, mas, perco-me numa dança muda de palavras vãs.
Lembrei de uma reflexão do And que não sei se cabe aqui, mas, creio que sim:
COLCHA DE RETALHOS (Anderson Luiz de Souza)
Retalhos... Assim os vejo, assim os sinto! Tudo como se fosse uma imensa colcha de retalhos. Fotos envelhecidas, coloridas ou não... Vidas! Preciosas vidas, retalhos de vidas... Alegria! Vidas que exalam a Vida! Exalam retratos olfativos de flores... que embriagante cheiro; vidas que cheiram vidas... flores que cheiram flores... flores que exalam o embriagante cheiro da vida... a vida!
Retalhos... uma colcha de retalhos de fotos, de vidas e de flores... Mas as flores também exalam outro cheiro: - O DA MORTE! e minha colcha também exala o apodrecido cheiro da morte. Meus sonhos...
Deito-me em minha cama, faço dela minha cova de lençois e cubro-me com minha colcha de retalhos, que exala tanto o cheiro embriagante da vida, quanto o apodrecido odor da morte...
Assim eu durmo e espero outro dia nascer para que venha logo outra noite, e eu possa deitar-me em minha cova e cobrir-me com minha colcha de retalhos...
A neurociência e a psicanálise não são excludentes, e sim conciliáveis.
No início, os neurocientistas, empolgados com as suas descobertas, chegaram a preconizar um reducionismo, isto é, se tentava explicar os afetos e conflitos humanos como simples reações químicas entre neurônios.
Diante da equação: é a química que determina os pensamentos, ou é o pensamento que ativa o gatilho da produção de neurotransmissores? ― foi que surgiu o campo da Neuropsicanálise. Atualmente, se sabe que sem a junção dos dois métodos não se vai a lugar nenhum.
Recentemente, foi publicado um elucidativo artigo sobre a Neuropsicanálise na revista da SBPC , que você poderá conferir no link abaixo:
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252004000400019&script=sci_arttext
Minha opinião é que, fora esses trabalhos artísticos que se fazem necessário para angariar público, o exercício de exteriorização das várias personalidades que possuímos é muito saudável. Artistas criam personagens para entreter o público, já pessoas comuns como eu, apenas trabalham as facetas de sua personalidade como terapia para melhor entender-se. Observem meu exemplo:
Foi preciso criar o Noreda para poder manifestar um "eu" que há tempos permanecia em latência em mim. Somente depois do Noreda é que pude me postar como observador de mim mesmo, e descobri que a aceitação desta faceta não era algo impossível. Já com o provocador foi um pouco diferente. No fundo, enquanto o Edson busca amigos e se possível verdadeiros, já o Noreda busca reconhecimento pelo seu esforço intelectual, fama digamos assim. O Provocador é o extremo oposto do Edson, este só quer mesmo inimigos, por isso provoca a todos, inclusive os amigos que o Edson mais respeita, e quem pode acompanhar a desenvolver deste personagem, teve a oportunidade de ver debates agressivos entre o Próprio Edson e o Provocador. Parece coisa de louco mesmo, mas é perfeitamente normal e extremamente necessário para se saber lidar com as emoções.
Diante da equação: é a química que determina os pensamentos, ou é o pensamento que ativa o gatilho da produção de neurotransmissores?
Eu prefiro entender que o pensamento(a mente consciente) vem antes de tudo. Que é ele que tudo constrói.
Os enunciados de Freud já estão aí há muitas décadas. Muitos que vieram depois dele, ampliaram ou adequaram o que ele disse em novos formatos. Toda ciência evolui, e isso não seria diferente com a psicanálise. É normal que novas descobertas sejam feitas de como funciona o inconsciente. Mas a base de tudo, é que ele está lá: o inconsciente que continua pregando em nós, as suas peças. Se a análise feita pela psicanálise precisa de atualizações, que se faça. A ciência é assim.
Mas deve-se pontuar que há alguns cientistas que negam por completo a psicanálise freudiana.
Quando o Provocador apareceu por estas bandas, ele veio tão agressivo, mandando todo mundo tomar se foder, que eu achei tão prepotente que deletei todos os comentários dele...kkkkkkkkkkkkkkk
Não fiz CENSURA. Eu não deletei nenhum comentário por causa de argumentos, e sim, por que um indivíduo que ninguém conhecia, apareceu xingando e afrontando todo mundo de forma totalmente desrespeitosa. Hoje eu até me arrependo, deveria der deixado a coisa rolar. Mas tomei as dores dos que estavam sendo atacados (eu inclusive) e afrontei também o Provocador deletando seus comentários.
Somos todos "doidos". Mas quem é de fato, o Eduardo Medeiros? O Edson? Somos todos nossos algeregos. E até quem não tem conscientemente um alterego, é múltiplo. Creio que deve existir um "eu dominante", mas até esse conceito de "eu" fica abalado quando vamos para a filosofia oriental que teima em dizer que nosso eu é uma ilusão.
Aí a coisa fica mesmo doida...