Sobre o Abandono dos Blogs





"Sim, Abandonei Meu Blog!"
[Artigo  de Cora Rónai  (*) colunista do Jornal “O Globo”.  Escrito em 18 de abril de 2014]


E os blogs pessoais, hein?
Você abandonou o blog!”, cobrou um leitor das antigas. “Não é bem isso”, desconversei. “Só mudei de ritmo, deixei de fazer atualizações diárias, ponho menos fotos...” “Justamente: você abandonou o blog.”
Não se pode discutir contra evidências: eu abandonei o blog, embora me custe reconhecê-lo e, ainda mais, confessá-lo. O internetc., que nasceu em 2001 e que eu não conseguia explicar para ninguém, é hoje apenas um repositório das colunas do jornal, uma forma simples de manter à mão textos dos quais posso precisar. Os mesmos textos existem no OneDrive e no Dropbox, mas, bem ou mal, ainda há resquícios de caixas de diálogos no blog, onde um que outro leitor deixa o seu recado.
Fazer um blog em 2001 exigia certa determinação. Eu escrevia para 11 pessoas; em dias de muita repercussão, 19. Nenhum dos meus amigos entendia o que eu queria com aquilo, já que eu assinava coluna no Globo e editava um caderno de tecnologia. Para que alguém com tantos leitores se dava ao trabalho de escrever para meia dúzia?
Nem eu sabia muito bem.
O que me entusiasmava era a ideia da comunicação instantânea. Mas, como às vezes ninguém aparecia no blog, ficava no ar uma pergunta bastante pertinente: comunicação com quem, cara pálida?
Na melhor das hipóteses, com outros autores de blogs. A comunidade era pequena, todos nos conhecíamos, e era de bom tom visitarmos uns aos outros. Até hoje tenho ótimos amigos desses tempos pioneiros.
Depois do 11 de setembro, que revelou ao mundo a existência dos blogs, veio uma época de ouro, em que muitas pessoas – mesmo algumas que nem tinham blog! – apareciam regularmente, liam, davam palpite, trocavam ideias entre si nas caixas de comentários.
Blogs  pessoais  migraram  para  o  Facebook

Essas caixas eram um outro capítulo, porque não faziam parte dos aplicativos. Eram bacalhaus escritos e mantidos por voluntários, que contribuíam para a “causa” pela mesma razão pela qual nós, blogueiros, escrevíamos: o prazer da experiência. Às vezes caíam, às vezes nem entravam no ar, às vezes davam defeitos. Ninguém reclamava; fazia parte. Mas era graças a elas que a comunidade vicejava.
O internetc. tinha leitores tão simpáticos que passou a ser chamado de “blogtequim”. Era um ponto de encontro e boa conversa, onde valia tudo, menos gente agressiva e mal educada. Uma das regras básicas era que as discussões tinham de ser pertinentes ao assunto. A exceção eram as fotos de gato, em cujos comentários o tema era livre. Nessas áreas é que, por vezes, rolavam os melhores papos, de discussões filosóficas a reclamações sobre calçadas esburacadas, passando por indicações de profissionais especializados e receitas de bolo.
Nessa época, o cérebro dos blogueiros da ativa funcionava de modo curioso: em primeiro plano, realizava as funções habituais de qualquer ser humano; mas, por trás, só pensava no que daria ou não daria um bom post. Uma flor amarela! Um guarda multando um carro! Um assalto! Uma briga na esquina! Uma viagem! Um livro! Um filme! Uma topada! Um sorvete de caramelo! Tudo era virado, revirado e eventualmente aproveitado. Ou não.
Com o tempo, os blogs pessoais migraram para o Facebook. Um dia um post que, normalmente, iria para o blog acabava no FB; no outro dia, mais um ou dois. Assim, antes que nos déssemos conta, o que antes chamávamos de blogosfera passou a ser rede social. O Facebook tem a vantagem de reunir todos os blogueiros que, nos velhos tempos, estavam espalhados. Ninguém precisa mais sair à cata de blogs; basta ir para a página principal.

Valeu a troca?

(*)  A jornalista Cora Rónai editou a primeira coluna sobre computação na imprensa brasileira (Jornal do Brasil).  Recebeu o prêmio  -  “COMUNIQUE-SE” - de melhor jornalista de informática em 2004, 2006 e 2008.  (Fonte: Google)

Imagem: http://ma-schamba.com/1630013.html

Comentários

Caro Levi,

Muito bom o texto e o tema trazido pelo confrade.

Respondendo à pergunta, realmente NÃO VALEU a troca.

O Feissebuque absorveu os blogues e os engoliu como faz um buraco negro.

Coisa tenebrosa e emburrecedora!

Enquanto nos blogue é possível desenvolver um debate mais qualitativo, eis que o programa do Feissebuque induz a um debate de poucas palavras e a evasivas curtidas. A velocidade da interação entre os participantes dificulta um aprofundamento e a visualização de todos os comentários postados. Logo o acompanhamento acaba não acontecendo de maneira satisfatória.

Além do mais, o que se coloca na citada rede social nem sempre se torna visível pelo que podemos chamar de internet aberta. O que se escreve ali dificilmente vira material para pesquisa, o que acho muito triste.

Assim, enquanto os blogues são ótimos ambientes para a iniciação de escritores, o Feissebuque estimula o contrário e propicia aberrações no uso da língua em que o participante faz mais uso do internetês do que do português.
Hubner Braz disse…
Levi bela explanação textual. E de fato concordo com o Rodrigo. Não tem como o Facebook substituir os blogs, um lugar reservado e que tem um certo charme para um aprendiz escrivão, ou um escritor voraz.

Amo meu blog Pecador Confesso, e amo visitar outros blogs, confesso que leio alguns textos aqui e me faz lembrar dos tempos aureos que fui colunista. Mas concluindo este texto... NÃO ABANDONEI MEU BLOG.

Abraços a todos.
Tenho uma página chamada "Propostas para uma Mangaratiba melhor" a qual tem por objetivo apresentar ideias na área de políticas públicas para o meu município bem como iniciativas a serem tomadas pela sociedade civil. Um trabalho desses se fosse feito apenas no Feissibuque não surtiria o mesmo efeito. Ter uma página aqui talvez complementasse o trabalho desenvolvido lá em termos de divulgação e interação.
Nem eu abandonei o meu, Hubner, e, no ano passado, tive a ousadia de criar mais um blogue.
Eduardo Medeiros disse…
Eu também já fui um fã incondicional dos blogues. O meu primeiro foi a Sala do Pensamento, depois criei o Olhar o Tempo (que eu gostava muito) lá por 2007, acho (sou péssimo para lembrar datas). Foi lá que conheci o Levi, o Esdras, O Márcio, o Edson, o JL..uma galera pra lá de boa. Aqueles foram tempos áureos...mas eu mesmo com o tempo, procurei me desapegar do blog. Quando houve um ataque de vírus no blogger, e nada abria, eu acabei me irritando e deletei os dois blogues...mas só para criar outros depois...e eu fui um grande construtor de blogues: Botequim do Edu, Veredas do Pensamento (que ainda está no ar) , participei da construção desta confraria, depois da confraria L&M...
Mas fico pensando: será mesmo que não podemos tirar algum proveito da maior instantaneidade do Face? E se por exemplo, os textos publicados aqui ficassem destacados e fixos no grupo até ser mudado? Eu acho que não dá pra brigar com a tecnologia, precisamos ir nos adaptando ela. Eu já só um ardoroso fã dos aparelhos para livros digitais como o Kindle da amazon. Resolvi enfim, o meu problema com o espaço físico de onde guardar mais livros aqui em casa.
Hubner Braz disse…
Eu apoio Rodrigo. Não Pare!!!
Bom dia, Edu!

De fato, quando uma tecnologia surge, ela dá início a um processo quase que irreversível e daí ela tende a permanecer até que seja substituída por outra melhor.

Ora quem é que trocaria seu automóvel por uma charrete exceto se for para dar um passeio turístico com a família? Ou quem ficaria espremendo laranja na mão se pode fazer isto com a ajuda de um eletrodoméstico?

Mas há que se considerar também o comodismo. Ainda não tive em mãos um desses aparelhos para leituras virtuais, mas faço aí minhas indagações se algo assim pode ser comparado com o prazer de ler um bom livro sentadinho na poltrona, folheando as páginas e fazendo as anotações. Mas você falou numa vantagem que é arranjar mais espaço em casa, o que tem mais a ver com os livros velhos já lidos ou manipulados. Duvido que vai querer ler a versão virtual do romance novo que acabou de adquirir!

Você perguntou "será mesmo que não podemos tirar algum proveito da maior instantaneidade do Face?", o que passo a responder. De fato, o Feissibuque permite que agente possa ser imediatamente correspondido ou ter mais interatividade. Por exemplo, estou aqui a debater sem saber se vc, o Levi ou o Hubner estão agora online neste blogue. Já nas redes sociais existe uma instantaneidade, o que para mim pode ser problemático porque induz a uma impulsividade nas respostas. Ou seja, ao invés de refletirmos com mais profundidade antes de nos posicionarmos, acabamos expondo logo o que vem na pota da língua (ou dos dedos). Logo, as emoções acabam conduzindo o internauta, coisa que, nos tempos das cartas, ocorrida com menor frequência e as pessoas pensavam mais antes de escreverem ao seu correspondente.

Pode-se dizer que as tecnologias dos blogues foram meio termo nessa evolução da comunicação assim como são hoje as redes sociais. Mas hei de considerar que muitas das vezes perde-se qualidade pela rapidez e produção massificada.
Galera,

Não podemos nos esquecer de que ainda existem blogueiros e estes são muitos.

Muitos abandonaram esse espaço, mas ainda há os que preferem os blogues d que o Feissebuque. Logo, vamos sair à caça dos novos escritores!

Penso que, na atualidade, os comentaristas serão mesmos os que ainda são blogueiros (eis aí uma boa observação da autora do texto) e daí seria importante pensarmos em atrair pessoas que até hoje não dobraram seus joelhos a Baal, digo, ao "mardito" do Feice. (rsrsrs)

Enfim, é uma questão de atitude. E aí eu admito muito como que o bispo Hermes C. Fernandes faz quando divulga os textos de seu blogue Cristianismo Subversivo nas redes sociais. Lá mesmo no nosso grupo de debates do Feissebuque. Ele não expõe todo o conteúdo escrito em sua página na rede social, mas reproduz as primeiras linhas e assim motiva o internauta a acessá-la.

Em falar nisso, o que acha de convidarmos o Hermes para postar aqui ou postarmos algum texto dele na C.P.F.G.? Dêem só uma olhada no blogue:

http://www.hermesfernandes.com/

Não vamos desistir e que sejamos os remanescentes fiéis da blogosfera! (rsrsrs)
Não valeu a pena!

Facebook é bom, mas facilmente descamba para a zoeira.

Prefiro os Blogues, embora tenha abandonado meu Boteco. Mas também, como sou otimista estou com um em construção kkkkkkkkkkk

Eu sempre gostei da organização dos Blogues, e do ar mais sério que eles proporcionam. Se tratando de conhecimento, se absorve muito mais nos Blogues do que no Face... Nos Blogues sempre rolou uma zoeira... Mas isso ocorria depois de varias páginas de conhecimentos compartilhados nos comentarios. No Face, a cada centenas de comentários, aproveitamos algumas frases.

Facebook é parque de diversão para intelectuais e pensadores. Ou o céu para os pseudo intelectuais baixarelados em wikpedismo clássico kkkkk

Ta foda... Mais vai se levando!
Levi B. Santos disse…
Concordo com o Matheus quando disse enfático que o Face é um parque de diversão

E o que é que faz “parque de diversão” senão extasiar a criança que existe em nós.

Se há um lado constituído pelo BRINCAR, porque não dizer que os blogs seriam as escolas de antigamente onde, nós, crianças, longe dos nossos brinquedos, exercíamos o aprendizado duro da vida

E aí lembro que, como toda a criança, eu adorava brincar. Mas meus pais já me alertavam: não perca todo o seu tempo em brincar! O importante para você é primeiramente a escola.

Talvez resida aí a atração poderosa que o Twitter e depois o Facebook passaram a exercer sobre nós: Um “Parque de Atração” que, nos velhos tempos de menino nos estimulava a gazear aulas. Quem não se lembra das matinês e espetáculos circenses que nos encantavam nos tempos de outrora?

No entanto, é preciso que se saiba, que é no ambiente da escola que aprendemos a preparar com cuidado extremo nossas redações, nossas re-leituras. E, claro, para isso se faz necessário ficar longe da brincadeira e da algazarra infantil que tanto prazer nos causa. (rsrs)

Há muitos textos postados na C.P.F.G que são verdadeiras obras primas, fruto do árduo trabalho do pensar e da pesquisa cuidadosa encetada por seus autores. O arquivos desse blog podem muito bem servir de referência em trabalhos futuros, tendo a vantagem de serem acessados com a facilidade que o Face não proporciona.

Compartilho do que disse o confrade Rodrigo em sua primeira intervenção:
“...o que se coloca na citada rede social nem sempre se torna visível pelo que podemos chamar de internet aberta. O que se escreve ali dificilmente vira material para pesquisa, o que acho muito triste.”



Concordo contigo, Matheus!

Acho que o Feissibuque não consegue substituir os blogues justo por essa falta de seriedade, a qual é alimentada pela própria organização da rede social e sua dinâmica.

Se você criar lá um grupo de debates com regras bem sérias, só vai conseguir manter a coisa funcionando a contento se tiver uma moderação rígida que analisará cada postagem antes de liberá-los (ou restringir quem poderá postar) sendo que mesmo assim não terá como controlar a dinâmica dos comentários.

De qualquer modo, uma coisa eu tenho aprendido nesta vida, mano. É que o ambiente é capaz de selecionar seu público. Se você cria um estabelecimento comercial e começar a vender qualquer tipo de bebida, tipo uma dose de pinga por R$ 1,00 (um real), não pense que atrairá aquela clientela respeitadora e de qualidade.
Oi, Levi.

Bem interessante essa sua abordagem sobre ser o Feissibuque um entretenimento aproveitando as pertinentes colocações do Matheus. E hoje de fato muita gente tem matado aula e também trabalho para ficar nas redes sociais, bem como nos jogos eletrônicos. E, se o Feisse está interessando mais, é porque também está agradando seus usuários mesmo que enganosamente.

Ora, se a escola ficou chata, então por que não reinventamos as aulas?

E se a internet está melhor do que a companhia dos pais, da esposa, do marido, dos filhos ou dos amigos, então por que não reinventar a relação?

E quanto ao trabalho, idem.

Claro que nada disso é tão fácil como agente pensa, mas, e determinados casos, se buscarmos primeiramente nos reinventar, metade do problema já estará sendo encaminhado para tratamento.
Só hoje eu reparei que os confrades Eduardo e Levi comentaram o texto anterior que é de minha autoria e fala sobre o tema família.

Respondi já os comentários de vocês e permanecerei atento por mais alguns dias para eventuais réplicas ou novas colocações de outros internautas.

Tendo em vista que houve um grande abandono da C.P.F.G., sugiro que, após essa postagem, façamos uma nova convocação para selecionarmos os próximos escritores, aditando novamente uma ordem de postagem e a velha regra de manutenção de pelo menos quatro dias no ar cada texto. Se, depois de 24 horas o escritor seguinte não postar nada, a vez passa automaticamente para o que vier depois dele, exceto se houve acordo entre os colaboradores.

Uma outra solução para que a C.P.F.G. não fique por muito tempo sem receber comentários por mais de uma semana seria a tarefa de algum interessado compartilhar aqui textos de terceiros sem que isso implique na perda de sua vez ou na tolerância de quatro dias. O mero preenchimento com texto com um texto de terceiro não implicaria em violação e o "dono da vez" pode fazer sua postagem a qualquer momento.

O que acham dessas sugestões?

Não vamos deixar o blogue morrer!

Tenham todos uma excelente semana!
Eduardo Medeiros disse…
Rodrigo, ideias para movimentar esta confraria serão sempre bem-vindas. Eu só não gostaria de teologizá-la muito como ela era no começo, pois aquela fase passou. Hoje este blogue é multitemático. Algum tempo depois de iniciarmos esta confraria cuja temática era somente sobre assuntos de teologia, religião, crítica do atual mundo evangélico, e a religião segundo a psicologia (tema que o Levi sempre desenvolveu magistralmente) ela entrou em crise de fé...seus autores debandaram. Vou trazer à memória um comentário que fiz nessa época(com alguns pitadas de ironia...):

Bom, chegamos ao "ponto de mutação". Ou seja, o ponto onde certas diretrizes precisam ser reavaliadas e novos caminhos propostos.

O Gresder já saiu. Ótimo, gosto de gente com decisão, sim, sim, não, não, pois o que passa disso é de procedência maligna.

O Bill disse que está mudando de emprego e Estado, logo, é compreensível sua ausência.

Evaldo é uma caso à parte. Alguns textos recentes ele simplesmente ignorou. Suas refutações aos temas espirituais e religiosos são infantis pois nem ironizar com inteligência ele sabe o que muito me admira por ser ele uma das cabeças mais privilegiadas por aqui. Tanto em tamanho quanto em conteúdo...

Mas ele diz que "nem sabe como entrou" demonstrando um total desinteresse pela confraria no meu entender. Logo, Evaldo, tome uma decisão: você fica ou sai?

Se ficar, ótimo, só pediria que melhorasse o nível das tuas ironias. Eu também gosto de ironias, mas elas precisam ser bem feitas e não podem demonstrar menosprezo e deboche pela ideia de nenhum de nós.

A discordância é sempre saudável. O respeito pela ideia alheia também. Mas é um problema quando dizem coisas do tipo "não respeito mesmo a religião", ou "a religião é uma merda" ou coisas parecidas.

O negócio é que este blog está carregado de temáticas espirituais e sobre religião pois isso espelha a história de todos nós. Ora, quem não quiser falar sobre o tema, escreva sobre o tempo, sobre futebol, sobre esporte, sobre literatura, etc.

Então, o que precisa ficar claro agora: quem fica e quem sai. Quem fica, tem que se compromenter a novas regras que ainda serão pensadas por todos sendo algumas já foram citadas aqui e acho válidas. Quem fica, irá trabalhar para que este blog seja uma referência de textos inteligentes(seja qual tema for) e de membros que se respeitam e acima de tudo, que são amigos.

* * *

Então, como visto, esta confraria já passou por outras crises desde que foi criada em 1999. A crise hoje se chama Facebook..rss
Hubner Braz disse…
Pois bem, este post está rendendo, o Du citou muitos confrades que desanimaram ou desistiram desta confraria, como já participei e nunca quis sair desta confraria mas fui excomungado por algum administrador kkkkk, posso dizer com propriedade que sempre estarei vindo aqui com vontade de postar algo polemizado.

O Levi falou e disse sobre os artigos do facebook que ficam ocultas e dificilmente vai parar em sites de pesquisas, neste quesito os blogs tem vantagem.

O Rodrigo é magistral nos seus comentários sobre os faces... porque faz cada um de nos pensarmos e revermos os nossos conceitos sobre presença e ausência. Lá é fácil descobrir que vc está on line, mas aqui suas palavras são gravadas e não ficam ocultas.

O Du tem razão quando diz que alguns fez descaso deste espaço, confesso que nem só de religião vive o homem, mas comentários que dão ibop são assuntos abortados sobre mulher, política e religião.

Tenho me esforçado ao máximo para desenvolver posts que não citam algo religioso, e pasmem, estou conseguido.

Para finalizar, Meus Confrades desejo um Feliz dia das Mães para todos vcs.
Eduardo Medeiros disse…
Hubinho, há quanto tempo! Você lembra bem dos arranca-rabos que aconteceram por aqui, né? Aqueles foram tempos interessantes...rsssss
Querendo voltar a publicar aqui, deixe seu e-mail que eu mando outro convite para você.
Olá amigos.

Sou favorável que tenhamos uma temática livre aqui, mas penso que os assuntos religiosos e teológicos ainda permanecerão na esfera de interesse dos participantes. Ainda mais se chamarmos alguns dos participantes do grupo da C.P.F.G. do Feissibuque para postarem e já estou pensando em alguns blogueiros que postam por lá como o Rodrigo Caldas Biólogo que tem uma visão cristã mais ortodoxa. Inclusive acho que acabaremos tratando de velhas questões tipo o inferno, o diabo, a salvação, etc. Alguns talvez nem terão tanta paciência enquanto outros vão se deliciar.

Mas em relação aos temas, não vejo problema algum. A questão maior no momento chama-se redes sociais e principalmente o tal do Feisse. E aí penso que reerguer o blogue trata-se de uma questão de atitude. Significa não alimentarmos mais tantos debates lá e menos ainda replicarmos os textos ou os comentários que correm aqui, Também o tempo em que ficamos debatendo lá e alimentando os ambientes das redes sociais precisam ser repensados. Não que isto deva se tornar uma lei e longe de mim interferir na liberdade de outras pessoas, mas se de fato queremos que este espaço volte a bombar, temos que abraçá-lo de verdade e não "servir a dois senhores".

Só para exemplificar, lembro aqui sobre os dias em que o Edu viajou e o grupo de debates no Feisse notou sua ausência. Ora, digamos se, naqueles dias, o Edu só aparecesse aqui no blogue. Será que alguns daqueles debatedres não iriam tomar a iniciativa de abrir uma segunda janelinha em seus computadores para se comunicarem com o confrade?

Outro exemplo. Quantos de vocês começaram a se comunicar com seus familiares e amigos pela internet? Será que depois de adicioná-los, seus contatos pessoais e telefônicos não ficaram mais reduzidos?

Pensem nisso! Quem dá força à Babel do Feisse e à internet somos nós!

Um abraço a todos!
Mariani Lima disse…
Gente, tenho uma total nostalgia desse tempo de bloggar e para mim sempre foi uma "parque de diversão". mas aprendi muito mais naquela época que agora. Os blogs me renderam amigos legais e reais e ainda a possibilidade de voltar a escrever o que não fazia desde a adolescência. Depois do blog retomei a poesia, participei de duas publicações aqui no Rio de Janeiro. Meu blog continua sendo alimentado pela minha inspiração e vez por outra por uma outra visita e comentário. Não vou desistir não. Amei o post, levi. Abraços.
Levi B. Santos disse…
Também não teciono desistir, Mariani. Meu blog se tornou a minha segunda casa (rsrss). De vez em quando eu recorro aos arquivos para rever e reler os meus devaneios. Gosto muito de colher, dos contrapontos presentes nos inspirados comentários que você e os demais confrades fizeram no passado, material para embasamento de ensaios que estou postando
atualmente. (rsrs)
Levi B. Santos disse…
Hubner,

Espero que você aceite o convite do Edu, para voltar a ativa na casa que lhe serviu de berço. Seja bem vindo.
Eduardo Medeiros disse…
Levi, seu blogue é uma verdadeira joia de conteúdo de qualidade. Eu já o vasculhei várias vezes, e já li muita postagem antiga; algumas deliciosas de ler, outras que me fizeram buscar me aprofundar em determinado assunto que não orbitava minha atenção.

Também fico pasmo com a velocidade em que o RODRIGO publica; praticamente todos os dias ele tem um texto novo no seu blog, e até difícil acompanhar, rssss

Rodrigo, eu já diminuí bastante meu tempo no face e teria o maior prazer de utilizar mais do meu tempo para estar aqui, apesar de eu não ser um crítico tão radical daquele "parque de diversões" rs
Eduardo Medeiros disse…
Rodrigo, esqueci de dizer o seguinte. Eu ficaria bem entediado em discutir temas teológicos como céu e inferno pela ótica ortodoxa. Mas se é que ainda temos leitores ortodoxos nesta confraria, estes talvez gostem. rss
Levi B. Santos disse…
Vamos com calma, EDU!

O Rodrigo devagar, devarinho, vai flertando com a diáspora, sem no entanto deixar de sonhar, (como também acontece conosco às vezes) com a ortodoxia dos nossos pais.(rsrs).
Só não sei como será o movimento de renovação religiosa no futuro com a admissão de um "céu" e um "inferno" metafórico e não literal. (rsrs)

Ainda bem que estamos no Brasil e não lá em Israel onde a ortodoxia judaica ainda se mostra incapaz de aceitar e integrar grande parte dos judeus da diáspora.
Levi B. Santos disse…
Uma prova que você não é um depedente do Parque de Diversão, Edu, foi o seu desaparecimento do Face durante as férias em Búzios - RN. Foi lá onde senti o êxtase de Moisés no Sinai com seu cajado, que você resistiu a tentação de se deliciar com os manjares virtuais.

Aleluia !
Hubner Braz disse…
Aí vai Edu meu email:
hubnerbraz@gmail.com
Ficarei no aguardo!!!
Muito legal ler o seu depoimento, Mariani, e saber que o blogue fez com que voltasse a escrever poemas. Não pare nunca mais!

Particularmente nunca me senti fã de poesia. Ultimamente tenho passado a apreciar um pouco mais dessa literatura. Ganhei até um livro de um autor, Sânio Morgado, também companheiro de minha mãe, mas vou folheando sua obra bem vagarosamente. Vez ou outra leio alguns poemas, fecho o livro e só torno a abri-lo novamente dias ou semanas depois.

Porém, sempre tive gosto pela escrita. Quando criança, após ter me mudado de Petrópolis para Juiz de Fora e me matricularam na 2ª série do Colégio Stella Matutina, fiquei sem saber o que faria quando a professora mandou os alunos fazerem uma composição. Na escola anterior eu não havia aprendido sobre aquilo e acabei deixando em branco o dever. Mas, pacientemente, a dona Emérita explicou para mim o que era fazer uma composição e tomei um enorme gosto pela coisa. Daí por diante, escrever quatro frases passou a ser pouco. Não demorou muito eu já estava elaborando historinhas em quadrinhos e acabei criando uma fictícia cidade de macacos com seus personagens, todos eles primatas obviamente. Minha literatura preferida não preciso nem dizer que eram os gibis (gastava quase toda a mesada comprando revistinhas da Turma da Mônica). Mas aí fui fazer minha primeira comunhão e não demorou muito me tornei evangélico de maneira que a Bíblia Sagrada veio a se tornar o meu principal livro.

Até hoje nunca publiquei livro de minha autoria. Nem mesmo um moderno e-book. Entretanto, desde os tempos da 4ª série, já mandava cartas para jornais infantis lá em Minas. Lembro que publicaram um trabalhinho que fiz certa vez sobre o Pantanal e, através da edição daquele jornalzinho a irmã do meu padrinho que havia se mudado para a cidade com a família descobriu que eu morava lá sem que ela soubesse antes do paradeiro do afilhado.

Uns dez anos depois, eu já estava escrevendo artigos políticos para jornais de gente grande e alguns foram publicados pela Tribuna de Minas. E, quando me mudei de Juiz de Fora para N. Friburgo, tive vários textos no jornal A Voz da Serra até que, por determinadas razões, eu me isolei um pouco da imprensa e acabei descobrindo o mundo dos blogues em 2009. Na época, uma pessoa que trocava deias comigo sobre minha atuação na política ficou um bom tempo tentando me convencer sobre ter meu blog, o que só concretizei depois de uns dois ou três anos de insistência. Mas não me arrependo e pretendo continuar.
Pois é, Edu.

Como respondi agora mesmo à Mariani, quatro linhas passaram a ser pouco quando aprendi a fazer composições na 2ª série do primário. E o tempo em que fiquei sem internet em casa, entre julho/2012 e maio/2013, tive que comprar um caderninho de rascunho para continuar escrevendo. Ainda assim tirava um tempinho para publicar algo aqui e no meu blogue indo a uma lan house ou utilizando a tumultuada sala de "inclusão digital" da Prefeitura na praça de Muriqui onde o acesso é gratuito e fica cheio de crianças fazendo suas zoeiras (uns até conseguem jogar às escondidas). E sem querer me gabar, há vezes em que escrevo dobrado. Isto porque me sinto mais à vontade em criar textos usando o velho caderninho de rascunho do que vir direto para o computador. Já compus muitos textos religiosos sentado na poltrona da sala e tomando uma bebidinha quente como um chá, café ou chimarrão.

Também aprecio muito o blogue do Levi. Há conteúdo suficiente ali para o nosso confrade editar um livro. Inclusive aproveitando os comentários recebidos e os debates que eventualmente ocorrem.
Boa parte dos leitores da C.P.F.G. nós não conhecemos porque geralmente quem se manifesta aqui são os que costumam escrever. O tédio do qual fala nada mais seria do que a canseira gerada pelas repetições. Em outras épocas, suponho que talvez até te motivaria fazer essas desconstruções teológicas, mas acho que até essa fase estamos superando. Alguns dos antigos colaboradores daqui seguiram as veredas obscuras do ateísmo enquanto outros reassumiram a fé mesmo que de maneiras diferentes. Logo, se pintar um tema desses, nós mesmos abordaríamos de maneiras diversas.
Oi, Levi.

Não sei se compreendi tudo o que colocou, mas eu já me sinto nessa "diáspora" dos crentes hereges há bastante tempo, sem, porém, deixar de acreditar em Deus e no papel da Igreja, bem como utilizar a Bíblia como o meu livro base. Penso que, se um movimento de liberalismo religioso abandona os costumes de se congregar, orar, estudar as Escrituras e ter um propósito de fé, a coisa não evolui e acaba se desintegrando. É preciso permanecer na videira!

Assim, refletindo sobre sua colocação, acho plenamente possível haver tal renovação religiosa. Isto, aliás, já tem ocorrido tanto no catolicismo quanto no protestantismo a exemplo dos que seguem a teologia da libertação. Trata-se de um movimento que admiro muito por unir cidadania e espiritualidade, sendo que o propósito de seus pastores não deixa de ser a construção do Reino de Deus nas relações humanas. Vejam, por exemplo, a dedicação dos integrantes da Pastoral da Terra no Pará, terra do nosso confrade Altamirando, onde até freira já morreu enfrentando o poder dos latifundiários! Para os seguidores da TL, esse papo ortodoxo de "céu" e "inferno", bem como a desconstrução dos mitos, acaba perdendo aplicabilidade em face de algo que considero capaz de envolver melhor as pessoas - a ortopraxia.

Em relação aos judeus, existe também entre eles congregações e pensadores liberais. Alguns que eram considerados progressistas no passado já estão virando neo-ortodoxos (já não é nenhuma novidade haver mulheres rabinas, p. exemplo), enquanto outros continuam arrepiando o público. Entre estes até o seu rabino preferido, o Nilton Bonder torna-se um moderado.
Em tempo!

Não seria toda a ortodoxia judaica que "se mostra incapaz de aceitar e integrar grande parte dos judeus da diáspora". É que a pertença ao povo judeu não se faz de maneira imediata sem que a pessoa passe por todo um processo de instrução, readaptação cultural, tradicional e de fé, culminando com a passagem por um tribunal rabinico que outorga uma nova identidade para tal pessoa. Afinal, judaísmo é mais do que uma religião. Como certa vez me respondeu um judeu religioso, "trata-se de um povo com tudo o que um povo traz consigo".
Pessoal,

Acho que o debate aqui alcançou êxito e se definiu bem. Ficamos de acordo sobre participarmos mais ativamente do blogue, o que acho muito proveitoso. Só depende agora da nossa atitude em não desperdiçarmos tanto tempo com o Feissibuque e as redes sociais já que realmente ansiamos por ter um local de encontro para debates e qualidade.

Sendo assim, que tal o Hubner publicar um texto de sua autoria marcando o seu retorno à velha "casa"?!?!?!?!?!

Deixo aqui para reflexão de todos essa pergunta:

O que faremos para que as redes sociais, e em especial o Feissibuque, sirvam de isca para atrair novos participantes para a C.P.F.G. ao invés de nos engolir?

Uma ótima manhã a todos!
Levi B. Santos disse…
Dos cinco que estão aqui comentando, o Hubner tem o meu voto e o seu Rodrigo. Falta apenas um voto para que haja quorum.. (rsrs)
Se não houver quorum, desde que não haja veto, então ele já tá aprovado.

Agora vamos ver se conseguimos tirar algum proveito do Feissibuque. Tenho visto algumas pessoas novas no nosso grupo lá que poderiam ser convidadas a postar aqui também. Vou citar alguns nomes com seus respectivos blogues:

Hermes Fernandes
http://www.hermesfernandes.com/

Frega Jr
http://fregablog.blogspot.com.br/

Rorigo Caldas
http://blogdorodrigocristao.blogspot.com.br/

Márcia Pinho
http://marciapinho.blogspot.com.br/