Mas
uma vez estamos em ano eleitoral. “Deus
é brasileiro” ― diz o nosso ditado popular. Ele sempre gosta de aparecer em épocas de campanhas
eleitorais, na boca dos demagogos a prometer mundos e fundos que, na verdade,
são meios para engordar as vacas dos seus cercados, e não têm nenhuma pitada do
que se convencionou nos evangelhos como “amor ao próximo”.
Isso
vem de muito longe, vem de longas eras. Um, entre inúmeros exemplos, é o caso de Adhemar de Barros ―
político matreiro, ex-governador de São Paulo que concorreu à presidência da república
em oposição a Jânio Quadros. Adhemar, dizia o óbvio. E quanta
verdade há nessa sua frase “cristã” que se tornou famosa no mundo inteiro: “Roubo,
mas faço!”
A astuciosa arte de fazer política e a aptidão para o auto-engano são irmãs siamesas: se nutrem da mesma seiva.
Eles, os presidenciáveis, perante os eleitores se mostram convictos e
obstinados a fazer pirotecnias com os suados impostos que pagamos. É que a
nossa república é pintada ilusoriamente de “austera”, quando de austera não tem
nada. Tudo é conversa fiada para embalar os ouvidos e empolgar a platéia.
Como
tudo na vida é repetição, e para não ir longe, passemos a uma rápida análise de
uma maquiagem do governo FHC
que no reinado petista de “Lula-Dilma”, está sendo reprisada
com contornos ainda mais extravagantes.
Não
sei se o(a) leitor(a) está lembrado da expressão “estelionato
eleitoral”, que foi brandida incessantemente pela oposição petista na época
em que o regime tucano era mantido pela ilusão de um real bem forte, mantendo
paridade com o dólar, que durou até a reeleição de FHC. O resultado do
auto-engano foi que, de 1998 para 1999, o presidente tucano teve que usar
medidas recessivas e amargas durante o seu segundo mandato.
Os
petistas tinham lá suas razões em alardear o “estelionato eleitoral” de FHC,
como tem razão a oposição de hoje (se é que existe), em dizer que está havendo
uma grande maquiagem no governo Dilma. Mas isso, os petistas no
poder sempre escondeu das massas. Elas, as massas, simplesmente são iludidas com
um momentâneo congelamento de tarifas. Os pobres não sabem que estão bancando
ou afiançando o Tesouro Nacional. Eles não sabem que pagam proporcionalmente
mais impostos. Não sabem que estão ajudando as delícias (o banho quente) do
chuveiro elétrico dos mais ricos.
Só
não vê quem não quer: 2015 será, fatalmente, o ano do grande ajuste de contas ―,
um repeteco (mais estridente) do que ocorreu no segundo governo de FHC. Mas como
“Deus
é brasileiro”, quem sabe, outras armações circenses surgirão do nada para
anestesiar neurônios rebeldes?
Viva o Rei e seus parceiros, e que os súditos
permaneçam a ver as estrelas!
Plagiando
Baudelaire: “Se o ator age e chora sem sentir, o expectador(eleitor) sente e chora
sem agir”.
Site da Imagem: marcospsol.com.br
Comentários
Parabéns pelo texto.
Não foi o Adhemar de Barros que certa vez teria dito em comício de que "nesta calça nunca entrou dinheiro" e alguém na platéia gritou "calça nova"? Aquele eleitor pelo menos não se deixou enganar e acho que então o tal político acabou elaborando o anti-princípio do "rouba mais faz". (rsrsrs)
Também considero aquilo que levantou, isto é, de que no ano 2015 Dilma dará o remédio amargo à nação tal como houve em 1999 com a máxi-desvalorização monetária já esperada pelos economistas (Se um país tem inflação necessariamente o seu dinheiro precisa também desvalorizar proporcionalmente não podendo as reservas cambiais aguentarem eternamente). Só que a bomba aguardada para 2015 poderá ter um efeito ainda mais devastador. Porém, em termos políticos, não nos esqueçamos de que o PT tem nas suas mangas o Lula para a hipótese de impopularidade da Dilma e esta não conseguir fazer um sucessor ou sucessora. Mesmo mais idoso e sendo membro do mesmo partido, ele pode fingir que virou oposição e vir como candidato em 2018. E o povo acaba aceitando mais uma ilusão...
Naquele tempo se guardava dinheiro nas calças. Hoje, se esconde de maneira mais segura: nos bolsos internos das cuecas (kkkkkkk)
Essa do Adhemar de Barros eu costumava ouvir do meu falecido avô paterno Sylvio, o qual foi militar do exército por 35 anos e meio. Graças a sua função, ele podia livrar-se do compromisso de comparecer às urnas para votar e detestava política. Mas apesar disso, ele guardava em sua memória vários eventos da nossa história, contava-me sobre as "revoluções" da década de 30, coisas da 2ª Guerra quando ele chegou a ficar no Recife onde estavam também os americanos na espera de um ataque nazista nas costas brasileiras (se é que os alemães afundaram mesmo algum navio brasileiro).
Embora se considerasse um "apolítico", vovô tinha certa admiração pelos ex-presidentes Getúlio Vargas e Ernesto Geisel, sendo que este chegou a ser o seu comandante no Rio Grande do Sul durante um período de sua carreira. Para ele Geisel era um homem "corretíssimo" sendo bem discreto em suas críticas aos demais generais que governaram o país naquele período. Quando o mandato de João Figueiredo estava chegando ao final, talvez ele desejasse que Jarbas Passarinho viesse a sucedê-lo na cadeira n.º 1 do país, mas Congresso acabou decidindo entre Tancredo e Maluf. Vovô então preferiu que fosse este e não o peemedebista, mas osso dizer que ele não era muito fã dos políticos civis, com exceção de alguns como o Aureliano Chaves que foi governador de Minas Gerais.
Os jornais televisíveis preenchem seu tempo falando de golpes financeiros praticados contra instituições públicas.
Não resta a menor dúvida de que o PT ampliou e diversificou os métodos de assalto ao tesouro nacional.
O chefão, cérebro da máquina petista, que hoje está na Papuda, ainda teve a ousadia de para todo o Brasil, em cadeia de TV, aclamar que “ O PT não rouba nem deixa roubar!”
O imperador maior, de Garanhuns – Pe, pasmem, fatiou os cargos de segundo escalão do governo com os próprios presidentes de sindicatos, cuja função precípua seria a de defender os funcionários públicos, fiscalizando o governo em todas as suas áreas de atuação.
Desde os tempos do getulismo não se via tamanha e vil façanha: os sindicalistas, agora parceiros do Rei, recebendo por mês algo em torno de R$35.000,00 trabalham abafando processos e precatórios dos funcionários, ganhos na justiça há mais de quinze anos.
O ministro Marco Aurélio foi a Televisão pedir para votarmos em candidatos sérios. Uma piada, né?
O ditado popular – “Farinha do mesmo saco” - nunca esteve tanto em evidência. E aí, como somos obrigados por Lei a votar, iremos escolher entre seis e meia dúzia. (rsrs)
Não foi à toa que o vice-presidente do Senado, Jorge Viana, afirmou que O Aécio e o Eduardo estão “jogando a toalha”. Eles estão mirando 2018 (kkkkkkk ― outro “auto-engano” ou promessa falsa do PT para enganar os incautos.
.Se os presidentes dos sindicatos das várias categorias de trabalhadores, estão mamando na "Mãe Gentil" para engavetar os precatórios e ações ganhas na Justiça, é sinal de que da tribo dos PTralhas pode sair de tudo. Com certeza, a conta pesada vai sobrar para nós contribuintes, em 2015.
Há quem diga, na imprensa, que estão financiando a bagunça, para justificar o endurecimento do jeito petista de governar. A história depois todo mundo sabe: vem a censura na internet, o badalado marco civil com roupagem de que é para segurança dos internautas , os dossiês fajutas fabricados para prejudicar quem atravessa ou atrapalha o seu samba-enredo hegemônico.
Já pagam a uma rede de blogues para defender o governo há um tempo, e eles estarão bem ativos este ano nas disputadas eleitorais, cerceando as críticas aos patrões e denegrindo a oposição de todo jeito possível.
Será que o PT não dá uns cascalhos pra nós, não Levi? pelo menos pra gente não falar nada...?? kkkkkkkkkkkkkkkkkk
"O meio político brasileiro só se pode tolerá-lo tapando as narinas"
É certo que os cinco generais militares que estiveram na presidência da república cometeram absurdidades tremendas, mas não me consta que eles se locupletaram no poder, recebendo benesses de empreiteiras, e usando de outros meios de desvios de dinheiro público.
Eu acho que, nem de longe, os militares sonhavam que um dia uma gigantesca quadrilha iria escancaradamente roubar milhões em plena luz do dia. E ainda ter ajuda (quem sabe se não foi da mãe gentil?) para pagar as dívidas dos cabeças que estão momentaneamente presos. Ou seja, o PT inovou demais: seus apaniguados ficaram mais ricos quando foram trancafiados. (kkkkkkkk)
Mas aí, não sei se você de sabe alguma coisa cabeluda a respeito dos “poderosos” da revolução de 1964. (rsrs)