Evolução e extinção



Por Mauro Zurita

Morrer é muito difícil! Pelo menos era...
É preciso anos e anos de agressão ao nosso corpo com alimentação, práticas e pensamentos ruins... para que possamos adoecer e morrer.
Somos resultado de uma evolução que deu certo! Somos membros da natureza! Filhos de um Deus que com sua mão nos permitiu evoluir na espécie que tinha um mecanismo constante de seleção dos mais fortes e adaptados à vida na natureza.
Porém em um determinado momento, lá trás, perdemos o rumo quando ganhamos consciência.
A seleção natural que ainda existe entre os animais, no homem foi transformada. A vida em sociedade destruiu esse mecanismo natural de evolução da espécie. E inexoravelmente estamos no caminho inverso da evolução.
Um passarinho quando nasce defeituoso ou não consegue competir com os irmãos no fornecimento de alimento pela mãe, não sobrevive. Na melhor das hipóteses a mãe joga o filho “defeituoso” para fora do ninho.
Um indivíduo com asma, hemofílico ou manco não sobreviveria nos tempos do homo erectus. Um macho fraco não teria acesso fácil à fêmea e dessa forma não garantiria a sua hereditariedade. A carne fresca dos animais estava restrita àqueles que tinham vigor para caçar.
Hoje, um homem frágil, manco, com asma, alergias, hipertensão, diabetes, etc... (que não sobreviveria ao primeiro confronto em condições naturais) se sobrepõe ao mais forte por força das armas de fogo, do dinheiro, do poder hierárquico das estruturas sociais e econômicas. E também tem acesso às mulheres de forma bem mais fácil do que os machos mais adaptados à vida natural, garantindo assim uma prole carregada de fragilidades hereditárias.
Com isso estamos produzindo gerações de pessoas cada vez mais inadequadas para a vida natural e, talvez, cada vez mais adaptada à vida social. Seres fracos, mal evoluídos, suscetíveis à doenças, dependentes de remédios, proliferadores de doenças e má formações.
Isso nos dá a impressão que a vida em sociedade como está hoje desenhada, é conflitante com a vida natural.
Somos uma espécie que não evolui mais em condições naturais. E não há ciência que consiga manter isso por muito tempo. Só Jesus na causa!
Talvez por isso que Deus o tenha abandonado! Eli, Eli, lamá sabactâni - Mateus 27:46
Somos seres em extinção!!!!


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"No mundo vivo, em sua complexidade infinita, o controle demográfico sempre existe. Nos seres mais primitivos, ele é cego, intermitente e brutal. Uma população de bactérias, confrontada com um substrato propício, cresce exponencialmente... Ocorre que, muito antes de alcançar completamente seu desígnio, antes de consumidos todos os recursos, acaba morrendo em suas próprias toxinas. Estabelece-se o equilíbrio... Que ironia! O homem, “rei da criação “, que por sua complexidade cerebral se encontra no topo da pirâmide da vida, com toda sua capacidade intelectual, sua ciência, sua tecnologia, está se preparando para voltar a submeter-se às forças cegas implacáveis, prepara-se para regressar ao nível de bactéria”. José Antonio Lutzenberger


OBS: Texto originalmente postado pelo autor no grupo de debates da C.P.F.G. do Facebook (clique AQUI para acompanhar o debate). Já a ilustração acima foi extraída por mim de uma charge usada na matéria Cientistas culpam evolução por série de problemas que os homens enfrentam do jornal Correio Braziliense, publicada em 24/02/2013.

Comentários

Como havia debatido no Facebook, considero ótimo o texto, apesar de discordar do autor quanto à extinção e aos benefícios da nossa evolução.

De fato, nós vamos nos afastando cada vez mais do meio natural, porém temos a possibilidade de construir o meio artificial adaptado às nossas necessidades, corrigirmos os defeitos das alterações genéticas e nos tornarmos cada vez mais co-criadores com Deus. O problema, amigo, é que ainda dependemos desse meio natural para diversos fins aplicados à tecnologia desenvolvida e estamos, com isso, destruindo os ecossistemas nativos.

Acredito que, no futuro, poucos seres humanos habitarão este planeta e a maior parte dos membros da espécie estarão no espaço. Tornamo-nos assim filhos do deserto e do fogo com o alto potencial tanto para nos auto-destruirmos como para salvarmos o planeta fazendo da natureza um jardim para ser apreciado de fora.

Ora, não é isso que o preservacionismo prega?