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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Metamorfose... A morte das formas como meta para a vida!

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Eu prefiro ser Essa metamorfose ambulante Eu prefiro ser Essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo  Raul Seixas Houve um tempo em que eu era critico feroz das músicas do Raul Seixas, e ainda continuo, mas agora vejo no conteúdo revelações sobre uma “antropologia existencial”. Acho que no processo de viver, também me reconheço como uma “metamorfose ambulante”, visto que a vida do ser humano consiste em constantes “mortes de formas” no caminhar da existência.  Se não fosse esse dinamismo de “morrer as formas”, extinguiria a raça, a beleza da humanidade está em que na “morte das formas”, preserva-se a vida. È nisso que persiste a existência humana, uma verdadeira “meta-morfose”, uma forma que está para além dele mesmo, está sempre em construção o que contraria praticamente o pensamento ocidental que tem sua gênese na filosofia “socrático-platonica-Aristotélica...

Patético. Profundo-Patético

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Isaias Medeiros Muitos crescem a infância atrás das cercas invisíveis que os separam do mundo exterior. Outros perdem a juventude confinados pelas muralhas do vício (ou) da religião. A maioria desgasta sua maturidade nos empregos cujos salários só garantem a ração diária e um teto de senzala para se abrigarem. Uns tantos morrem suas velhices presos pelas cadeias do desprezo e da solidão. Num dia, a criança inveja a suposta liberdade do adulto; num outro, a antiga criança ressente-se de sua verdadeira liberdade perdida. Num momento, o indivíduo não compreende nada do mundo onde acabou de chegar e ninguém o pode entender; num outro, ele conhece muito do mundo que está prestes a deixar, mas já não há quem deseje ouví-lo. Numa hora, o jovem zomba do adulto pela sua falta de ambição; numa outra, o adulto ri do jovem pelos seus sonhos que jamais se realizarão. Os maus estão sempre no poder, e por trás de toda ação que pareça boa, há pelo menos outra que vise causar um ...

Para Uma Reflexão

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Enquanto se aguarda pacientemente a próxima postagem, resolvi por conta própria, postar esse vídeo, para nós da C.P.F.G (de espíritos desarmados) realizarmos uma sincera reflexão. Tem até uma música bastante relaxante. VAMOS LÁ...

Obrigado!

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Se não fossem os acontecimentos ruins que presencio, ou experimento, possivelmente eu jamais reconheceria a minha ingratidão em relação à vida. Na tarde desta quinta-feira (10/02/2011), estive com um senhor que, após sua cirurgia de próstata em Teresópolis, ficou meses usando uma incômoda sonda e até hoje ainda necessita usar fraldas para conter a urina. Ao nos encontrarmos na avenida principal da cidade, a primeira coisa que ele veio contar foi a b ê nção de ter voltado a urinar que para ele tornou-se algo de grande significado. Sua experiência lembrou-me o sufoco pelo qual passou a minha avó materna no ano passado em que, após quebrar o fêmur em abril, ter ficado internada no Hospital do Andaraí e passado por uma delicada cirurgia de prótese, ainda demorou bastante para livrar-se da tal da sonda, visto que ela contraiu infecção urinária. Então, de tempos em tempos, minha mãe pagava uma profissional de saúde que ia até a casa delas fazer a troca da sonda. E isto alongou-se po...

Você já jogou pedra na Geni?

Geni E O Zepelim Chico Buarque De tudo que é nego torto Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada. O seu corpo é dos errantes, Dos cegos, dos retirantes; É de quem não tem mais nada. Dá-se assim desde menina Na garagem, na cantina, Atrás do tanque, no mato. É a rainha dos detentos, Das loucas, dos lazarentos, Dos moleques do internato. E também vai amiúde Co'os os velhinhos sem saúde E as viúvas sem porvir. Ela é um poço de bondade E é por isso que a cidade Vive sempre a repetir: "Joga pedra na Geni! Joga pedra na Geni! Ela é feita pra apanhar! Ela é boa de cuspir! Ela dá pra qualquer um! Maldita Geni!" Um dia surgiu, brilhante Entre as nuvens, flutuante, Um enorme zepelim. Pairou sobre os edifícios, Abriu dois mil orifícios Com dois mil canhões assim. A cidade apavorada Se quedou paralisada Pronta pra virar geléia, Mas do zepelim gigante Desceu o seu comandante Dizendo: "Mudei de idéia! Q...

O lado ou a parte

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O lado ou a parte “ Não ser parte” está longe de não ter lado. Tenho meu lado e sou parte de mim mesmo. Não sou fundamentalista, não faço parte de torcidas, não entro em filas para receber e muito menos para pagar. Sou agnóstico, apartidário, não pertenço a nenhum tipo de manada e ninguém me apascenta. Não fui criado à imagem e semelhança de ninguém, nem ficarei ao lado direito ou esquerdo de alguém por ter sido eleito ovino ou caprino.Sou uma ínfima parte desta evolução continuada, descoberta por Darwin, onde todos os seres vivos tem a mesma ameba como origem. Tenho simpatia natural por aqueles que preferem andar na contramão. Não tenho nada a defender e me envaideço da minha vida de pobre com liberdade. Há anos eu sou liso e livre à-toa. Mentiria se dissesse que me orgulharia em desfilar de punho erguido ao som do Hino Nacional, não me sentiria satisfeito em acompanhar o Círio agarrado à corda nem seria ministro de qualquer seita ou dissidência. Muito menos ser, simple...