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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Voltando ao assunto sobre o impechment em 2016...

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O Datafolha divulgou recentemente uma pesquisa sobre qual seria a percepção dos brasileiros a respeito do envolvimento do ex-presidente Lula com empreiteiras investigadas na operação Lava Jato. Na oportunidade, o instituto também perguntou se a Câmara deveria aprovar o impeachment da presidente. Em dezembro de 2015, 60% dos entrevistados haviam dito que sim e essa taxa manteve-se estável na nova pesquisa, 60%. Se em dezembro, 34% disseram que não, agora foram 33%. Antes, 3% eram indiferentes, agora são 4%. Confesso que sou pela democracia e entendo que para ela continuar existindo, há que se exigir a responsabilidade das nossas autoridades eleitas. Em sua original e pioneira biografia sobre o impeachment, o jurista e ex-ministro do STF, Dr. Paulo Brossard de Souza Pinto, falecido em abril de 2015, assim considerou: "(...) a só eleição, ainda que isenta, periódica e lisamente apurada, não esgota a realidade democrática, pois, além de mediata ou imediatamente result...

Comentário de Eça de Queiroz em 1867

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Lendo a edição de hoje do Ex-Blog do César Maia (clique aqui para acessar), deparei-me com essa interessante citação do escritor português  José Maria de Eça de Queiroz  (1845 — 1900), datada de 1867, a qual foi extraída a partir de outro sítio na internet ( Comunicar é preciso ), sendo originada do jornal  Distrito de Évora : 1. “Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois fatos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.       2. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o des...

O lado simpático de um psicopata

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Em seu recente livro Holocausto nunca mais , um romance histórico-psiquiátrico sobre os bastidores da Segunda Guerra Mundial, publicado em 2015 pela editora Planeta, o psiquiatra Augusto Cury nos trás dados impressionantes sobre o maior psicopata do século XX - Adolf Hitler (1889 - 1945). Tendo estudado por anos a personalidade desse demônio em forma de gente, Cury expõe o gosto do  Führer  pelas artes, por música clássica, ópera e também pelos animais. Se com uma mão ele acariciava sua cadela de estimação Blondie , com a outra ele telefonava para seus subordinados assassinarem de uma só vez milhares de seres humanos num campo de concentração nazista. Na página 484 do livro, o autor mostra uma citação de Hitler sobre o seu cachorro Foxl que tivera na época da Primeira Guerra Mundial: "Como eu gostava daquele bicho. Sempre que alguém encostava em mim, Foxl ficava furioso. Nas trincheiras, todos o amavam. Durante as marchas corria ao nosso redor; tudo observava...

O reencontro dos bebuns

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Numa universidade do interior de Minas Gerais, havia uma turma de amigos aparentemente muito unida e que se reunia quase sempre num boteco da cidade chamado  Recanto dos Bebuns . Eram cinco rapazes de seus vinte e poucos anos, todos do último período de faculdade. Chamavam-se Michel, Alexandre, Pablo, Rogério e Felipe.  No último dia do curso, a galera resolveu se encontrar mais uma vez no referido bar para uma despedida visto que, na manhã seguinte, cada qual retornaria para a sua respectiva cidade. Rogério, filho de um rico pecuarista de Goiás, era quem costumava custear as extravagâncias do grupo com a gorda mesada de quase dez contos recebida em sua conta no Banco do Brasil. Rogério : Vamos bebemorar, pessoal? Hoje vai ter champanhe pra todo mundo! Felipe : Pra começar, vai um espumante. E terminaremos todos na pinga. Ou melhor, com umas doses extras de whisky 18 anos, ou, quem sabe, um delicioso  Blue Label . Claro! Se o nosso amigo pagar a conta......

O papo bobo de dois ex-sambistas invangélicos

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Na saída do culto de uma igreja fundamentalista, dois amigos (João e José) encontraram-se. João : A paz do  Sinhô , meu irmão! José : A paz. E aí? Como foi lá no retiro esses dias? João : Bênção pura! O fogo desceu pra valer e quase falei em línguas estranhas. Acho que dessa vez a minha vida vai mudar e conseguirei prosperar no negócio que estou abrindo. José : Aleluia! Glória ao  Sinhô ! João : Agora me conta o que fez durante o Carnaval? Evangelizou as almas perdidas junto com os obreiros na noite de terça-feira? Voltou pro mundo não, né? José : Que isso, meu irmão! Eu já morri para as coisas dessa vida... João : Vem cá. Fiquei ciente de que a Mangueira ganhou o desfile na Sapucaí. José : Como você soube disso se estava no retiro? João : É que dei uma espiadinha pelo celular quando estava voltando de ônibus na tarde desta quarta-feira. José : Não foi assistir pela internet as mulheres desfilando quase nuas na avenida? João : ...

Saudades da vida

EM SEU LEITO DE MORTE,  o grande antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro, ouviu do seu amigo   Leonardo Boff , que a morte não era o fim, que uma nova realidade repleta de possibilidades se abririam para ele assim que fechasse os olhos. Darcy, com lágrimas nos olhos, respondeu ao amigo: "Eu queria muito acreditar nisso, Boff..." Em seu livro de memórias, já sabendo que sua doença era terminal, escreveu: "Termino esta minha vida já exausto de viver, mas querendo mais vida, mais amor, mais saber, mais travessuras".  Na natureza, a morte é tão natural quanto a vida. Bichos não têm crises existenciais quando estão morrendo. Eles morrem naturalmente... o bicho homem é o único que não se conforma com a própria morte; ele sente que o fim da vida é acima de tudo, um desperdício.  Chico Anysio antes do fim, disse que não tinha medo de morrer, tinha pena de morrer... Podemos estar "cansados de viver" depois de uma longa vida, mas  o grito que ressoa lá dentr...