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Mostrando postagens de abril, 2018

Convivência significativa

Ontem eu estava refletindo sobre a importância de melhorarmos a qualidade da nossa convivência com as pessoas do nosso presente e, principalmente, com as que estão próximas de nós. Conviver é um desafio. Ainda mais quando nem sempre somos nós quem escolhemos as pessoas a exemplo dos nossos familiares e colegas de trabalho, ao contrário do que ocorre nas amizades e nos relacionamentos amorosos. São situações em que a vida, aleatoriamente, nos aproxima do outro e, com isso, nos leva a ter que lidar com as diferenças. Por outro lado, vejo esse desafio como um aprendizado em que nem sempre conseguimos tirar nota 10 e muitas das vezes há situações que fogem do nosso controle por não dependerem das escolhas conscientes que fazemos. Por isso, chego à conclusão de que nunca devemos nos sentir culpados ou fracassados por não termos atingido um padrão ideal de convivência com o outro. Até mesmo quando somos a causa da discórdia visto que a culpa não leva a nada. Fato é que esse apre...

O LADRÃO E A LADRA

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Estávamos no Parque Municipal de Belo Horizonte, quando um cidadão vinha ofegante correndo atrás de um ladrão que assaltava na feira hippie da Av. Afonso Pena. Ele conseguiu alcançar o ladrão que lhe estendeu a mão intentando enganá-lo. O cidadão mandou-o dar a volta e tirando do seu bolso uma caixa com o óculos roubados, mandou-o embora. Poucos minutos depois uma gritaria e uns dez policiais passaram por nós correndo e logo depois voltaram com o ladrão algemado e uma multidão aplaudindo o trabalho deles. “Muito bem!” Apesar do número de policiais e da multidão ensandecida, o sujeito agrediu um dos policias deixando os sinais das suas unhas no seu braço. Enquanto um policial revistava o sujeito, eu me aproximei dele e comecei a lhe falar do quanto ele era amado por Deus, ao que ele me respondeu prontamente: “Eu sei.”  Olhei aqueles rostos felizes, delirantes com a prisão daquele jovem e minha lembrança penetrou as celas de um cárcere, escola para marginais. Lugar ...

O clamor da ministra pela serenidade

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Nesta segunda-feira (02/04), a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), gravou um pronunciamento de 3 minutos e 18 segundos no qual defendeu o "fortalecimento da democracia", afirmando sobre a necessidade de "se respeitar opiniões diferentes" e pediu "serenidade" a fim de que diferenças ideológicas não resultem em "desordem social".  Embora a sua assessoria não haja informado qual a motivação do comunicado da ministra ao país, pode-se perfeitamente presumir que tudo o que Carmen Lúcia disse tem a ver com o polêmico julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cujo desfecho, por certo, não poderá agradar a uma nação hoje dividida. De qualquer modo, vale a pena refletirmos sobre o que disse a presidente da mais alta Corte de Justiça deste país pois, afinal, os dias não têm sido lá muito favoráveis para o cultivo da tolerância depois que as redes sociais de internet pro...