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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Qual será o avanço ético da humanidade neste século XXI?

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  Em meus quase 45 anos de idade, ainda não tive o mesmo tempo de vida nestas duas décadas do século atual do que as 23 últimas translações solares do milênio anterior. Porém, todos os que passamos de 2000, ainda com uma idade suficiente para saber ler e escrever, já podemos nos considerar testemunhas oculares de uma história pouco produtiva. A meu ver, a humanidade teve consideráveis avanços éticos durante a segunda metade do século XX, após o fim da 2ª Guerra Mundial de modo que os anos 90 foram o resultado das inúmeras iniciativas que tentaram incansavelmente promover a paz entre as nações, os direitos humanos, a proteção do meio ambiente e uma adequação das políticas de bem estar social às necessidades do mercado pela liberalização da economia.  Apesar de termos iniciado aquela década com o Kwait invadido pelas tropas do ditador iraquiano Saddam Hussein (1937-2006), tal fato pode ser considerado atípico assim como foi o conflito em Kosovo. Pois não seria exagero afirmar qu...

Sorria, sua privacidade acabou!

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  MUITO se discute hoje o papel das empresas de tecnologia que acabaram com nossa privacidade. Livros estão sendo escritos, como "Dez Argumentos Para Você Deletar Agora Suas Redes Sociais " , de Jaron Lanier, considerado o pai da realidade virtual. Lanier não possui redes sociais e explica porquê: "Evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas" . Somos hoje regidos pelos "algorítimos"; eles nos controlam e modificam nossos comportamentos sem nem mesmo percebermos.  No  recente lançamento, "Privacidade é Poder ",  Carissa Véliz discute  ética do mundo digital. Abaixo, reproduzo partes da matéria do jornal A Folha de São Paulo que entrevistou a autora.  * * * * * * * * *   “Se os carteiros lessem nossas cartas da maneira que o Gmail faz, iriam para a cadeia”, escreve. O poder econômico das big techs é facilmente conversível em poder político, e a ascensão e queda de Donald Trump está aí de exemplo. Essa simbiose deve muito ao 11 de ...

Memórias de um escritor quase esquecido num Rio que passou...

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Houve uma época em que havia mais cultura no Rio de Janeiro, antes que as subculturas do funk e do evangelicalismo dominassem a cidade, como foi ocorrendo visivelmente nas últimas três décadas. Pesquisando sobre personalidades que fariam aniversário neste segundo dia do mês de janeiro, caso estivessem ainda entre nós, descobri que, há exatos 166 anos, nascia em Lençóis o militar, jornalista, cronista, humorista e dramaturgo Urbano Duarte de Oliveira (1855 — 10 de fevereiro de 1902), um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras (Cadeira número 12).  Urbano fez parte do grupo boêmio de Olavo Bilac e, durante mais de 20 anos, colaborou em órgãos da imprensa da época, como a Gazeta Literária , O Paiz , Correio do Povo (com Alcindo Guanabara, Artur Azevedo e Alfredo Madureira), Gazetinha e Jornal do Commercio , tendo se destacado como um dos maiores cronistas humorísticos na imprensa do Rio de Janeiro e também no teatro, deixando-nos, entre outras, as seguintes obras: ...