sábado, 31 de agosto de 2013
O Ralo
Elídia Rosa
ao mergulhar na dor, ela não imerge só um pouco.
ela afunda.
ao sentir alegria, seu corpo não apenas vibra,
ele adentra num lago profundo,
sem fundo
de felicidade intensa.
dia desses, ela sorriu depois do beijo
e na hora de se entregar, sentia como
se numa vertigem, estivesse
lavada, numa enxurrada incrivel de sensações
molhadas.
logo depois, ao chegar em casa,
no banho, chorou, chorou,
e escorria com a água, toda dor,
misturada,
e com os olhos molhados nessa mistura
olhou o ralo.
pensou na sua vida, em tudo que
sentia
viu naquele pedaço escuro
sem fundo
um pouco de si, de seu mundo
a água que ali corria, ela via
o que não sabia, desconhecia,
era para onde tudo isso
ia.
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3 comentários:
O fim... Moral, espiritual e ético. Lavou a alma, foi tudo pelo ralo. A virtude dos que triunfam é começar sempre de novo.
É bom que os poemas existam, caso contrário uma tristeza seria só uma tristeza, mas diante dela a beleza nostálgica se revela, e o ordinário torna-se ímpar.
Beijos.
putz, Mari, você demorou a comentar por aqui, mas quando o fez, o fez muito bem!!!! rss
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