"Sim, Abandonei Meu Blog!"
[Artigo
de Cora Rónai (*) ― colunista
do Jornal “O Globo”. Escrito em 18 de
abril de 2014]
E os blogs pessoais,
hein?
“Você abandonou o blog!”, cobrou um
leitor das antigas. “Não é bem isso”,
desconversei. “Só mudei de ritmo,
deixei de fazer atualizações diárias, ponho menos fotos...” “Justamente: você
abandonou o blog.”
Não
se pode discutir contra evidências: eu abandonei o blog, embora me custe
reconhecê-lo e, ainda mais, confessá-lo. O internetc., que nasceu em 2001 e que
eu não conseguia explicar para ninguém, é hoje apenas um repositório das
colunas do jornal, uma forma simples de manter à mão textos dos quais posso
precisar. Os mesmos textos existem no OneDrive e no Dropbox, mas, bem ou mal,
ainda há resquícios de caixas de diálogos no blog, onde um que outro leitor
deixa o seu recado.
Fazer um blog em 2001
exigia certa determinação. Eu escrevia para 11 pessoas; em dias de muita
repercussão, 19. Nenhum dos meus amigos entendia o que eu queria com aquilo, já
que eu assinava coluna no Globo e editava um caderno de tecnologia.
Para que alguém com tantos leitores se dava ao trabalho de escrever para meia
dúzia?
Nem
eu sabia muito bem.
O
que me entusiasmava era a ideia da comunicação instantânea. Mas, como às vezes
ninguém aparecia no blog, ficava no ar uma pergunta bastante pertinente:
comunicação com quem, cara pálida?
Na
melhor das hipóteses, com outros autores de blogs. A comunidade era pequena,
todos nos conhecíamos, e era de bom tom visitarmos uns aos outros. Até hoje
tenho ótimos amigos desses tempos pioneiros.
Depois
do 11 de setembro, que revelou ao mundo a existência dos blogs, veio uma época
de ouro, em que muitas pessoas – mesmo algumas que nem tinham blog! – apareciam
regularmente, liam, davam palpite, trocavam ideias entre si nas caixas de
comentários.
Blogs
pessoais migraram para o Facebook
Essas
caixas eram um outro capítulo, porque não faziam parte dos aplicativos. Eram
bacalhaus escritos e mantidos por voluntários, que contribuíam para a “causa”
pela mesma razão pela qual nós, blogueiros, escrevíamos: o prazer da
experiência. Às vezes caíam, às vezes nem entravam no ar, às vezes davam
defeitos. Ninguém reclamava; fazia parte. Mas era graças a elas que a
comunidade vicejava.
O
internetc. tinha leitores tão simpáticos que passou a ser chamado de
“blogtequim”. Era um ponto de encontro e boa conversa, onde valia tudo, menos
gente agressiva e mal educada. Uma das regras básicas era que as discussões
tinham de ser pertinentes ao assunto. A exceção eram as fotos de gato, em cujos
comentários o tema era livre. Nessas áreas é que, por vezes, rolavam os
melhores papos, de discussões filosóficas a reclamações sobre calçadas
esburacadas, passando por indicações de profissionais especializados e receitas
de bolo.
Nessa
época, o cérebro dos blogueiros da ativa funcionava de modo curioso: em
primeiro plano, realizava as funções habituais de qualquer ser humano; mas, por
trás, só pensava no que daria ou não daria um bom post. Uma flor amarela! Um
guarda multando um carro! Um assalto! Uma briga na esquina! Uma viagem! Um
livro! Um filme! Uma topada! Um sorvete de caramelo! Tudo era virado, revirado
e eventualmente aproveitado. Ou não.
Com o tempo, os blogs
pessoais migraram para o Facebook. Um dia um post que, normalmente, iria para o blog
acabava no FB; no outro dia, mais um ou dois. Assim, antes que nos déssemos
conta, o que antes chamávamos de blogosfera passou a ser rede social. O
Facebook tem a vantagem de reunir todos os blogueiros que, nos velhos tempos,
estavam espalhados. Ninguém precisa mais sair à cata de blogs; basta ir para a
página principal.
Valeu a troca?
(*)
A jornalista Cora Rónai
editou a primeira coluna sobre computação na imprensa brasileira (Jornal do
Brasil). Recebeu o prêmio - “COMUNIQUE-SE” - de melhor jornalista de informática em
2004, 2006 e 2008. (Fonte: Google)
Imagem: http://ma-schamba.com/1630013.html
Imagem: http://ma-schamba.com/1630013.html
Comentários
Muito bom o texto e o tema trazido pelo confrade.
Respondendo à pergunta, realmente NÃO VALEU a troca.
O Feissebuque absorveu os blogues e os engoliu como faz um buraco negro.
Coisa tenebrosa e emburrecedora!
Enquanto nos blogue é possível desenvolver um debate mais qualitativo, eis que o programa do Feissebuque induz a um debate de poucas palavras e a evasivas curtidas. A velocidade da interação entre os participantes dificulta um aprofundamento e a visualização de todos os comentários postados. Logo o acompanhamento acaba não acontecendo de maneira satisfatória.
Além do mais, o que se coloca na citada rede social nem sempre se torna visível pelo que podemos chamar de internet aberta. O que se escreve ali dificilmente vira material para pesquisa, o que acho muito triste.
Assim, enquanto os blogues são ótimos ambientes para a iniciação de escritores, o Feissebuque estimula o contrário e propicia aberrações no uso da língua em que o participante faz mais uso do internetês do que do português.
Amo meu blog Pecador Confesso, e amo visitar outros blogs, confesso que leio alguns textos aqui e me faz lembrar dos tempos aureos que fui colunista. Mas concluindo este texto... NÃO ABANDONEI MEU BLOG.
Abraços a todos.
Mas fico pensando: será mesmo que não podemos tirar algum proveito da maior instantaneidade do Face? E se por exemplo, os textos publicados aqui ficassem destacados e fixos no grupo até ser mudado? Eu acho que não dá pra brigar com a tecnologia, precisamos ir nos adaptando ela. Eu já só um ardoroso fã dos aparelhos para livros digitais como o Kindle da amazon. Resolvi enfim, o meu problema com o espaço físico de onde guardar mais livros aqui em casa.
De fato, quando uma tecnologia surge, ela dá início a um processo quase que irreversível e daí ela tende a permanecer até que seja substituída por outra melhor.
Ora quem é que trocaria seu automóvel por uma charrete exceto se for para dar um passeio turístico com a família? Ou quem ficaria espremendo laranja na mão se pode fazer isto com a ajuda de um eletrodoméstico?
Mas há que se considerar também o comodismo. Ainda não tive em mãos um desses aparelhos para leituras virtuais, mas faço aí minhas indagações se algo assim pode ser comparado com o prazer de ler um bom livro sentadinho na poltrona, folheando as páginas e fazendo as anotações. Mas você falou numa vantagem que é arranjar mais espaço em casa, o que tem mais a ver com os livros velhos já lidos ou manipulados. Duvido que vai querer ler a versão virtual do romance novo que acabou de adquirir!
Você perguntou "será mesmo que não podemos tirar algum proveito da maior instantaneidade do Face?", o que passo a responder. De fato, o Feissibuque permite que agente possa ser imediatamente correspondido ou ter mais interatividade. Por exemplo, estou aqui a debater sem saber se vc, o Levi ou o Hubner estão agora online neste blogue. Já nas redes sociais existe uma instantaneidade, o que para mim pode ser problemático porque induz a uma impulsividade nas respostas. Ou seja, ao invés de refletirmos com mais profundidade antes de nos posicionarmos, acabamos expondo logo o que vem na pota da língua (ou dos dedos). Logo, as emoções acabam conduzindo o internauta, coisa que, nos tempos das cartas, ocorrida com menor frequência e as pessoas pensavam mais antes de escreverem ao seu correspondente.
Pode-se dizer que as tecnologias dos blogues foram meio termo nessa evolução da comunicação assim como são hoje as redes sociais. Mas hei de considerar que muitas das vezes perde-se qualidade pela rapidez e produção massificada.
Não podemos nos esquecer de que ainda existem blogueiros e estes são muitos.
Muitos abandonaram esse espaço, mas ainda há os que preferem os blogues d que o Feissebuque. Logo, vamos sair à caça dos novos escritores!
Penso que, na atualidade, os comentaristas serão mesmos os que ainda são blogueiros (eis aí uma boa observação da autora do texto) e daí seria importante pensarmos em atrair pessoas que até hoje não dobraram seus joelhos a Baal, digo, ao "mardito" do Feice. (rsrsrs)
Enfim, é uma questão de atitude. E aí eu admito muito como que o bispo Hermes C. Fernandes faz quando divulga os textos de seu blogue Cristianismo Subversivo nas redes sociais. Lá mesmo no nosso grupo de debates do Feissebuque. Ele não expõe todo o conteúdo escrito em sua página na rede social, mas reproduz as primeiras linhas e assim motiva o internauta a acessá-la.
Em falar nisso, o que acha de convidarmos o Hermes para postar aqui ou postarmos algum texto dele na C.P.F.G.? Dêem só uma olhada no blogue:
http://www.hermesfernandes.com/
Não vamos desistir e que sejamos os remanescentes fiéis da blogosfera! (rsrsrs)
Facebook é bom, mas facilmente descamba para a zoeira.
Prefiro os Blogues, embora tenha abandonado meu Boteco. Mas também, como sou otimista estou com um em construção kkkkkkkkkkk
Eu sempre gostei da organização dos Blogues, e do ar mais sério que eles proporcionam. Se tratando de conhecimento, se absorve muito mais nos Blogues do que no Face... Nos Blogues sempre rolou uma zoeira... Mas isso ocorria depois de varias páginas de conhecimentos compartilhados nos comentarios. No Face, a cada centenas de comentários, aproveitamos algumas frases.
Facebook é parque de diversão para intelectuais e pensadores. Ou o céu para os pseudo intelectuais baixarelados em wikpedismo clássico kkkkk
Ta foda... Mais vai se levando!
E o que é que faz “parque de diversão” senão extasiar a criança que existe em nós.
Se há um lado constituído pelo BRINCAR, porque não dizer que os blogs seriam as escolas de antigamente onde, nós, crianças, longe dos nossos brinquedos, exercíamos o aprendizado duro da vida
E aí lembro que, como toda a criança, eu adorava brincar. Mas meus pais já me alertavam: não perca todo o seu tempo em brincar! O importante para você é primeiramente a escola.
Talvez resida aí a atração poderosa que o Twitter e depois o Facebook passaram a exercer sobre nós: Um “Parque de Atração” que, nos velhos tempos de menino nos estimulava a gazear aulas. Quem não se lembra das matinês e espetáculos circenses que nos encantavam nos tempos de outrora?
No entanto, é preciso que se saiba, que é no ambiente da escola que aprendemos a preparar com cuidado extremo nossas redações, nossas re-leituras. E, claro, para isso se faz necessário ficar longe da brincadeira e da algazarra infantil que tanto prazer nos causa. (rsrs)
Há muitos textos postados na C.P.F.G que são verdadeiras obras primas, fruto do árduo trabalho do pensar e da pesquisa cuidadosa encetada por seus autores. O arquivos desse blog podem muito bem servir de referência em trabalhos futuros, tendo a vantagem de serem acessados com a facilidade que o Face não proporciona.
Compartilho do que disse o confrade Rodrigo em sua primeira intervenção:
“...o que se coloca na citada rede social nem sempre se torna visível pelo que podemos chamar de internet aberta. O que se escreve ali dificilmente vira material para pesquisa, o que acho muito triste.”
Acho que o Feissibuque não consegue substituir os blogues justo por essa falta de seriedade, a qual é alimentada pela própria organização da rede social e sua dinâmica.
Se você criar lá um grupo de debates com regras bem sérias, só vai conseguir manter a coisa funcionando a contento se tiver uma moderação rígida que analisará cada postagem antes de liberá-los (ou restringir quem poderá postar) sendo que mesmo assim não terá como controlar a dinâmica dos comentários.
De qualquer modo, uma coisa eu tenho aprendido nesta vida, mano. É que o ambiente é capaz de selecionar seu público. Se você cria um estabelecimento comercial e começar a vender qualquer tipo de bebida, tipo uma dose de pinga por R$ 1,00 (um real), não pense que atrairá aquela clientela respeitadora e de qualidade.
Bem interessante essa sua abordagem sobre ser o Feissibuque um entretenimento aproveitando as pertinentes colocações do Matheus. E hoje de fato muita gente tem matado aula e também trabalho para ficar nas redes sociais, bem como nos jogos eletrônicos. E, se o Feisse está interessando mais, é porque também está agradando seus usuários mesmo que enganosamente.
Ora, se a escola ficou chata, então por que não reinventamos as aulas?
E se a internet está melhor do que a companhia dos pais, da esposa, do marido, dos filhos ou dos amigos, então por que não reinventar a relação?
E quanto ao trabalho, idem.
Claro que nada disso é tão fácil como agente pensa, mas, e determinados casos, se buscarmos primeiramente nos reinventar, metade do problema já estará sendo encaminhado para tratamento.
Respondi já os comentários de vocês e permanecerei atento por mais alguns dias para eventuais réplicas ou novas colocações de outros internautas.
Tendo em vista que houve um grande abandono da C.P.F.G., sugiro que, após essa postagem, façamos uma nova convocação para selecionarmos os próximos escritores, aditando novamente uma ordem de postagem e a velha regra de manutenção de pelo menos quatro dias no ar cada texto. Se, depois de 24 horas o escritor seguinte não postar nada, a vez passa automaticamente para o que vier depois dele, exceto se houve acordo entre os colaboradores.
Uma outra solução para que a C.P.F.G. não fique por muito tempo sem receber comentários por mais de uma semana seria a tarefa de algum interessado compartilhar aqui textos de terceiros sem que isso implique na perda de sua vez ou na tolerância de quatro dias. O mero preenchimento com texto com um texto de terceiro não implicaria em violação e o "dono da vez" pode fazer sua postagem a qualquer momento.
O que acham dessas sugestões?
Não vamos deixar o blogue morrer!
Tenham todos uma excelente semana!
Bom, chegamos ao "ponto de mutação". Ou seja, o ponto onde certas diretrizes precisam ser reavaliadas e novos caminhos propostos.
O Gresder já saiu. Ótimo, gosto de gente com decisão, sim, sim, não, não, pois o que passa disso é de procedência maligna.
O Bill disse que está mudando de emprego e Estado, logo, é compreensível sua ausência.
Evaldo é uma caso à parte. Alguns textos recentes ele simplesmente ignorou. Suas refutações aos temas espirituais e religiosos são infantis pois nem ironizar com inteligência ele sabe o que muito me admira por ser ele uma das cabeças mais privilegiadas por aqui. Tanto em tamanho quanto em conteúdo...
Mas ele diz que "nem sabe como entrou" demonstrando um total desinteresse pela confraria no meu entender. Logo, Evaldo, tome uma decisão: você fica ou sai?
Se ficar, ótimo, só pediria que melhorasse o nível das tuas ironias. Eu também gosto de ironias, mas elas precisam ser bem feitas e não podem demonstrar menosprezo e deboche pela ideia de nenhum de nós.
A discordância é sempre saudável. O respeito pela ideia alheia também. Mas é um problema quando dizem coisas do tipo "não respeito mesmo a religião", ou "a religião é uma merda" ou coisas parecidas.
O negócio é que este blog está carregado de temáticas espirituais e sobre religião pois isso espelha a história de todos nós. Ora, quem não quiser falar sobre o tema, escreva sobre o tempo, sobre futebol, sobre esporte, sobre literatura, etc.
Então, o que precisa ficar claro agora: quem fica e quem sai. Quem fica, tem que se compromenter a novas regras que ainda serão pensadas por todos sendo algumas já foram citadas aqui e acho válidas. Quem fica, irá trabalhar para que este blog seja uma referência de textos inteligentes(seja qual tema for) e de membros que se respeitam e acima de tudo, que são amigos.
* * *
Então, como visto, esta confraria já passou por outras crises desde que foi criada em 1999. A crise hoje se chama Facebook..rss
O Levi falou e disse sobre os artigos do facebook que ficam ocultas e dificilmente vai parar em sites de pesquisas, neste quesito os blogs tem vantagem.
O Rodrigo é magistral nos seus comentários sobre os faces... porque faz cada um de nos pensarmos e revermos os nossos conceitos sobre presença e ausência. Lá é fácil descobrir que vc está on line, mas aqui suas palavras são gravadas e não ficam ocultas.
O Du tem razão quando diz que alguns fez descaso deste espaço, confesso que nem só de religião vive o homem, mas comentários que dão ibop são assuntos abortados sobre mulher, política e religião.
Tenho me esforçado ao máximo para desenvolver posts que não citam algo religioso, e pasmem, estou conseguido.
Para finalizar, Meus Confrades desejo um Feliz dia das Mães para todos vcs.
Querendo voltar a publicar aqui, deixe seu e-mail que eu mando outro convite para você.
Sou favorável que tenhamos uma temática livre aqui, mas penso que os assuntos religiosos e teológicos ainda permanecerão na esfera de interesse dos participantes. Ainda mais se chamarmos alguns dos participantes do grupo da C.P.F.G. do Feissibuque para postarem e já estou pensando em alguns blogueiros que postam por lá como o Rodrigo Caldas Biólogo que tem uma visão cristã mais ortodoxa. Inclusive acho que acabaremos tratando de velhas questões tipo o inferno, o diabo, a salvação, etc. Alguns talvez nem terão tanta paciência enquanto outros vão se deliciar.
Mas em relação aos temas, não vejo problema algum. A questão maior no momento chama-se redes sociais e principalmente o tal do Feisse. E aí penso que reerguer o blogue trata-se de uma questão de atitude. Significa não alimentarmos mais tantos debates lá e menos ainda replicarmos os textos ou os comentários que correm aqui, Também o tempo em que ficamos debatendo lá e alimentando os ambientes das redes sociais precisam ser repensados. Não que isto deva se tornar uma lei e longe de mim interferir na liberdade de outras pessoas, mas se de fato queremos que este espaço volte a bombar, temos que abraçá-lo de verdade e não "servir a dois senhores".
Só para exemplificar, lembro aqui sobre os dias em que o Edu viajou e o grupo de debates no Feisse notou sua ausência. Ora, digamos se, naqueles dias, o Edu só aparecesse aqui no blogue. Será que alguns daqueles debatedres não iriam tomar a iniciativa de abrir uma segunda janelinha em seus computadores para se comunicarem com o confrade?
Outro exemplo. Quantos de vocês começaram a se comunicar com seus familiares e amigos pela internet? Será que depois de adicioná-los, seus contatos pessoais e telefônicos não ficaram mais reduzidos?
Pensem nisso! Quem dá força à Babel do Feisse e à internet somos nós!
Um abraço a todos!
atualmente. (rsrs)
Espero que você aceite o convite do Edu, para voltar a ativa na casa que lhe serviu de berço. Seja bem vindo.
Também fico pasmo com a velocidade em que o RODRIGO publica; praticamente todos os dias ele tem um texto novo no seu blog, e até difícil acompanhar, rssss
Rodrigo, eu já diminuí bastante meu tempo no face e teria o maior prazer de utilizar mais do meu tempo para estar aqui, apesar de eu não ser um crítico tão radical daquele "parque de diversões" rs
O Rodrigo devagar, devarinho, vai flertando com a diáspora, sem no entanto deixar de sonhar, (como também acontece conosco às vezes) com a ortodoxia dos nossos pais.(rsrs).
Só não sei como será o movimento de renovação religiosa no futuro com a admissão de um "céu" e um "inferno" metafórico e não literal. (rsrs)
Ainda bem que estamos no Brasil e não lá em Israel onde a ortodoxia judaica ainda se mostra incapaz de aceitar e integrar grande parte dos judeus da diáspora.
Aleluia !
hubnerbraz@gmail.com
Ficarei no aguardo!!!
Particularmente nunca me senti fã de poesia. Ultimamente tenho passado a apreciar um pouco mais dessa literatura. Ganhei até um livro de um autor, Sânio Morgado, também companheiro de minha mãe, mas vou folheando sua obra bem vagarosamente. Vez ou outra leio alguns poemas, fecho o livro e só torno a abri-lo novamente dias ou semanas depois.
Porém, sempre tive gosto pela escrita. Quando criança, após ter me mudado de Petrópolis para Juiz de Fora e me matricularam na 2ª série do Colégio Stella Matutina, fiquei sem saber o que faria quando a professora mandou os alunos fazerem uma composição. Na escola anterior eu não havia aprendido sobre aquilo e acabei deixando em branco o dever. Mas, pacientemente, a dona Emérita explicou para mim o que era fazer uma composição e tomei um enorme gosto pela coisa. Daí por diante, escrever quatro frases passou a ser pouco. Não demorou muito eu já estava elaborando historinhas em quadrinhos e acabei criando uma fictícia cidade de macacos com seus personagens, todos eles primatas obviamente. Minha literatura preferida não preciso nem dizer que eram os gibis (gastava quase toda a mesada comprando revistinhas da Turma da Mônica). Mas aí fui fazer minha primeira comunhão e não demorou muito me tornei evangélico de maneira que a Bíblia Sagrada veio a se tornar o meu principal livro.
Até hoje nunca publiquei livro de minha autoria. Nem mesmo um moderno e-book. Entretanto, desde os tempos da 4ª série, já mandava cartas para jornais infantis lá em Minas. Lembro que publicaram um trabalhinho que fiz certa vez sobre o Pantanal e, através da edição daquele jornalzinho a irmã do meu padrinho que havia se mudado para a cidade com a família descobriu que eu morava lá sem que ela soubesse antes do paradeiro do afilhado.
Uns dez anos depois, eu já estava escrevendo artigos políticos para jornais de gente grande e alguns foram publicados pela Tribuna de Minas. E, quando me mudei de Juiz de Fora para N. Friburgo, tive vários textos no jornal A Voz da Serra até que, por determinadas razões, eu me isolei um pouco da imprensa e acabei descobrindo o mundo dos blogues em 2009. Na época, uma pessoa que trocava deias comigo sobre minha atuação na política ficou um bom tempo tentando me convencer sobre ter meu blog, o que só concretizei depois de uns dois ou três anos de insistência. Mas não me arrependo e pretendo continuar.
Como respondi agora mesmo à Mariani, quatro linhas passaram a ser pouco quando aprendi a fazer composições na 2ª série do primário. E o tempo em que fiquei sem internet em casa, entre julho/2012 e maio/2013, tive que comprar um caderninho de rascunho para continuar escrevendo. Ainda assim tirava um tempinho para publicar algo aqui e no meu blogue indo a uma lan house ou utilizando a tumultuada sala de "inclusão digital" da Prefeitura na praça de Muriqui onde o acesso é gratuito e fica cheio de crianças fazendo suas zoeiras (uns até conseguem jogar às escondidas). E sem querer me gabar, há vezes em que escrevo dobrado. Isto porque me sinto mais à vontade em criar textos usando o velho caderninho de rascunho do que vir direto para o computador. Já compus muitos textos religiosos sentado na poltrona da sala e tomando uma bebidinha quente como um chá, café ou chimarrão.
Também aprecio muito o blogue do Levi. Há conteúdo suficiente ali para o nosso confrade editar um livro. Inclusive aproveitando os comentários recebidos e os debates que eventualmente ocorrem.
Não sei se compreendi tudo o que colocou, mas eu já me sinto nessa "diáspora" dos crentes hereges há bastante tempo, sem, porém, deixar de acreditar em Deus e no papel da Igreja, bem como utilizar a Bíblia como o meu livro base. Penso que, se um movimento de liberalismo religioso abandona os costumes de se congregar, orar, estudar as Escrituras e ter um propósito de fé, a coisa não evolui e acaba se desintegrando. É preciso permanecer na videira!
Assim, refletindo sobre sua colocação, acho plenamente possível haver tal renovação religiosa. Isto, aliás, já tem ocorrido tanto no catolicismo quanto no protestantismo a exemplo dos que seguem a teologia da libertação. Trata-se de um movimento que admiro muito por unir cidadania e espiritualidade, sendo que o propósito de seus pastores não deixa de ser a construção do Reino de Deus nas relações humanas. Vejam, por exemplo, a dedicação dos integrantes da Pastoral da Terra no Pará, terra do nosso confrade Altamirando, onde até freira já morreu enfrentando o poder dos latifundiários! Para os seguidores da TL, esse papo ortodoxo de "céu" e "inferno", bem como a desconstrução dos mitos, acaba perdendo aplicabilidade em face de algo que considero capaz de envolver melhor as pessoas - a ortopraxia.
Em relação aos judeus, existe também entre eles congregações e pensadores liberais. Alguns que eram considerados progressistas no passado já estão virando neo-ortodoxos (já não é nenhuma novidade haver mulheres rabinas, p. exemplo), enquanto outros continuam arrepiando o público. Entre estes até o seu rabino preferido, o Nilton Bonder torna-se um moderado.
Não seria toda a ortodoxia judaica que "se mostra incapaz de aceitar e integrar grande parte dos judeus da diáspora". É que a pertença ao povo judeu não se faz de maneira imediata sem que a pessoa passe por todo um processo de instrução, readaptação cultural, tradicional e de fé, culminando com a passagem por um tribunal rabinico que outorga uma nova identidade para tal pessoa. Afinal, judaísmo é mais do que uma religião. Como certa vez me respondeu um judeu religioso, "trata-se de um povo com tudo o que um povo traz consigo".
Acho que o debate aqui alcançou êxito e se definiu bem. Ficamos de acordo sobre participarmos mais ativamente do blogue, o que acho muito proveitoso. Só depende agora da nossa atitude em não desperdiçarmos tanto tempo com o Feissibuque e as redes sociais já que realmente ansiamos por ter um local de encontro para debates e qualidade.
Sendo assim, que tal o Hubner publicar um texto de sua autoria marcando o seu retorno à velha "casa"?!?!?!?!?!
Deixo aqui para reflexão de todos essa pergunta:
O que faremos para que as redes sociais, e em especial o Feissibuque, sirvam de isca para atrair novos participantes para a C.P.F.G. ao invés de nos engolir?
Uma ótima manhã a todos!
Agora vamos ver se conseguimos tirar algum proveito do Feissibuque. Tenho visto algumas pessoas novas no nosso grupo lá que poderiam ser convidadas a postar aqui também. Vou citar alguns nomes com seus respectivos blogues:
Hermes Fernandes
http://www.hermesfernandes.com/
Frega Jr
http://fregablog.blogspot.com.br/
Rorigo Caldas
http://blogdorodrigocristao.blogspot.com.br/
Márcia Pinho
http://marciapinho.blogspot.com.br/