O dia amanheceu triste com a notícia da partida do Papa Francisco aos seus 88 anos de idade.
Confesso que não esperava que a sua passagem iria ocorrer justamente hoje (21/04). E, embora o papa não houvesse rezado ontem a missa pascoal, fez a sua aparição pública na Praça de São Pedro e, na minha mente, ele estaria se recuperando da internação.
Ainda fragilizado, Francisco deixou um apelo em sua mensagem de Páscoa para que as lideranças globais, utilizassem os "recursos disponíveis para ajudar os necessitados, combater a fome e promover iniciativas que favoreçam o desenvolvimento". E, além disso, ele voltou a falar sobre o momento turbulento no mundo, e disse não ser possível alcançar a paz sem que nações olhem para o caminho do desarmamento: "A necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transforma-se em uma corrida generalizada ao armamento".
Certamente os seus posicionamentos nesses tempos tão difíceis ajudaram a conter o domínio da maldade que tem prevalecido nos dias atuais, com a volta do fascismo através da extrema direita cada vez mais forte, o desprezo pelos imigrantes e os conflitos bélicos como a invasão russa da Ucrânia e os ataques israelenses em Gaza. E, por isso, não podemos ignorar que o mundo passou bem perto de iniciar uma Terceira Guerra Mundial, sendo que estamos todos testemunhando um genocídio do povo palestino pelo governo do Netanyahu.
Sem dúvida, foi uma grande perda para a humanidade a morte desse verdadeiro pontífice. E, embora não seja católico, eu reverencio muito a história de vida e o ministério desse valoroso homem que entra para a História como alguém que deixará o seu legado para além do meio eclesiástico.
Nas paredes de um edifício, os nossos irmãos portugueses gravaram, nesta segunda-feira, uma merecida homenagem ao papa. Porém, pintaram um rosto triste que reflete o momento hoje vivido por aqueles que desejam o bem do mundo mas se deparam com a estupidez da maioria dos governantes bem como da própria população.
Que o Papa Francisco descanse em paz e deixo aqui registrado meu muito obrigado pelos quase doze anos de pontificado que tanto ajudou o mundo mesmo sem alcançar os resultados.
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