Por Donizete Vieira
Na mitologia grega, Chronos é o deus do tempo que não possuía em mínimo grau o instinto paterno, pois devorava seus próprios filhos para evitar que um dia crescidos eles não viessem a conspirar contra ele, usurpando-lhe o trono. (É o que reza uma das versões sobre Chronos)
O caráter destrutivo do tempo tem conexão com esse mito.
Rememoramos com nostalgia eventos do passado. O presente é inexoravelmente isso que se nos apresenta sem tirar nem pôr. O futuro? bem, a ideia de que o futuro será a soma daquilo que construímos e planejamos é tão incerta que gostaríamos que o ritmo do tempo acelerasse para acabar de vez com a apreensão natural face ao desconhecido.
Todas as vezes que olhamos no espelho, chronos ali está representado pelos traços físicos característicos de quem sofre sensíveis influências degenerativas do tique-taque do relógio ou da areia que escorre pelo orifício da ampulheta. Usar a expressão "momento divino" é quase uma redundância.
Chronos é implacável. Não adianta adorá-lo ou amaldiçoá-lo. Ele estará sempre indiferente à tudo que ocorre em nosso tempo.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
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