INDEPENDÊNCIA DE OPINIÃO X SUBMISSÃO DA ILUSÃO

 



Por Sérgio Rodrigues*


A independência de opinião se conquista através da coragem de questionar, analisar e formar juízos próprios. Submissão à ilusão, por outro lado, é como se perder em um labirinto de ideias pré-concebidas, onde a verdade se obscurece. Na busca pela independência, desvendamos camadas de pensamento, desafiamos a comodidade da conformidade e emergimos como arquitetos de nossas próprias convicções. A ilusão, por sua vez, tece uma teia de conforto temporário, mascarando a realidade. Escolher entre independência e submissão à ilusão é abraçar a responsabilidade de moldar nossa visão do mundo, em vez de permitir que outros o façam por nós.


No intrincado jogo político, muitas vezes nos deparamos com a encruzilhada entre a verdade objetiva e os interesses pessoais. É um desafio discernir se o que está por trás de uma situação é a sinceridade dos fatos ou a tapeçaria habilidosa de motivações individuais. A verdade, embora muitas vezes nua e crua, serve como alicerce sólido para a compreensão. Por outro lado, os interesses pessoais, por vezes ocultos, podem tingir a realidade com matizes que favorecem agendas individuais. Nesse dilema, a sabedoria reside em investigar além das aparências, questionar motivações e ter discernimento para desvendar as camadas mais profundas da narrativa. Somente ao enfrentar essa escolha com olhos críticos e uma mente aberta, podemos esperar descobrir a verdade que persiste, muitas vezes escondida nos bastidores da política partidária ou institucional.


Fique atento nesse ano, não seja MASSA DE MANOBRA, recusar-se requer um olhar crítico, posicionamento firme, mesmo que venha desagradar alguns falsos amigos, junto com o questionamento constante e a disposição de formar suas próprias opiniões. Ao rejeitar ser conduzido passivamente, você se torna o arquiteto de suas escolhas, alheio às tentativas de manipulação externa. A busca pela autonomia intelectual é um escudo poderoso contra influências indesejadas, permitindo que suas convicções sejam forjadas pela reflexão, não pela imposição alheia.


Cuide-se, bem-vindo, novamente, 2024.


(*) Sérgio Luiz Rodrigues da Silva é advogado.


OBS: Texto originalmente publicado no Instagram, acessível em https://www.instagram.com/p/C213b8qO-Cj/?igsh=MW54dWxrZzUxNDd6ZA==

Comentários

Eduardo Medeiros disse…
Esse tipo de argumentação é uma espada de dois gumes. Interesses pessoais? Ora, quem argumenta não a partir dos seus próprios interesses?

o autor declara: "Escolher entre independência e submissão à ilusão é abraçar a responsabilidade de moldar nossa visão do mundo, em vez de permitir que outros o façam por nós"

Ora, o que é ser "independente" e o que é ser "iludido"? O que acontece é que o "independente" vê no adversário um "iludido" e vice-versa.

"Autonomia intelectual" não existe, todos nós pensamos a partir de bagagens de outros que fomos importando para nossa seara intelectual. Somos produtos dos que vieram antes e com os quais tendemos a concordar, mesmo que concordância absoluta seja quimera nesse campo.

Essa abordagem se torna ainda mais confusa quando o objeto de indagação é a nossa política sempre fragmentária, porque de outro modo é impossível ser. Não existe política que não seja fragmentada.